quinta-feira, 11 de junho de 2015

Greve de motoristas por todo o Brasil

Em todo o país, aconteceram e estão acontecendo paralisações de funcionárixs de transporte coletivo. Em Campinas (SP), a categoria reivindica ajuste acima da inflação e na participação dos lucros. No Distrito Federal, três mil ônibus pararam de circular das 10h até por volta das 15h, e os rodoviários dizem que os empresários sumiram da mesa de negociações. Eles reivindicam aumento salarial de 20% e reajuste de 30% no valor da cesta básica. Em Florianópolis, as manifestações foram contra a terceirização dos serviços dos trabalhadores. 

A greve é aprovada por assembleia em Florianópolis, em maio de 2015.

Em Joinville a exploração é muito maior, pois além do baixo salário, xs funcionárixs tem que fazer duas funções, a de motorista e a de cobrador, e o Sindicato não defende os defende, apenas segue ordens dos patrões das empresas Transtusa e Gidion. Podemos perceber isso numa ação que o Ministério Público do Trabalho (MPT) move contra as empresas do transporte coletivo de Joinville, na qual numa primeira parte é buscado caracterizar o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte como um “sindicato amarelo”, onde o próprio empregador estimula e controla (mesmo que indiretamente) a organização e ações do sindicato. Os outros objetivos da ação tem relação com a ilegalidade das últimas eleições para o Sindicato no ano de 2013, e ainda há um pedido da promotoria para o juiz. 

A ação do MPT contra as empresas Gidion e Transtusa, que pode ser acessada por quem tiver interesse sob o número 0001338-13.2013.5.12.0028, e se iniciou quando um funcionário alegou fraude em sua candidatura à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). No documento, é possível ter contato com alguns depoimentos de trabalhadores que foram prejudicados pelas empresas por simplesmente querer fazer uma chapa de oposição nas eleições, sendo alguns deles demitidos sem um motivo plausível, e a ação traz ainda algumas observações sobre a CIPA, onde os membros dela são pessoas de alta confiança das empresas, e que não há motoristas participando dessa Comissão.


O Movimento Passe Livre apoia a luta dos trabalhadorxs, e busca junto com todxs, construir um transporte de fato público e com um ambiente de trabalho justo!