quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Luta contra o aumento da passagem é vitoriosa

Vitoria em Ouro Preto

Após a vitoriosa luta dos estudantes e da população de Ouro Preto, no último dia 04/11/2009, a juíza acatou a reivindicação do movimento e o aumento da tarifa do transporte público será revogado. Isso prova que só os estudantes nas ruas, com uma direção correta é o que irá garantir vitórias.


Foi uma dura batalha, contra as mafiosas empresas de ônibus de Ouro Preto, e seu principal aliado, a Prefeitura. A luta não acabou, exigimos que a determinação da justiça seja cumprida imediatamente!


Esperamos que essa seja apenas a primeira, de muitas outras lutas que virão. A UFOP enfrente uma tremenda crise, para especialistas em breve ela deixará de ser um centro de excelência para se tornar um escolão. Mais do que nunca os estudantes precisam estar organizados, para dizer não ao sucateamento da universidade pública.


Nos momentos das vitórias é onde as pessoas tomam consciência da sua capacidade de transformação, por isso fazemos um chamado para toda a comunidade estudantil. Vamos à Luta!?

Fonte: http://vamosalutaouropreto.blogspot.com

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Moção de Apoio a FAG - Federação Anarquista Gaúcha

No dia 29 de outubro de 2009, ocorreu mais um ato de afronta aos Movimentos Sociais brasileiros. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a mando da governadora Yeda Crusius (PSDB), invadiu a sede da FAG (Federação Anarquista Gaúcha), apreendendo documentos e equipamentos, além de abrir processos criminais por injúria, calúnia e difamação. A
justificativa de tal ato foi a produção de materiais pela FAG, nos quais a governadora é responsabilizada junto à Brigada Militar (Polícia Militar Estadual) pelo assassinato do integrante do MST, Eltom Brum da Silva bem como reivindicando a saída da governadora e
denunciando as medidas políticas de cunho neoliberal do Banco Mundial. Foi procurado também identificar o responsável pelo site www.vermelhoenegro.org, expressando uma ameaça à liberdade de expressão.
Nós do Movimento Passe Livre de Joinville (MPL-Jlle) viemos através desta manifestar nossa solidariedade à FAG, repudiando as atitudes da governadora do estado do Rio Grande do Sul, representante de todo o aparato governamental.

Acreditamos que não podemos nos calar frente à atitudes criminosas desta natureza que ferem direitos democráticos básicos, afirmando que essa luta também é nossa.


Com esta carta queremos pesar as justas reivindicações de fim aos processos judiciais e a devolução de todos os bens apreendidos da FAG como a garantia das liberdades democráticas que foram violadas pelo Estado.

Não tá morto quem peleia!

Movimento Passe Livre - Joinville

10 de Novembro de 2009.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cartaz - Outubro nas Ruas!

(cartaz - calendário de outubro)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Festa do Passe Livre

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nota de solidariedade à greve dos bancários

O Movimento Passe Livre (MPL) de Joinville vem publicamente de forma solidária apoiar a greve dos bancários, a nível nacional, e em especial, na região da cidade de Joinville. Greve está que começou no dia 25 de setembro, em Joinville, e vem tentando fazer política de forma direta, através dos próprios trabalhadores.

Entendemos como justa as reivindicações de 10% nos salários, participação nos Lucros e Resultados (PLR), inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas, e a contratação de mais funcionários para as agências, o que agilizaria e melhoraria o atendimento ao público.

O MPL Joinville se coloca assim, ao lado dos trabalhadores bancários e contra os banqueiros, que sustentam seus lucros em cima dos trabalhadores e do resto da população. Entendemos que os bancários fazem parte desse sistema de exploração do ser humano pelo ser humano estando no papel de explorados, assim como nós quando utilizamos o sistema bancário ou o próprio sistema do transporte coletivo, pauta de luta do MPL.


Movimento Passe Livre de Joinville – 14 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Outubro nas Ruas!

Panfleto - Frente


Panfleto - Verso

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Transporte público gratuito em Hasselt, Bélgica

A cidade de Hasselt, capital da província de Limburg, na Bélgica, faz parte de um pequeno, mas crescente, número de cidades ao redor do mundo que estão oferecendo tarifa zero no transporte público.

Desde 1º de julho de 1997, as linhas municipais de Hasselt são de uso gratuito para todos e, no caso de linhas centrais, até mesmo não-habitantes da cidade usufruem da tarifa zero.

A idéia do transporte público gratuito teve início em meados de 1996, a partir da Política Integrada de Transporte, desenvolvida pelo ministro de Transporte de Flandres (região flamenga, no Norte do país) Eddy Baldewijsn, que estabelecia o transporte público como prioridade. A cidade de Hasselt foi uma das primeiras a subscrever o plano. O prefeito Steve Stevaert propôs conceder primazia ao transporte público sob o lema “a cidade garante o direito à mobilidade para todos”.

Aspectos do sistema de transporte

As linhas locais são chamadas de Linhas H e funcionam das seis da manhã até sete da noite. Há um intervalo máximo de 30 minutos de espera entre um ônibus e outro. Em algumas linhas são adicionados ônibus extras nos horários de pico – das sete às nove da manhã e das quatro às seis da tarde. As linhas circulares da região do boulevard têm intervalos de cinco minutos e as circulares do centro, intervalos de dez minutos. Quase todos os ônibus locais são adaptados para cadeirantes.

O serviço regional de transporte (Linhas Vermelhas) é gratuito para moradores de Hasselt, desde que mostrem seus cartões de identidade para o motorista do ônibus. Quem não mora em Hasselt paga a tarifa comum, exceto crianças com menos de 12 anos. As linhas regionais Azuis têm uma tarifa própria. Na combinação do uso de linhas regionais e locais, os passageiros pagam a tarifa comum pela viagem completa.

Controle tarifário e inspeção

Nas Linhas H, passageiros não precisam apresentar nenhum tipo de documento. Não há fraude possível, já que o serviço é gratuito. Ainda assim, as rotas são monitoradas para propósitos de controle de qualidade.

Resultados da tarifa zero

Após a introdução da política de tarifa zero, o uso do transporte público aumentou imediatamente e se manteve alto, sendo, hoje, dez vezes maior se comparado ao período anterior. O site oficial de Hasselt registra o crescimento da seguinte forma:

Ano

Passageiros

Porcentagem

1996

360 000

100%

1997

1 498 088

428%

1998

2 837 975

810%

1999

2 840 924

811%

2000

3 178 548

908%

2001

3 706 638

1059%

2002

3 640 270

1040%

2003

3 895 886

1113%

2004

4 259 008

1217%

2005

4 257 408

1216%

2006

4 614 844

1319%

Por garantir acesso à tarifa zero no transporte público, o site de notícias http://gva.be descreveu o cartão de identidade dos habitantes de Hasselt da seguinte forma: “vale como ouro”.

Traduzido e adaptado de http://en.wikipedia.org/wiki/Public_transport_in_Hasselt

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Dialogar sim, mas com quem?

Na ultima quinta-feira, dia 03 de setembro, nosso atual Secretario de Planejamento Eduardo Dalbosco, escreveu um artigo para o Jornal A Notícia , onde ele fala da “...capacidade da coalizão petista de dialogar...”.

Para nós do Movimento Passe Livre nos resta apenas se perguntar: Dialogar sim, mas com quem?

Não podemos afirmar com certeza com quem. Mas podemos afirmar sim, com quem o atual governo não quer dialogar, e é com os Movimentos Sociais e outras parcelas organizadas da população joinvillense.


Segue algumas resposta publicamos no jornal A Noticia de militantes, simpatizantes e pessoas indignadas:

Verdades e mentiras

Octávio Paz diz que “a mentira política se instalou em nossos povos quase constitucionalmente, e se o dano moral tem sido incalculável, alcançando zonas muito profundas do nosso ser, movemo-nos na mentira com naturalidade”. Ao escrever o texto “Dialogar, sim” (3/9), Eduardo Dalbosco, um influente membro da atual gestão, pretende convencer que existe um estado de diálogo instalado entre governo e sociedade.

Talvez o secretário de Planejamento acredite nisto, mas vai precisar de muito mais para que sua afirmação venha a ser uma realidade. Um dos caminhos será o exercício deste prometido diálogo, ou insistir no ilusionismo.

Sérgio Gollnick
Joinville
7 de setembro de 2009


Fonte: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2644756.xml&template=4191.dwt&edition=13075&section=882

Dialogar, sim

Realmente, o governo PT já deixou muita gente atônita, como o próprio secretário de Planejamento, Eduardo Dalbosco, afirmou em seu artigo “Dialogar, sim” (“Palavra do Leitor”, 3/9), mas não com a surpresa de uma gestão democrática, nem participativa.

Devemos lembrar aqui dois fatos que surpreenderam a população: o decreto do aumento da água e, posteriormente, o decreto para o aumento da tarifa do transporte coletivo.

Quando o secretário fala em Estado dialogando com população, esquece de que os reais interessados são excluídos dessa conversa, durante a Conferência das Cidades. O único movimento social ativo na cidade de Joinville, o do Passe Livre, foi excluído por não ter CNPJ. Essa forma de dialogar, que restringe o diálogo aos donos da cidade, não é nada mais que uma máscara para o autoritarismo dos empresários; a população se vê excluída dessa “democracia” da gestão atual.

O governo Carlito em muito se parece com a gestão anterior, quando o então prefeito Marco Tebaldi. O que diferencia a gestão atual é que ela tenta mascarar uma falsa democracia, um falso diálogo com a população.

Bruno Marques
Joinville

5 de setembro de 2009


Fonte:http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2643124.xml&template=4191.dwt&edition=13060&section=940

Dialogar, sim

O texto “Dialogar, sim” (3/9), do secretário de Planejamento, Eduardo Dalbosco, é ingênuo ou mal-intencionado. Ingênuo se ele acredita que os espaços que são abertos para discussão na cidade têm mesmo potencial democrático, como ele afirma.

Quando as vozes se levantaram contra o aumento da tarifa de ônibus, quem foi ouvido? Quem são os representantes do Conselho da Cidade? A maioria dos representantes populares foi impedida de participar por questões burocráticas.

Uma gestão participativa e democrática está muito longe de abrir canais para diálogo com a população. Está apenas onde a população vive em diálogo e toma as decisões referentes ao seu cotidiano.

Douglas Neander
Joinville
4 de setembro de 2009

Dialogar, sim

Eduardo Dalbosco, secretário de Planejamento de Joinville, escreveu em seu artigo que muita gente está “surpresa – talvez até atônita” com a “cultura participativa” instaurada pela gestão petista na Prefeitura.

Na cidade em que vivo, o prefeito aprovou o aumento na tarifa do transporte coletivo sem realizar o fórum para discutir o transporte. A Conferência da Cidade foi um completo equívoco, um jogo de cartas marcadas a favor da ordem política de exclusão das vozes dissidentes da cidade, ou seja, não sabendo viver com a diferença política. O artigo me deixou preocupado, pois acho que estamos vivendo em duas cidades diferentes..

Maikon Jean Duarte
Joinville
4 de setembro de 2009


Fonte:http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2642233.xml&template=4191.dwt&edition=13055&section=882



terça-feira, 1 de setembro de 2009

Carta aberta do Movimento Passe Livre Joinville

Carta aberta do Movimento Passe Livre Joinville


O Movimento Passe Livre Joinville vem a público comunicar que no dia 7 de setembro realizará o enterro do que está morto faz tempo: o transporte público de Joinville.

Morto, embora nem bem tenha existido, afinal, para nós, o que chama-se público jamais deveria servir de fonte inesgotável e incontrolável de lucro para um pequeno número de indivíduos que explora o transporte. O que temos é um sistema capenga que inverte a lógica, somos nós, usuários e usuárias, que financiamos, não só o custo mínimo para gerir o sistema de transporte, mas também, o lucro dos empresários da (s) empresa (s) Gidion/Trantusa.

O público deve atender as necessidades e direitos da população, o que é público deve estar acessível a todos e todas, se para acessar esse direito público temos que pagar 2,30 por uma tarifa, um critério puramente capital, está mais do que provadoo que nosso sistema de transporte não atende aos requisitos a que se propõe, é desigual e antidemocrático, ou seja, não existe!

O MPL já sofreu alguns golpes da atual gestão, como a aumento abusivo da tarifa de ônibus – que foi concedido sem cumprir as promessas que a prefeitura fez a Frente de Luta pelo Transporte Público, de que não haveria aumento sem antes realizar uma auditoria no transporte –, a Prefeitura também implantou um conselho municipal que diz ser a voz da sociedade civil, mas que simplesmente exclui movimentos sociais, entre eles o MPL, por não possuir CNPJ.

Enfim, não teríamos motivos para considerar o governo petista "menos pior" que a gestão tucana, afinal ambos legitimaram a exploração do transporte concedendo aumento na tarifa a pedido das empresas, apesar de tudo, vamos levar em consideração a nova promessa - que esperamos ser cumprida desta vez -, a da realização de um fórum sobre transporte em Joinville, onde o MPL - que luta há cinco anos na cidade por um transporte verdadeiramente público - terá seu espaço para defender uma concepção de transporte livre da iniciativa privada, gratuito e democrático, que possibilite de forma ampla o direito de ir e vir, e promova acesso aos espaços de educação, cultura e lazer, sem diferenciar e limitar esse acesso pela condição financeira . Esse fórum discutirá o modelo para substituir o atual sistema de exploração do transporte público de Joinville - esperamos.

No dia 7 de setembro, o MPL participará do grito dos excluídos, representado todos aqueles que são segregados pelo transporte, enterraremos simbolicamente o que combatemos todos os dias através da luta por um transporte público.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CALHEV promove evento

O MPL vai participar da semana de História e do evento organizado pelo CALHEV, confira a programação e participe:

O “Centro Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi” durante a Semana de História – 31 de agosto ao dia 04 de setembro – elaborou um evento paralelo, onde os temas e os/as convidados/as estão diretamente ligados/as aos interesses da entidade estudantil.

"Grupos Sociais Urbanos... Lutas, transformações e Representações”

PROGRAMAÇÃO

31 de agosto
Exibição de Curtas
17:30 horas

01 de setembro
“O movimento Feminista e a luta pela igualdade de Gênero”
Exibição do Documentário “Quem são Elas? – Débora Diniz”
GEPAF- Grupo de Estudos e Políticas e Práticas Feminista
17:30 horas

02 de setembro
O movimento Passe -Livre e o Transporte Coletivo em Joinville
Exibição do Curta “A Revolta da Catraca – MPL Florianópolis”
17:30 horas


03 de setembro
Retóricas do Abandono: Apropriações do Patrimônio
Cultural na cidade contemporânea
Prof. MSc. Fernando Cesar Sossai
Prof. MSc. Diego Finder Machado
17:30 horas

04 de setembro
“As ocupações urbanas em Joinville: um olhar para a comunidade do Juquiá”
Exibição do Curta “Ocupação do Juquiá: uma História de Luta””
17:30 horas


Exposição Itinerante
Movimentos Sociais e Representações Estudantis: História e Luta.


Encerramento
Festa da “DiverCidade”

mais em: www.calhev.blogspot.com

O Local será no Anfiteatro do lado da Biblioteca.
Campus da Univille do Bom Retiro.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Nota sobre o Conselho “da Cidade”

A conferência extraordinária convocada para hoje (6) pela Prefeitura Municipal tem como objetivo eleger o Conselho da Cidade, nas palavras do atual prefeito Carlito Mers* o conselho eleito “terá a missão de contribuir, de forma participativa e democrática, para construção de uma cidade socialmente justa e territorialmente inclusiva, diminuindo progressivamente as desigualdades ainda existentes de nossas cidades.” Seria louvável se não fosse apenas falácia.

Há varias formas de dominar, de limitar a participação popular e de esconder o caráter antidemocrático de um regime burguês, os menos espertos tratam logo de aplicar medidas autoritárias para coagir e onerar a população, não menos pior é a prática de governos que buscam cooptar setores da sociedade civil para legitimar uma prática política que – até pode se diferenciar na sua forma, mais branda –, mas não muda em nada a sua natureza, a de antipovo, antidemocrática, e de não mudança na cidade que continua a atender aos interesses de uma minoria.

O que vemos em Joinville, com a forma que vem se configurando a conferência e o conselho da cidade, é o exemplo da forma “esperta” de governar, não é preciso esperar dar errado para constatarmos que esse conselho já nasce com sérios problemas, seja pela maneira que foi convocado e divulgado – razão pela qual já está sofrendo uma ação no Ministério Público –, e mais ainda, pelos critérios adotados para participação como delegado. Reivindica ser um meio de inclusão democrática, mas não passa de mais um braço burocrático da prefeitura, agora, para legitimar de forma cautelosa suas futuras ações.

Um dos critérios para participar da conferência e ter um representante da sociedade civil no conselho é participar de uma entidade com CNPJ regular, por si só, esse critério exclui grande parte da população que sofre com as desigualdades da cidade: setores informais, comunidades de bairro inteiras que não tem associação de moradores e, principalmente, movimentos sociais. O Movimento Passe Livre, que discute e luta por um transporte público de verdade há cinco anos em Joinville, é o exemplo que mais sofre com esse funil antidemocrático adotado pela prefeitura.

Por ser Movimento Social, e não uma ONG ou qualquer outro tipo de entidade, não temos CNPJ, o conselho que tem uma câmara para discutir Mobilidade Urbana, dessa maneira, exclui o único movimento social da cidade e quem mais tem acúmulo para discutir transporte e mobilidade urbana em Joinville.

Vale lembrar que esse não é o primeiro golpe que o MPL sofre pela atual gestão, no início desse ano já fomos atendidos pela prefeitura, onde foi prometido que não haveria aumento da tarifa de ônibus, em outra oportunidade, em meio às ocupações da Câmara de Vereadores e da Prefeitura, foi prometido ao movimento um canal de diálogo nos garantido o protagonismo na discussão e elaboração de um novo modelo de transporte, que atenda aos interesses da população, de caráter democrático e acessível, e não uma fonte de riqueza para duas famílias da cidade.

O atual governo certamente é mais esperto, é diferente da gestão Tebaldi, mas apenas faz por meios diferentes para atender aos mesmos interesses de sempre – da minoria que domina a cidade, o transporte é o maior exemplo disso. Quremos não só voz, mas ação e espaço, para toda a população que não está inclusa na lista de entidades com CNPJ ativo, ou essa conferência muda os critérios para escolha de delegados, e apesar das limitações busque dar espaço a população e suas organizações, ou pelo menos tenha vergonha na cara e largue mão de reivindicar-se como democrática e assuma seu caráter elitista perpetuador das desigualdades da cidade.

Movimento Passe Livre Joinville

06 de Agosto de 2009

__________

* Artigo publicado no Jornal Notícias do Dia – 03/08/2009 (segunda-feira)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Moção de apoio ao MPL do Centro Acadêmico Livre de Historia Eunaldo Verdi

CALHEV – Centro Acadêmico Livre de Historia Eunaldo Verdi, vem a publico manifestar-se a favor das ocupações realizadas na Câmara de Vereadores e na Frente da Prefeitura nos dias 16 e 17 de junho de 2009, pelo Movimento Passe Livre (MPL), onde lá estavam estudantes e trabalhadores a reivindicar a revogação da tarifa de transporte coletivo, cujo aumento foi de 12,2%. Desde então o MPL junto a outras pessoas e entidades foi às ruas protestar, reivindicar, chamar a atenção da comunidade joivillense para o descaso com o atual “transporte publico”.


Contra as empresas Gidion e Transtusa que possuem o monopólio do mesmo e nada até o momento foi feito pelas autoridades para desfazer essa situação. Do Prefeito Carlito Merss que havia assumido um compromisso público com a Frente de Luta pelo Transporte Público, onde antes de conceder esse aumento abusivo iria ser realizada uma audiência pública para explicar a planilha de custos das empresas, que nunca até então foi feita. Os vereadores ditos representantes do povo, infelizmente no dia 16 de junho se mostraram favoráveis a elite do transporte, votando contra a revogação do aumento e arquivando o processo, sem argumentos plausíveis e objetivos, demonstraram assim a incompetência que existe neste setor público.

Em um ato de protesto contra essa ação dos vereadores, que se acumulou a todo o resto, os estudantes manifestaram-se interrompendo a seção que já estava a terminar e foram recebidos com violência por assessores da câmara dos vereadores. Após represálias, os estudantes e trabalhadores ocuparam até as 00h40min a Câmara de vereadores escoltados pela polícia, que pôde atestar a pacificidade das manifestações; neste horário a “Justiça” se fez presente e “trabalhou” rápido emitindo um Mandato de Reapropriação de Posse: ou seja, pessoas foram impossibilitadas de permanecer em um local público, mesmo sem oferecer risco nenhum a ela. Quando era para essa mesma “Justiça” intervir no aumento, nada foi feito. A solução encontrada foi acampar em frente à prefeitura, atividade realizada por cerca de vinte pessoas.

Com o intuito que o prefeito recebe o MPL, se permaneceu ali até meio-dia do dia seguinte, quando foram recebidos pelo Presidente do IPPUJ, e foram firmados ganhos plausíveis e possíveis para a comunidade joinvillense nessa reunião. Na luta por uma vida sem catracas, será realizado um fórum aberto a toda a população para se discutir um planejamento do transporte público; a não criminalização do movimento, haja vista que é um movimento de luta pacifico, que busca defender os interesses das maiorias que utilizam o transporte coletivo diariamente; e se abriu um diálogo pela efetivação de um transporte público de verdade.

O CALHEV apóia as manifestações e ocupações que ocorreram e manifesta-se contrário as reportagens que circularam na mídia, chamando os manifestantes de baderneiros, e denegrindo a imagem de luta do MPL. Joinville, 07 de julho de 2009.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Participe do MPL

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Nota de repúdio à criminalização do Movimento Passe Livre Joinville

Nota de repúdio à criminalização do Movimento Passe Livre Joinville

O Movimento Passe Livre (MPL) Curitiba manifesta seu repúdio frente à tentativa de criminalização contra o MPL Joinville devido a ação de ocupação da Câmara de Vereadores. Os vereadores de Joinville tiveram chance de barrar o aumento da tarifa, mas, em sua maioria, rejeitaram o interesse popular em nome das empresas que abastecem de dinheiro suas campanhas eleitorais. Nesse sentido, manifestamos nosso apoio ao MPL Joinville pela sua ousadia em se opor a esse absurdo.

Solidariamente,
MPL Curitiba, 29 de junho de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

OCUPAR E RESISTIR PARA CONSTRUIR

Movimento Passe Livre Joinville.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

MANIFESTO POR UMA VIDA SEM CATRACAS


MANIFESTO POR UMA VIDA SEM CATRACAS

Nós do Movimento Passe Livre – MPL - um movimento, Autônomo, Independente e Apartidario – entramos na quarta semana consecutiva de atos contra o aumento absolutamente arbitrário da tarifa de ônibus, por parte do prefeito Carlito Merss. Visando democratizar o debate sobre o transporte na cidade e denunciar a Câmara Municipal, pelo arquivamento do projeto de sustação do aumento por parte da comissão de legislação e justiça na tarde do dia 16/06 - terça-feira – o movimento ocupou de forma pacifica a câmara.


Com o intuito de que a câmara de vereadores junto do prefeito se prontifiquem a, de fato, explicar a planilha de forma pública, clara e transparente, onde todos os dados sejam rigorosamente colhidos e averiguados, para que posteriormente, possamos ter um calculo do real valor da tarifa.


Ocupamos a câmara até 00:40 do dia 17/06 – quarta-feira – quando recebemos o mandado de reintegração de posse emitida pelo judiciário de Joinville, onde mais uma vez o poder público desrespeitou a via de negociação já aberta com o presidente da câmara Sandro Silva. Enquanto negociávamos nossa saída da câmara, ele tramava nossa retirada sem diálogo.


Após a desocupação da câmara nos dirigimos a prefeitura onde acampamos no intuito de exigir do prefeito o cumprimento do acordo feito com varias entidades estudantis, de bairros e o MPL para um amplo debate sobre a planilha e o transporte coletivo da cidade.


Frente ao descaso de todos os poderes legalmente constituídos nessa cidade, o Movimento Passe Livre conclui que nenhum desses poderes esta realmente comprometido com os interesses da população de Joinville. Diante disso convocamos a todos e todas que moram e Joinville a se organizar junto ao movimento de forma autônoma, pois mais uma vez provou-se que essa é a única forma de termos nossos interesses assegurados.

O Movimento Passe Livre reivindica:

- A revogação imediata da tarifa de ônibus, para seu valor anterior;

- Uma audiência pública com o prefeito e todos os vereadores, explicando de forma transparente a toda população, a planilha do transporte coletivo;

- Seja revista as concessões ilegais das atuais empresas de ônibus, para a criação de um transporte coletivo de fato público;

- A não criminalização do Movimento Passe Livre e todos os envolvidos nas mobilizações contra o aumento na tarifa de ônibus.

Acampados na frente da prefeitura,
Movimento Passe Livre Joinville.
Por uma vida sem catracas.
17/06/2009.

[AN] Estudantes que protestavam na câmara contra reajuste das passagens vão para a prefeitura


Após desocupar o Legislativo atendendo ordem judicial, grupo se instala durante a madrugada para frente do prédio do Executivo de Joinville

Os estudantes que protestaram contra o aumento da passagem na Câmara de Vereadores de Joinville na noite de terça foram para a prefeitura e acabaram dormindo no local. Às 8h30 desta quarta-feira, eles ainda estavam na frente do prédio Executivo da cidade. Eles pretendem entregar um documento para o prefeito Carlito Merss (PT).Os cerca de 30 estudantes que ocupavam a Câmara de Joinville desde as 19 horas de terça, saíram do Lesgislativo por volta da meia-noite.


A desocupação, acompanhada por policiais, foi determinada em liminar pela juíza Graziela Alchini quase seis horas depois do início da mobilização. Às 00h21, um oficial foi até a Câmara e informou que os manifestantes tinham uma hora para desocupar o local. Menos de 15 minutos depois, às 00h35, o grupo saiu pacificamente. Carregando colchonetes, travesseiros, cobertores e duas barracas, os estudantes andaram da Câmara até a Prefeitura, onde montaram outro acampamento e passaram a madrugada.


No início desta manhã, os manifestantes vão solicitar audiência com o prefeito Carlito Merss (PT). Vão reivindicar que o decreto que reajustou em 12,2% a passagem de ônibus seja anulado. Na Câmara, pouco pode ser feito agora, uma vez que ainda na terça a Comissão de Legislação arquivou o pedido de suspensão do decreto. A proposta foi encaminhada pelo vereador Adilson Mariano (PT).

terça-feira, 16 de junho de 2009

MPL ocupa camâra junto com a população


A quarta semana de protesto contra o aumento nas passagens de ônibus começa tumultuada.


Nessa terça-feira, os vereadores da comissão de Legislação e Justiça arquivaram o projeto que revogava o aumento de 12,2% nas tarifas do transporte coletivo. Os governistas Tânia Eberhardt (PMDB) e os oposicionistas Alodir Cristo (DEM), Dalila Leal (PSL) e Lauro Kalfels (PSDB) votaram pelo engavetamento da proposta, que já havia passado por unanimidade na mesma comissão, há duas semanas. Apenas o autor da proposta, Adilson Mariano (PT), votou para que o projeto fosse pra votação na plenário.


Talvez, os vereadores acharam que, após 3 semanas de aumento, a população iria “se acostumar” e “deixar passar em branco” mais um aumento. Mas dessa vez parece que os vereadores se enganaram. A noite, manifestantes retornaram a Câmara e ocupou a plenária no final da sessão. Os manifestantes bloquearam as escadas de acesso e não permitiram a saída do vereador Lauro Kalfels (PSDB), presidente da comissão que engavetou o projeto, e Sandro Silva (PPS), presidente da casa. Após 40 minutos de tensão, o Grupo de Resposta Tática (GRT) e a Polícia Militar entraram no prédio e escoltaram os dois vereadores até a saída.


Durante o bloqueio um assessor tentou subir as escadas que dão acesso ao plenário, mas a passagem estava bloqueada pelos estudantes. Após uma discussão, Felipe forçou a passagem, derrubando uma manifestante no chão.

Após não ser atendido pelo prefeito e ser enrolado pelos vereadores, o Movimento Passe Livre junto aos demais manifestantes, ocupa, nesse momento, a câmara de vereadores. Inviabilizando o trabalho da casa até ser feito uma reunião com o prefeito Carlito Merss (PT) e com os 19 vereadores.


Independente das agendas e toda burocracia dos políticos, o Movimento Passe Livre, continua nas ruas todos os dias, panfletando, manifestando e ocupando. Exigindo a revogação imediata do aumento na tarifa de ônibus.

Acreditando que somente com a mobilização popular poderemos barrar esse aumento.


Convocamos todos a juntar-se a nós.


Fortes e Convictos.

Nas ruas Até barrar.

sábado, 13 de junho de 2009

modelo do panfleto para impressão.

Terça-feira à tarde, a comissão de legislação, da Câmara de Vereadores votará a constitucionalidade do pedido de sustação do decreto que autorizou o aumento da passagem do transporte coletivo.

Estão sendo convocado mobilizações para às 15 horas na Câmara de Vereadores e às 18 horas na Praça da Bandeira.


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Para imprimir!

Manifestação

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Esclarecimento sobre Proposta de Sustação de Ato Normativo 02/2009, referente ao aumento da tarifa do transporte coletivo urbano de Joinville

Diante de manifestações populares, realizadas recentemente nas ruas e nas sedes dos poderes Executivo e Legislativo da cidade de Joinville, em função da assinatura, por parte do prefeito municipal, do Decreto nº 15.580, de 12 de maio de 2009, autorizando o reajuste de 12,2% nos valores das passagens do transporte coletivo urbano, a Diretoria de Comunicação Social da Câmara de Vereadores de Joinville explica que:
1. A Comissão de Legislação, Justiça e Redação acolheu, na reunião de terça-feira, dia 26 de maio, Proposta de Sustação de Ato Normativo 02/2009 protocolada pelo vereador Adilson Mariano, que propõe um Projeto de Decreto Legislativo a fim de restar sustado o decreto supracitado;
2. A referida comissão apresentou, na sessão ordinária desta quarta-feira, dia 27 de maio, um pedido, acatado pela Mesa Diretora, para que esta expeça Ofício ao poder Executivo para que, no prazo de 10 dias corridos – contados a partir do recebimento – justifique a decretação do reajuste por vias formais;
3. Tão logo a resposta do poder Executivo chegue à Comissão de Legislação, Justiça e Redação, esta a analisará;
4. Rejeitadas as justificativas do poder Executivo, a comissão poderá deliberar um Projeto de Decreto Legislativo, nos termos solicitados pelo vereador Adilson Mariano e nos termos do Regimento Interno e da Lei Orgânica Municipal;
5. A matéria, então, poderá ser levada a plenário, onde, para aprovação, deverá receber os votos favoráveis da maioria absoluta, ou seja, de mais da metade de todos os vereadores.
6. Acatadas as justificativas do poder Executivo pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação, restará vigente o Decreto nº 15.580, que autorizou em 12,2% o reajuste das tarifas do transporte coletivo urbano de Joinvile, e rejeitada a Proposta de Sustação de Ato Normativo 02/2009 interposta pelo vereador Adilson Mariano.

Fonte: http://www.cvj.sc.gov.br/index.php?goto=noticias_view&cd=5305

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O “Grande Ato” de sexta-feira



Fotos retiradas por militantes da Frente de Luta Pelo Transporte Público




Organizar, lutar e organizar.



“Grande ato”, dizia o panfleto que convocava tod@s para a manifestação de sexta-feira (22) contra o aumento abusivo da tarifa de ônibus em Joinville, que fechou a semana de protestos para barrar o reajuste. Desde o dia 15 de maio, o MPL (Movimento Passe Livre) esteve nas ruas, ao lado de outros movimentos e entidades, gritando, cantando e se organizando na luta pelo transporte público.

Escrever no panfleto: “grande ato”, pode ser pretensioso, mas a experiência dos outros dias de manifestação fez-nos ter essa expectativa. Se até então, nossos atos foram limitados pela quantidade de pessoas, eles não ficaram devendo em qualidade, até porque, nossos princípios não estão medidos por números, mas pela participação política e democrática das pessoas, no caráter do ato e na reivindicação. Se a quantidade fosse o mais importante, o 1º de maio, realizado pelas Centrais Sindicais com milhões de pessoas, seria o maior espaço de discussão e reivindicação política do país, mas, do contrário, se tornou um verdadeiro curral eleitoral, uma grandiosa festa limitada às atividades assistencialistas.

O MPL defendeu que a primeira semana após o aumento deveria ser marcada por protestos todos os dias, ao contrário da Juventude Revolução e da Esquerda Marxista, também membros da Frente, que acreditavam que manifestações diárias, desgastariam o movimento. O fato é: terminamos a semana maior (em quantidade) do que começamos.

O “grande ato”, é bem verdade, não teve organização para tal, que não foi possível pelo falta de tempo. Na quarta, em assembléia, decidimos chamar a manifestação de sexta. Na medida do possível, as pessoas se responsabilizaram em panfletar em suas escolas, entrar em contato com conhecidos e divulgar o ato pela internet. Na quinta, ainda tivemos mais um ato simbólico: o enterro do transporte público de Jonville.

Sexta às 18h, os manifestantes se concentraram na praça. O número exato não se sabe, mas certamente, era mais que nos dias anteriores. Às 18h30m, já dava de ouvir os gritos: “vem, vem, vem, par luta vem contra o aumento”, mesmo roucos, os gritos não paravam.

O protesto contou com as presenças ilustres do ex-prefeito peessedebista, Marco Tebaldi e do atual prefeito, o petista Carlito Merss. Na verdade eram companheiros de luta, fantasiados para mostrar a semelhança entre Carlito e Tebaldi que, aparentemente, são farinhas do mesmo saco, contra a população e a favor de quem explora o transporte e o trabalhador. Saímos em passeata com um bom número de manifestantes, que aumentou com o decorrer do protesto. A polícia militar contou 500 pessoas. Um grande ato, não somente pela quantidade, mas, principalmente, pela participação. Um ambiente verdadeiramente político, onde tod@s tinham (e têm) a mesma importância e espaço.

Coletivamente, decidimos sair pelas ruas do centro até o colégio Conselheiro Mafra para convocar os estudantes à luta. No caminho, fechamos ruas por pouco tempo, principalmente para fazer o “pula catraca”.

O movimento é predominantemente estudantil e, mesmo que a maioria dos estudantes também trabalhe, quer que os trabalhadores juntem-se aos atos. Na sexta, pelo menos um trabalhador colaborou com a luta. Quando seguíamos nossa rota, ele, em horário de serviço, nos abordou para revelar uma informação que acabou mudando nosso itinerário. Ele nos informou que o Partido dos Trabalhadores (PT) estava realizando uma reunião em um hotel no centro da cidade. Decidimos ir ao local para mostrar às figuras e ao partido responsável pelo aumento, que estamos nas ruas e não vamos parar.

Paramos em frente ao hotel e cantamos nossas reivindicações. Na portaria, negaram que havia uma reunião do PT. Enquanto esperávamos a confirmação, tivemos algumas falas e fizemos muito barulho. A rotina da cidade estava alterada. Aqueles que oneram a população e deitam tranqüilos em seus travesseiros, certamente, tiveram uma dor de cabeça naquele dia. Numa das falas, um companheiro lembrou que o PT, na mesma semana, tinha lançado uma nota declarando ser favorável ao aumento. Isso deixa claro que o transporte não é uma decisão individual, mas um problema político e que deve ser tratado e resolvido como tal. A Frente não culpa uma pessoa pelo reajuste. Não é uma questão moral. O aumento mostra que o governo petista não pretende qualquer mudança, pois mantém a mesma prática de seus adversários políticos combatidos no passado.


A confirmação da reunião veio pela pressão. O secretário Eduardo Dalbosco desceu para falar com os manifestantes. Desceu, mas não falou nada. Só ouviu os gritos de “pelego” em alto e bom som, palavra que de maneira alguma soou como acusação, mas sim, uma constatação política, afinal, ele mesmo disse: “Um partido quando está fora do governo se articula com os movimentos sociais, mas quando está no governo trabalha com o poder e faz o que pode”. (REVI, 18/05/2009)

Saímos do hotel. Aquele não era nosso espaço. Decidimos voltar para praça. Lá, na frente do terminal central de ônibus, um companheiro falou sobre as empresas Gidion e Transtusa e o real motivo pelo qual estamos lutando: não só barrar o aumento da tarifa, mas, principalmente, lutar contra a exploração do transporte pelas famílias Harger e Bogo. Explorações que um dia os petistas tanto criticaram e hoje, no governo, defendem.


Foi lembrado das catracas e o significado que elas têm: privar a população de utilizar um serviço público. Objeto que escolhe quem pode ou não andar pela cidade. Decide quantas vezes você pode exercer seu direito de ir e vir. Após a fala, foi queimada simbolicamente uma catraca do movimento passe livre. Depois de muitos barulhos e gritos de "queima a catraca", foi realizada uma assembléia para organizar os próximos dias de resistência.


A assembléia decidiu convocar o próximo ato para quarta-feira (27), pois já saberiamos a decisão tomada pela Comissão Legislativa da câmara sobre o pedido de sustação do decreto que autorizou o aumento da passagem de ônibus. Ontem (26), o pedido foi aceito. Hoje será lido um documento e a prefeitura terá dez dias para enviar uma resposta. Se não for aceita pela Comissão, será levada para votação no Plenário. A maioria votando a favor da sustação, cai o decreto do prefeito e se a tarifa não voltar ao preço anterior, a briga vai para o judiciário.

A pausa nas manifestações não significa descansar. Muito menos parar. É um tempo para nos organizar. Hoje estaremos nas ruas. A nova manifestação é chamada de “mega ato”, afinal, como diz um dos gritos dos protestos: “amanhã vai ser maior”.

Movimento Passe Livre Joinville

Por uma vida sem catracas.






terça-feira, 26 de maio de 2009

Panfleto para impressão


Imprima seu panfleto e distribua na sua escola e vizinhaça!

sábado, 23 de maio de 2009

MEGA-ATO de quarta-feira - DIVULGUE!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Semana de Luta Contra o Aumento na Tarifa de Ônibus

Organizar, lutar e organizar.

 "Tarifa de ônibus sobe 12,2%.Prefeito Carlito Merss assinou ontem decreto que reajusta passagens para R$ 2,30 e R$ 2,70 em Joinville"  (A Notícia, 13/05/09)           

Joinville está um pouco diferente desde sexta-feira passada (18/05/2009), atos estão acontecendo em diversos horários e locais da cidade. Primeiro foi na escola Médici, onde 500 secundaristas saíram às ruas para dizer que eram contrários ao aumento na passagem de ônibus. A noite foi à vez dos universitários da Univille falarem que eram contra o aumento. Cerca de 250 pessoas percorram a faculdade e ocuparam espaços.

            A segunda-feira começou com um ato na frente da prefeitura, chamado, principalmente, pelos secundaristas. O ato contou com cerca de 800 manifestantes que esperavam algum posicionamento do prefeito. Uma comissão -com representantes dos diversos setores que compõem a Frente de Luta pelo Transporte Público, a qual o MPL faz parte -, foi recebida pelo secretário Eduardo Dalbosco, já que o prefeito Carlito Mers não estava na Prefeitura. Horas mais tarde um estudante presente na reunião deu seu relato sobre a conversa, que mostra para quê vem servindo as reuniões (ou tentativas delas), com a prefeitura. Ele disse:  “pessoal a reunião com o secretário não serviu pra nada”. Mais uma vez o espaço foi usado e o tempo dos estudantes desperdiçado, para ouvirmos desculpas técnicas,  baseadas em uma planilha fornecida pela Gidion/Transtusa, empresas que exploram o transporte há mais de quarenta anos na cidade, em situação irregular, já que não passaram por processo de licitação. Nas palavras do secretário as empresas estão num “processo provisório”.

Contradições: apesar de tentar justificar o aumento pelas planilhas, a Prefeitura admite que não tem controle sobre as planilhas. A prefeitura atende ao pedido dos empresários, mas sabe que a situação das empresas é irregular, justifica o aumento porque a tarifa não sofre reajuste há mais de vinte meses, mas como disse um companheiro na reunião com a prefeitura: “Se administrar o transporte coletivo é uma furada, porque essas famílias continuam até hoje trabalhando com isso?”

Na segunda 800 pessoas reservaram todas as suas forças para conseguir uma reunião com a prefeitura, de 800 uma comissão de 20 foi liberada. Representatividade? Os números revelariam por si só o caráter da manifestação, mas longe de querer fazer um julgamento numérico, o fato é que a reunião foi um fracasso político, sem resultado, sem conversa com o prefeito, sem barrar o aumento. O MPL foi contra os encaminhamentos tomados no ato de segunda, mas respeitou as decisões da Frente, para a qual reserva o direito da crítica, embora não caiba se estender aqui.

            Segunda a noite teve outro ato, dessa vez na frente do terminal central na praça da Bandeira. Cerca de 300 estudantes se reuniram para dizer aos donos das empresas e ao atual governo que não aceitamos esse aumento. A manifestação foi bem animada e foram fechadas diversas ruas e cruzamentos no centro da cidade. Os gritos demonstravam o caráter do ato: de mobilização, chamando a população: “vem, vem pra luta, vem, contra o aumento”. De repúdio a atual gestão petista eleita pelo discurso da mudança: “Carlito seu mercenário...”. De denúncia com o “pula catraca”, onde simbolicamente denunciamos o símbolo da exploração do transporte coletivo, que nos priva de nosso direito de ir e vir pela cidade. “Por uma vida sem catracas”, a do ônibus é apenas mais uma catraca que o capitalismo nos impõe aos serviços mais básicos, saúde, educação ou transporte – tudo vira mercadoria. Não queremos ter dinheiro para passar pela catraca, nem que ela gere lucro para algumas pessoas, queremos que ela não exista, simbolicamente a solução é pular, essa é a visão do Movimento Passe Livre. Sem a catraca da exploração, sem a catraca do medo, sem mais catracas nos ônibus. Simbolicamente “catracas” foram puladas durante o percurso e a democracia esteve nas ruas.

            Terça-feira foi mais um dia de luta, em marcha os estudantes foram até a Câmara de Vereadores, onde esperavam que fosse votado um projeto de sustação do aumento. O projeto foi encaminhado para análise dos vereadores e novamente os manifestantes foram para as ruas, dizer que independente do Prefeito nos atender ou não, independente dos vereadores votarem ou não contra esse aumento, continuaremos nas ruas até barrar o aumento: “a luta é popular”. Na visão do MPL as ações da Frente jamais podem estar limitadas a agenda do poder público, ocuparemos os espaços sim, pra lutar, pra fazer pressão, para barrar o aumento. Após a saída os estudantes realizaram uma assembléia para direcionar as próximas ações e saíram em passeata até o terminal central.

            Quarta-feira novamente os estudantes estavam nas ruas em passeata, dessa vez em direção as faculdades ACE e FCJ para convocar os estudantes para um grande ato na sexta feira à noite. As passeatas duraram mais de duas horas e deixaram o trânsito lento. A rotina da cidade está alterada, afinal algo mudou, a tarifa aumentou, como diz uns dos gritos “estudante na rua, Carlito a culpa é sua.”

            O Movimento Passe Livre esteve presente em todos os atos, lado a lado com a população, decidindo nas ruas em assembléias com a palavra livre, para encaminhar a mobilização contra o aumento. Somos contra o dirigismo, em uma Frente todos tem a mesma capacidade de tomar decisões, decidir sobre as próximas ações e o caráter da manifestação, juntos, pautados por um manifesto e pelos princípios da Frente, continuaremos nas ruas, até o revogar esse aumento, sem descansos, nem tréguas.

            Não achamos plausíveis as “justificativas” da prefeitura para dar esse aumento, entendemos que as empresas estão em situação irregular, explorando o transporte coletivo da cidade. Entendemos que em 5 meses de gestão da prefeitura pelo PT, nada foi feito para tentar mudar a lógica de exploração do transporte na cidade, muito menos para barrar o aumento, nem uma tentativa de aumentar o controle sobre as planilhas. O final dessa política de omissão e concessão é trágico: aumento da tarifa, sem mudança – o PT repete as práticas políticas das gestões passadas tanto combatidas em seu passado. É emblemática a própria fala do secretário Eduardo Dalbosco quando recebeu os manifestantes explica melhor a situação: “Um partido quando está fora do governo se articula com os movimentos sociais, mas quando está no governo trabalha com o poder e faz o que pode”, enfim, uma palavra resumiria melhor essa posição: “pelego”.

            O Movimento Passe Livre também repudia as tentativas de criminalizar o movimento, que tem se mostrado pacifico e organizado. Na sexta-feira (16/05) na Univille, 250 estudantes, além de fazer uma passeata, ocuparam o auditório da reitoria onde se encontrava o senhor Eni Voltolini, secretário da prefeitura, que estava em um evento representado o prefeito Carlito Merss, a ocupação foi pacífica e foi entregue o manifesto da Frente para o secretário. Com o mesmo objetivo a frente decidiu ocupar a sala de aula da professora Marta Heizelmann, que também é chefe de gabinete da prefeitura. Vale lembrar que a mesma professora, no inicio do ano, recebeu a Frente de Luta com o compromisso de não aumentar a tarifa, sem antes realizar seminários e uma auditoria no transporte, reivindicações do manifesto da Frente. O acordo foi quebrado e esse rompimento desleal provocou uma reação política: a ocupação da sala de aula. A professora não entendeu o motivo da ocupação – e não vale nem destacar sua suposta posição de esquerda na cidade, isso no máximo foi passado, e hoje sabemos que estamos de lados opostos da trincheira –, suficiente para a professora e chefe de gabinete da prefeitura entrar com um boletim de ocorrência, criminalizando um movimento social legítimo e de luta. A acusação: constrangimento e privação do direito de dar aula e depredação de seu carro. Não vale nem questionar os motivos legalistas do “direito de dar aula”, pois sabemos que as transformações são justamente uma subversão da ordem, esta só está ao lado de quem domina e explora, nesse caso o direito reservado a aula serviu muito bem aos interesses da prefeitura, do aumento da tarifa e dos empresários.

A acusação de depredação do carro é falsa, de um golpe baixo sem tamanho, não há provas, se ocorreu vandalismo é uma tentativa de sabotagem, acusação séria de nossa parte, não fosse o histórico de perseguição aos militantes do MPL, o que já pode ser visto nas manifestações. As empresas Gidion/Transtusa já colocaram seus seguranças para perseguir os manifestantes, repressão e uso do dinheiro público. “Mais uma prova que as planilhas são falsas porque nela não está detalhada a contratação de seguranças para perseguir manifestantes”, falou um companheiro durante um ato em frente ao terminal fechado por seguranças.

            Não nos intimidamos com os seguranças que as empresas tem contratado para intimidar os manifestantes. Continuamos com disposição de ficar nas ruas até o fim, mesmo sendo gravados e ameaçados.

            Nos solidarizamos com os companheiros que estão sendo processados pelas manifestações. Propomos que a sustação desses processos entre nas pautas de reivindicação da Frente de Luta e das mobilizações populares, pois isso é apenas mais um ato de intimidação e criminalização de um movimento justo e democrático.

            Entendemos que as ruas são nossos espaços agora, junto com a população, junto aos usuários de ônibus, junto aos estudantes e trabalhadores dessa cidade, não à frente, tomando decisões por eles, mas juntos decidindo os passos das mobilizações populares.

Convocamos todos a juntos decidirmos nossos destinos, nossas vidas, lado a lado com companheiros de voz igual. 

Convocamos todos para nas assembléias de ruas tomar os encaminhamentos e organizar a resistência contra esse aumento. 

Convocamos todos os setores da sociedade, para que, junto com os joinvilenses que tem tirado a cidade de sua rotina, engrossem e construam as manifestações.

Convocamos todos para um grande ato de sexta-feira, 22/05, as 18 horas na praça da bandeira.

 

Fortes e Convictos,

Nas ruas,

Até Barrar o aumento.

 

Movimento Passe Livre Joinville

Por uma vida sem catracas. 


(Segunda-feira 18/05/2009)

(Segunda-feira 18/05/2009)