sábado, 27 de julho de 2013

Relato da exibição do documentário IMPASSE.

Em continuidade à luta por um transporte público, gratuito e de qualidade, o MPL organizou uma exibição do documentário Impasse, que relata as lutas pelo transporte e a truculência da polícia e do Estado em Florianópolis no ano de 2010, seguido de um debate com as pessoas que têm interesse pela luta.
Cerca de 25 pessoas compareceram ao Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz na noite desta quarta-feira, e desenvolveram a conversa sobre os papéis que estão presentes na luta pelo transporte: de um lado, a população, representada por pessoas de várias classes sociais, afetadas e segregadas pela exploração do transporte coletivo pelas mãos privadas; e, do outro, o Estado com todo o aparato policial, defendendo os interesses econômicos dos grandes empresários dos transportes.
O debate apontou também para a ênfase em que o MPL e a Frente de Luta pelo Transporte em Joinville apoiam outros movimentos sociais, que travam suas lutas em outras pautas, como saúde e habitação; e sobre como o transporte se mostra um direito transversal aos demais. Ou seja: o transporte concede acesso aos direitos sociais do cidadão. E é esta a luta que se perpetua através destas ações.



Por uma vida sem catracas! 
Movimento Passe Livre Joinville, 27 de julho de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Discussão política sobre a formação de Joinville



Como atividade preparatória para a manifestação do dia 14 de agosto, o Movimento Passe Livre Joinville realizará uma discussão política em torno da questão da formação sócio espacial da cidade de Joinville.

Para tanto, iremos nos encontrar no dia 9 de agosto, sexta-feira, às 18:30h, no Centro de Direitos Humanos a fim de discutir dois textos. O primeiro deles é do historiador Dilney Cunha e se chama “Mito e Realidade sobre a gênese e desenvolvimento da cidade”. O texto busca traçar os primeiros momentos da colonização em Joinville desfazendo vários preconceitos que rondam os inícios da formação da cidade. O outro texto são extratos da dissertação de mestrado “A produção do espaço urbano e os loteamentos na cidade de Joinville (SC) – 1949/1996” do geógrafo Naum Alves Santana. O texto visa reconstituir o processo de ocupação do espaço urbano nos anos citados.

Em um momento em que as lutas por transporte e também moradia (por exemplo o Juquiá na zona sul de Joinville) aparecem com muita força, é interessante compreender o modo pelo qual Joinville foi construída e quem hegemonizou esse processo que hoje apresenta, cada vez mais, toda sua fragilidade. Compreender a cidade é um passo importante para que possamos transforma-la.

Os textos podem ser baixados aqui. A atividade é aberta e franca: convide todas as pessoas interessadas. A leitura dos textos é obrigatória.

Movimento Passe Livre Joinville, 22 de julho de 2013

Exibição do documentário Impasse


O Movimento Passe Livre Joinville realizará uma mostra seguida de debate do documentário Impasse, que relata a luta contra a tarifa em Floripa (2010). O debate irá ocorrer no Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz, na quarta-feira (24), depois das 18h30. Compareça e entenda a luta em torno do transporte público.

Sinopse: Impasse é um documentário sobre as manifestações da população, ocorridas em Florianópolis em 2010, contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. Além de cenas que não foram exibidas em nenhuma tevê, incluindo flagrantes de violência, Impasse revela o que pensam usuários, empresários e representantes dos governos municipal e estadual.


Confirme presença no evento do facebook.

domingo, 21 de julho de 2013

Resposta ao artigo de Moacir Bogo

No dia 08/07 foi publicado no jornal A Notícia um artigo de autoria de Moacir Bogo, onde este expõe sua visão sobre os problemas do transporte e sobre as atuais manifestações que vem ocorrendo pelo Brasil, a visão do empresário que há mais de 45 anos lucra com o transporte "público" de Joinville. No dia 19/07 foi publicado o artigo de um militante do MPL em resposta ao Bogo:

A conta do transporte
Em artigo publicado no dia 08/07, o empresário do setor de transportes, Moacir Bogo, saudou os projetos de desoneração tributária para empresas de ônibus como a salvação para a questão do transporte, na medida em que isso possibilitaria um barateamento das tarifas. Procurou também deslegitimar as propostas dos movimentos sociais, alegando que lhes falta “pé no chão”.
O artigo merece algumas considerações. Primeiramente, tem que se estar ciente de que desonerar impostos dos empresários significa diminuir o orçamento público, e isso deverá ser sentido em algum lugar, o que, claro, não importa do ponto de vista do empresário, mas faz diferença para a população que depende dos serviços públicos. Propor que o Estado simplesmente deixe de arrecadar esse dinheiro, sem discutir os impactos que isso eventualmente poderá ter sobre a saúde ou a educação, portanto, não nos parece uma solução.
Por isso o debate que o Movimento Passe Livre (MPL) faz é outro. A questão que colocamos é: quem deve pagar a conta do transporte? O próprio Moacir Bogo admite que a tarifa zero é possível, basta encontrar quem pague essa conta. Nesse sentido o MPL tem uma proposta muito clara e concreta: quem deve financiar o transporte é quem se beneficia do deslocamento de pessoas na cidade, isto é, a indústria, o comércio e as instituições financeiras, e isto deve ser feito através da cobrança de impostos progressivos, ou seja, impostos que incidam mais duramente sobre esses setores, como o IPTU progressivo, por exemplo.
Por fim, sobre a importância ou não do transporte coletivo, vale lembrar que já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 90, que inclui o transporte no rol de direitos fundamentais do cidadão, assim como a saúde e a educação. Resta saber se, pelo raciocínio do Sr. Bogo, esses serviços também deveriam ser entregues a exploração de empresas privadas. É por conta disso que consideramos de extrema importância a criação de uma empresa pública, transparente, e com participação popular, caso contrário o transporte continuará sendo tratado como um negócio e não como um direito.
Lucas Axt,
militante do Movimento Passe Livre Joinville
A Notícia, edição 26.356, sexta-feira, 19/07/2013, página 8

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Entrevista com militante do MPL Joinville no programa Xeque-Mate

Assista a abaixo a entrevista realizada com um dos militantes do Movimento Passe Livre no programa Xeque-Mate, exibido no dia 01/07.

Bloco 1:


Bloco2:


Bloco 3:




Nota do MPL Joinville sobre o debate prometido pelo poder público

No dia 02 de julho, a Comissão de Legislação e Justiça da Câmara de Vereadores de Joinville decidiu colocar em discussão os nove projetos referentes ao transporte coletivo que entraram na Casa. Segundo o jornal A Noticia, a intenção era promover um debate no dia 16 de julho com representantes da Prefeitura de Joinville, das empresas que há 50 anos controlam o transporte coletivo na cidade e do Movimento Passe Livre. No entanto, até então o MPL não havia recebido nenhum comunicado a respeito da discussão. Hoje, o movimento ficou sabendo que devido à complexidade do assunto, a discussão foi adiada para depois do recesso da Câmara, que ocorre entre os dias 18 e 31 de julho. O MPL tem total disposição em discutir
com o poder executivo, legislativo e empresarial as propostas construídas ao longo dos oito anos em que luta por um transporte PÚBLICO, GRATUITO e de QUALIDADE. O movimento espera que a discussão realmente aconteça e que não demore a acontecer, ao contrário do modo como vem se arrastando o transporte coletivo na cidade ao longo dessas cinco décadas.

Movimento Passe Livre Joinville,
Joinville, 17 de julho de 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Nota sobre a reunião com a prefeitura

Na tarde de segunda-feira (01), aconteceu uma conversa entre o Movimento Passe Livre e o prefeito Udo. A reunião foi uma conquista do poder popular, que se fez valer nas manifestações ocorridas nos dias 20 de junho, com 15 mil pessoas, e 26 de junho, com cinco mil pessoas. A reivindicação é por 14 audiências públicas, para debater a tarifa zero,e uma empresa de transporte coletivo pública. 

Durante a conversa, o MPL Joinville comentou dos problemas encontrados no transporte coletivo, dos anos de operação na ilegalidade das empresas Gidion e Transtusa (jamais passaram por uma licitação, procedimento obrigatório desde a Constituição de 1988), sobre a necessidade da gratuidade e a efetivação da tarifa zero para melhorar o sistema público de saúde e educação. O prefeito Udo defendeu com todo vigor a iniciativa privada na exploração do transporte coletivo. Na reunião, ficou muito clara a defesa das empresas em detrimento do interesse do povo. O MPL explicou como o processo licitatório até agora foi desonesto e contra a participação popular. Isso porque não houve abertura a nenhuma das sugestões dos presentes nas duas audiências no plano elaborado pela empresa Profuzzy, não por acaso uma empresa que presta consultoria a Gidion/Transtusa (o que constitui um evidente conflito de interesses). 

Udo concordou que o formato das audiências deve ser democrático, inclusive com ampla participação e direito de voz dos movimentos sociais e entidades de classe e populares. Mas não fechou o acordo de 14 audiências nos bairros de Joinville, muito menos caminhou no sentido de efetivação de uma empresa pública com Tarifa Zero. O prefeito também não deu prazo para realização das audiências. O MPL Joinville ofereceu 15 dias para obter uma resposta. Udo foi intransigente com prazo. Foi argumentado que na sociedade o trabalho é realizado com planejamentos e prazos, sendo estranha a Prefeitura não aceitar um prazo de resposta ao movimento. O fato é que pouca coisa concreta foi retirada da conversa com o prefeito Udo. 

Enquanto movimento social, acreditamos que o debate da prefeitura em torno do transporte está defasado. O governo municipal defende que o aumento do número de automóveis é irreversível, que são necessários novos modais de transporte e sinalizou apenas no sentido de mais corredores (uma medida que até hoje não significou quaisquer diminuições na tarifa). Ao invés de acompanhar o debate mundial do planejamento urbano que se orienta em torno de cidades democráticas, cuja mobilidade se organiza de modo coletivo, a prefeitura propõe remendos insatisfatórios, que apenas encaminhará o sistema de transporte ao fracasso. 

O Movimento Passe Livre Joinville continuará nas ruas, nas assembléias, nos trabalhos de base nas escolas, nas audiências com a prefeitura e em todos os espaços na luta por um transporte verdadeiramente público, gratuito e de qualidade.

Foto: Jornal Anotícia

vídeo da manifestação do dia 2 de julho

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Nota em soliedariedade a Federação Anarquista Gaúcha - FAG

Nós do Movimento Passe Livre (MPL) vimos nos solidarizar com os compas da Federação Anarquista Gaúcha (FAG), que teve sua sede invadida pela policia civil e parte de sua militância vigiada por policias a paisana. Essa é uma clara tentativa do governo Tarso Genro (PT) de intimidar a militância combativa, que tem ajudado a construir a luta nas ruas.
Lembramos que essa não é primeira vez que a organização tem sua sede invadida pelos governos. O governo Yeda Crusius (PSDB) já tinha feito o mesmo, por conta da campanha em que a responsabiliza pela morte do sem terra, Elton Brum, em 2009.
Lembramos também das investidas anteriores do governo contra os lutadores que fazem parte do Bloco de Luta pelo Transporte Público, que foram intimados pela policia. Essa serie de ataques aos que lutam deixa claro que isso se trata de um processo de perseguição e criminalização da luta.
Os anarquistas tem sido parte combativa dessas mobilizações, muitos ajudam a construir o MPL Nacionalmente, sejam eles organizados em suas próprias organizações ou atuando de forma individual, ao lado de outras ideologias e correntes políticas.
Não aceitaremos a criminalização de nenhuma organização, de nenhum movimento social, de nenhum lutador do povo. Essa atitude dos governos não nos intimida, apenas nos une mais ainda através da solidariedade, nos faz mais fortes. 
NÃO ESTÁ MORTO QUEM PELEIA!
POR UMA VIDA SEM CATRACAS!

Movimento Passe Livre – Joinville 

julho de 2013

Manifestação dia 2 de julho!


As recentes manifestações em todo o Brasil demonstraram a força da população organizada. Após várias semanas de luta as tarifas do transporte coletivo caíram em São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro, Porto Alegre e outras cidades. A luta por um transporte público de verdade não pode mais parar.
 Em Joinville, a redução de dez centavos não muda em nada o problema fundamental do transporte: ele continua privado, sem controle público e ainda assim muito caro. Em janeiro de 2014 os contratos da Transtusa e Gidion terminam. A prefeitura aponta realizar uma licitação na qual tudo continuará a mesma coisa. É hora de as coisas mudarem.
 O Movimento Passe Livre luta há mais de oito anos em Joinville e tem um projeto para o transporte coletivo. É a Tarifa Zero, projeto de transporte gratuito financiado por impostos progressivos (IPTU elevado em mansões de luxo, terrenos vazios; IPVA sobre o segundo carro etc.). Trata-se de um projeto plenamente realizável que já existe em mais de 50 cidades por todo o mundo.
 A licitação da prefeitura irá decidir os próximos 15 anos do transporte em Joinville. Ele pode continuar caro, sem qualidade e controle da população; ou podemos lutar por transporte público de verdade com controle dos trabalhadores e usuários.
 Venha lutar conosco pela Tarifa Zero em Joinville e todo o Brasil!


AMANHÃ VAI SER MAIOR!