segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vídeo da panfletagem do dia 23/12

Movimentos sociais vão às ruas chamar a população para mobilização contra o aumento da passagem de ônibus.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Entrevista com o MPL sobre o aumento da tarifa de ônibus em janeiro

Breve entrevista que o militante André "Beavis" cedeu ao jornalista Jacson Almeida, da Gazeta de Joinville:

Já conversaram com o Carlito?
Nesse momento não, mas nós já conversamos com ele e com o IPPUJ em diversos outros momentos e eles sabem muito bem, assim como toda população joinvillense, que o movimento é completamente contra qualquer aumento na já elevada tarifa do ônibus. Outra coisa que vale ser colocado, é que o Carlito não conversou com ninguém da sociedade civil, nem dos movimentos sociais da cidade para saber o que achávamos do aumento. Ele só conversou com os empresários das empresas de ônibus.

Haverá pressão para não aumentarem?
Sim, nós do MPL estamos nos posicionando contra o pedido de aumento, e começando um processo de mobilização das pessoas para lutar com o (possível) aumento.

Acham que é justo a tarifa?
Você acharia justo pagar R$ 2,30 para tomar uma injeção contra a Gripe A, pelo Sistema Único de Saúde (SUS)? Ou acharia justo pagar R$ 2,30 por cada dia de aula em uma escola pública? Ou ainda pagar R$ 2,30 para brincar em alguma praça pública da cidade? O fato não é se a tarifa é justa ou não, porque ela esta cara ou não. O grande 'x' da questão é: porque se paga por um serviço público e para os demais serviços não se paga? Ou seja, eles são pagos de forma indireta, através dos impostos que a prefeitura arrecada. No nosso ponto de vista qualquer tarifa cobrada no transporte coletivo é injusta.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ato contra aumento na tarifa!


A Frente de Luta pelo Transporte Público convoca um ato contra o aumento na tarifa de ônibus, para o dia 06 de Janeiro.

Mudar o transporte e barra o aumento, só depende de nós!

Ajude a chamar pessoas para lutar contra essa injustiça, juntos somos mais fortes!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

2,30 já é ROUBO! Nota contra o pedido de aumento na tarifa de ônibus

O Movimento Passe Livre (MPL), vem se posicionar contra mais esse absurdo pedido de aumento na tarifa de ônibus. Pedido esse legitimado por uma perícia, feita no sistema. Perícia essa que fala que as passagens deveriam custar R$2,86. Engraçado notar que apesar da perícia as empreses pediram R$2,88, erro de digitação?, ou será que é o pedido de presente de natal para o papai Noel de Bogo e de Harger?

Vale a pena lembrar que essa perícia foi feita pelo mesmo Instituto que fez uma perícia no sistema de transporte coletivo de Blumenau, o que garantiu um aumento, que levou a tarifa de lá para R$2,57. Esse é o instituto que hoje é questionado por duas ações civis públicas no ministério público, por fraudes na planilha apresentada.

A prefeitura vem fazendo há dois anos o papel de João sem braço da história, ora diz que o problema é técnico, ora diz que o problema é político (e de político ele tem muito, por isso, não é prudente aumentar tarifa antes de eleições. Deixe que elas passem, daí não tem mais problema), e de fato não apresenta solução alguma para o problema e brinca de “esconde, esconde” e não abre o jogo para a população do que de fato saíra nas licitações. Não abre o hoje e vem para o debate franco de propostas concretas para o sistema, e enrola a população e os movimentos sociais da cidade.

Agora vem mais um pedido de aumento de presente de natal para todos os joinvillenses e a pergunta que não quer calar é: o que a prefeitura vai fazer?. Dizer: “Ai meu deus, é o sistema, são os números. Olhem só, não tem solução, vai ter que aumentar.”

O Movimento Passe Livre vem dizer que tem solução, o que falta é vontade. A prefeitura é tão culpada quanto as empresas, por vir legitimando essa lógica de transporte coletivo, que prioriza os lucros dos empresários, em degradação da mobilidade urbana da população da cidade. Prefeitura essa, que espera ganhar as eleições para somente depois pensar em soluções para o transporte. E resolve pensar essa solução sem escutar as pessoas da cidade, sem escutar os movimentos organizados, muito menos se esforçando para escutas as pessoas comuns, que mesmo desorganizadas, tem direitos. Direito esse de serem ouvidas, de pensarem a cidade e de ousarem reconstruí-la, de forma mais democrática e inclusiva. Esse é o direito que nós temos à cidade, e é disso que estamos falando, não de números e blá-blá-blás da politicagem. Mas sim de direitos e projetos de cidades, um projeto excludente e antidemocrático e outro includente e democrático.

2,30 já é roubo!

Movimento Passe Livre - Joinville.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Reajustes da tarifa de ônibus em Blumenau voltam a ser questionadas pelo Ministério Público


Em setembro deste ano, ocorreu um novo aumento da tarifa de ônibus de Blumenau. O valor, que agora é de R$ 2.57, foi fundamentado na perícia feita pelo Instituto Professor Rainoldo Uessler (IPRU), sugerida pelo Conselho Municipal de Transito e Transportes (Comtranblu), que também analisou o orçamento apresentado pelo Consórcio SIGA e a planilha GEIPOT. Contudo, duas ações civis públicas, protocoladas no dia 24 de novembro na Vara da Fazenda Pública de Blumenau, voltam a questionar reajustes da tarifa de transporte coletivo de Blumenau.
Em uma das ações, Diaz argumenta que a auditoria que determinou a passagem de R$2,57, em vigor hoje, contém fraudes e diz que o Instituto Professor Rainoldo Uessler, responsável pelo trabalho, teria majorado artificialmente os coeficientes de vida útil de seis itens da planilha de custos (pneus, frota operante, encargos sociais, fator de utilização de motoristas, cobradores e fiscais; peças e acessórios), provocando aumento acima do necessário. O promotor ainda solicita que o presidente da Seterb, Rudolf Clebsch e o prefeito João Paulo Kelinübing sejam condenados por improbidade administrativa. Além de terem que arcar com uma multa estimada em R$ 3,5 milhões, os dois teriam também, seus direitos políticos suspensos.
Em fevereiro deste ano, também houve mais um reajuste na tarifa de ônibus de Blumenau. O valor que era de R$ 2,30 passou para R$2,55. Entretanto,o aumento foi suspendido por uma liminar do juiz Osmar Tomasoni que se baseou em duas ações civis públicas, uma protocolada pela Associação Catarinense de Defesa dos Direitos Constitucionais (ACDC) e outra pela Associação de Moradores da Rua Coripós. A prefeitura, o Seterb e o Consórcio Siga, além de tentarem provar que as planilhas de custos forão auditadas, tentaram derrubar a ordem judicial, alegando que a suspensão temporária do aumento, acarretaria em danos ao cofres públicos.
O questionamento do aumento da tarifa, vale também para 2009, quando o preço da passagem de ônibus deveria ter aumentado de R$ 2,05 para R$2,19 e não R$2,30 como praticado. Segundo o promotor de Justiça Gustavo Mereles Ruiz Diaz, "o município teria calculado o reajuste de maneira fraudulenta, casionando aumento de R$ 0,11 além do necessário".

O MPL vem falando ano após ano, que enquanto prevalecer essa lógica de tarifa, não existe solução para esse sistema de transporte. Ele é um sistema onde a população de Joinville tem que pagar muito mais do que pode para se locomover, enquanto algumas famílias enriquecem as custas disso. É um sistema que da brecha a manipulações de planilhas e fraudes. Nós precisamos urgentemente repensar esse modelo, mudar a lógica de quem "paga quem usa", para "paga quem se beneficia". Que as pessoas que realmente se beneficiam com o deslocamente do mão de obra e consumo, arquem com esse custo. Precisamos mudar a lógica da tarifa, para a lógica da municipalização, pagando as empresas por KM rodado. Ai sim, não com uma 'pericia" ao valor pago as empresas, mas sim uma auditoria completa no sistema. E através de impostos fortemente progrevissos, os ricos dessa cidade arquem com esse custo, fazendo assim um politca de redistribuição de renda, garantido a mobilidade urbana para toda a população da cidade. Tudo isso vigiado bem de perto por toda a população de Joinville, com espaços que garantam, de fato, a participação popular na gestão desse sistema.