segunda-feira, 10 de setembro de 2007

[rio] PSOL contesta decisão contra transporte público gratuito no Rio de Janeiro

reproduzido de: http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/36907.shtml

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) ajuizou uma argüição de descumprimento de preceito fundamental no STF (Supremo Tribunal Federal) para cassar decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) que suspendeu a gratuidade do serviço de transporte público no município fluminense.

De acordo com o Supremo, apesar da decisão do TJ-RJ ainda não ter produzido efeitos, já que não foi publicada, o partido pede a concessão de liminar.

A decisão do TJ-RJ considerou inconstitucional a Lei 3.167, que em 2000 passou a assegurar o transporte público gratuito no município do Rio de Janeiro para idosos, estudantes da rede pública em dias de aula, portadores de necessidades especiais e acompanhantes e crianças de até cinco anos.

Afirma o partido que “a lei possui um relevante papel social, qual seja, proporcionar direitos e garantias constitucionais, além dos direitos sociais historicamente consagrados, como direito fundamental à liberdade de locomoção, direito à educação, e proteção do direito dos idosos e dos deficientes físicos”.

Por isso, a decisão do TJ-RJ teria reflexos negativos no direito à educação, à saúde, ao lazer da infância, da juventude, dos idosos e dos portadores de necessidades especiais.

Segundo o PSOL, para obter a inconstitucionalidade da lei, as permissionárias de transporte público alegaram que a gratuidade assegurada pela norma onerava demasiadamente as empresas. Assim, defenderam o aumento de tarifa ou a suspensão da gratuidade.

O partido alega que o argumento não é razoável, pois o cálculo tarifário das permissionárias não observa o princípio da publicidade da administração pública. Ainda segundo o PSOL, a exploração do serviço público obriga as permissionárias “a certos encargos em benefício da coletividade ou da ordem social”.

A relatora da ação é a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.

Quarta-feira, 11 de abril de 2007

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