terça-feira, 30 de outubro de 2007

MPL e as lutas estudantis

reproduzido de: http://www.gazetadejoinville.com.br/geral_163-2.htm

Nas ruas
MPL e as lutas estudantis

O dia 26 de outubro entrou no calendário de lutas estudantis como o Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. Em sua terceira edição, estudantes e militantes de movimentos sociais saíram às ruas do país para protestar contra as políticas de transporte coletivo e brigar pelo passe livre, garantindo assim, um dos pontos defendidos pela assistência estudantil: a isenção, para os estudantes, nas tarifas do transporte urbano.

Em Joinville o dia não passou em branco e cerca de 60 estudantes marcaram presença na Praça da Bandeira para manifestar contra o alto preço nas tarifas do transporte coletivo no município. A manifestação foi organizada pelo Coletivo Movimento Passe Livre (MPL) na cidade, formado principalmente por estudantes universitários que buscam mudar a realidade das concessões pouco democráticas que temos em nosso município.

"Ei, Darci de Matos"
Em frente ao Terminal Central, os manifestantes alertavam os usuários dos ônibus sobre a política e concessões do transporte público no município. "Ei, Darci de Matos, queremos passe livre e não só cinco centavos", gritavam os estudantes, questionando o projeto de lei do Deputado Estadual Darci de Matos que isenta as empresas de transporte de Santa Catarina do pagamento do ICMS, o que diminuiria em apenas cinco centavos o valor da tarifa, que ainda assim manteria Joinville no topo da lista das passagens mais caras do Brasil.

Sempre de maneira irreverente, com batuques, narizes de palhaços e palavras de ordem, os estudantes queimaram uma catraca – feita com cano de PVC e madeira – como forma de chamar a atenção da população para o assunto do transporte coletivo.

As empresas Transtusa e Gidion mostraram-se preocupadas com a manifestação, tirando fotos dos integrantes do MPL e acompanhando o ato, que foi puxado por um 'mini-ônibus' artesanal até a sede da Passebus – empresa terceirizada que faz o bilhete eletrônico usados nos ônibus – e retornando à praça. O protesto foi bem pacífico, não registrando nenhum tipo de vandalismo ou violência contra as empresas, provando que lutar por seus direitos não é sinônimo de baderna e quebradeira. A polícia Militar, presente no local, acompanhou a manifestação garantindo a segurança dos estudantes.

A principal bandeira do Movimento Passe Livre é o transporte coletivo na cidade, mas os participantes acreditam que essa causa não está desassociada das lutas de outros movimentos sociais, como contra a injustiça, a corrupção, a dignidade no setor público e as reformas universitárias.

O novo movimento estudantil
O Movimento Estudantil vive um momento único. Diferente de outras épocas, quando o movimento era pautado por partidos políticos e integrantes de correntes e tendências partidárias, a história recente de luta aponta uma mudança no perfil dos militantes. Embora não seja totalmente desvinculados e filiados de organizações partidárias, o movimento vem sendo, cada vez mais, organizado por estudantes independentes, apartidários e sem uma linha política definida, reflexo também da crise política que vivemos. Os militantes, hoje, se organizam por afinidade e demandas pontuais e específicas como a luta contra a reforma universitária e projetos de leis que atingem diretamente os setores da educação ou a briga pelo passe livre, visto como assistência estudantil.

Eleições no DCE da Univille
Até o próximo dia 31 de outubro a política estudantil na Univille fica agitada por conta da movimentação da campanha eleitoral que se iniciou no dia 15 último. As três chapas inscritas para compor a diretoria executiva têm um grande desafio em mobilizar os estudantes e conscientizá-los para a importância na participação no debate e nas lutas do movimento estudantil na instituição. "O movimento estudantil na Univille, bem como nas universidades privadas em geral, vive um momento de pouca participação dos estudantes. O distanciamento das entidades estudantis (DCE, CAs e Das) dos estudantes é reflexo de uma sociedade marcada pelo individualismo, pela apatia, demobilização e descrença na política brasileira.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Dia do Passe Livre tem protesto contra isenção de ICMS

"Ei, Darci de Matos, queremos passe livre e não só 5 centavos!". Sob esse grito, 80 pessoas participaram da 3ª Edição do Dia Nacional de Luta Pelo Passe Livre em Joinville. O grito de guerra refere-se ao projeto de lei do deputado Darci de Matos que isenta as empresas de transporte de Santa Catarina do ICMS. Com o projeto, as tarifas teriam a "drástica queda" de 5 centavos.


A concentração do dia do passe livre ocorreu, como sempre, na praça da bandeira, em frente ao terminal central. A bateria do movimento estava reforçada com novos instrumentos e latas. Como foi definido nacionalmente, a simbologia da 3ª Edição era um ônibus artesanal. Além disso, os manifestantes queimaram simbolicamente uma catraca no final do protesto e foram acompanhados de perto pela polícia Militar.



O monumento do Imigrante, na praça central, foi alvo de intervenções artísticas, e os dois rapazes de latão seguraram a faixa do Movimento Passe Livre e ostentaram narizes de palhaço, como os manifestantes.
O grupo também fez uma roda em frente a Passebus, empresa "terceirizada" que faz os bilhetes eletrônicos de acesso aos ônibus. Os relatos dos protestos pelo Brasil ainda não foram publicados nos blogues dos outros coletivos, mas assim que houver a atualização, nós postaremos aqui as atividades dos MPLs do Brasil.
Em Brasília, um militante foi preso antes mesmo da manifestação começar, de maneira arbitrária (ver na postagem abaixo). Já em São Paulo, um militante escreveu uma crônica sobre o ato, refletindo sobre o sentido do dia 26 de outubro. Por enquanto, estamos sem mais notícias ou imagens das manifestações nas outras cidades do país. Quando elas aparecerem, colocaremos aqui.
Veja também
Fotos do dia 26 de outubro de 2007 em Joinville (CMI)

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

REPRESSÃO: Estudante é preso em manifestação pelo passe livre

Brasília - Poucos minutos depois do horário marcado para o início das atividades, um estudante foi preso, aparentemente sem nenhum motivo, em Brasília, durante as manifestações do 3º Dia Nacional da Luta pelo Passe Livre. Os estudantes não tinham começado o ato, pois as pessoas ainda estavam chegando na plataforma inferior da rodoviáira do plano piloto, local onde a manifestação estava marcada.

A manifestação em Brasília acabou antes mesmo de começar. Os presentes foram desarticulados por repressão policial. Um estudante da Universidade de Brasília (UnB) foi detido às 13h15. Membros do coletivo do Distrito Federal afirmam que prisão foi irregular, sem nenhuma acusação.
De acordo com o relato de um estudante H. B., da UnB, "O policial não só o algemou simplesmente, ele torceu os pulsos dele. E na saída da delegacia ele gritou - EU TO SENDO PRESO EM SITUAÇÃO IRREGULAR - , e torceram mais o pulso". De acordo com H.B., o militante preso era negro e usava um penteado dread lock.

"O rapaz não teve direito (tempo) de manifestar-se sendo agredido e algemado rapidamente. Os demais manifestantes presentes se prontificaram a esclarecer a situação, mas não houve explicação concisa por parte dos policiais. O estudante detido foi encaminhado a 2ª DP", afirmou

Quando tivermos mais informações, serão colocadas nesse blogue imediatamente, assim como se houver algum registro fotográfico da repressão sem motivo.

O Movimento Passe Livre Joinville repudia ações como essa, onde manifestantes são proibidos de exigirem seus direitos e de se manifestar, como diz a Constituição.

Pelo Direito Universal de Comunicação e Liberdade de Expressão. Não à Tortura! Não à Intolerância!

Movimento Passe Livre

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Como o governo deve agir para reduzir as tarifas de ônibus?

O Blogue do Movimento Passe Livre perguntou aos leitores: Como o governo deve agir para reduzir as tarifas de ônibus? Dezessete pessoas responderam a enquete. A grande maioria optou pela opção de que os ricos devem pagar mais impostos para financiar um transporte de qualidade. Veja os resultados.

1) Financiar um transporte público de verdade, cobrando mais impostos dos ricos e dos bancos - 70 % (12 votos)

2) Isentar a Gidion/Transtusa de impostos, como o ICMS e ISS - 5 % (1 voto)

3) Reduzir as tarifas por decreto - 23 % (4 votos)

4) A tarifa não precisa ser reduzida - 0 % (nenhum voto)

Opine também sobre esse assunto! Mande seu texto, artigo, dúvida ou crítica para o e-mail mpl.jlle@gmail.com ou ligue para a gente no telefone 9983-4769.

“Vai esperar 65 anos pelo passe livre?”

A maneira que o transporte coletivo é organizado não é um problema de hoje. No começo da década de 1980, diversos setores das lutas populares reclamavam as condições, os preços e falta de democracia na organização e concessão do transporte coletivo.

Hoje, o problema ainda está presente. Por isso, há três anos estudantes do ensino fundamental, médio e universitários passaram a organizar o Movimento Passe Livre, pautados nos princípios de independência, autonomia, horizontalidade e apartidarismo (mas não anti-partidário ). A construção de um transporte coletivo sem as mãos da iniciativa privada e a conquista do passe livre são duas de suas bandeiras.

No próximo dia 26 de Outubro de 2007 uma de suas bandeiras será levanta nas ruas da cidade, assim como em várias cidades brasileiras manifestações do Dia Nacional de Luta Pelo Passe Livre, o tema da campanha em Joinville é: “Vai esperar 65 anos pelo passe livre?”

Manifestação

Sexta-feira, 26 de outubro

Dia Nacional de luta pelo passe livre

Praça da Bandeira 17h30

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Bom Jesus/Ielusc recebe oficina do CMI Floripa


Na noite de terça-feira (23), o Centro de Mídia Independente (CMI) de Florianópolis realizou uma oficina com os alunos do curso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Bom Jesus/Ielusc. A oficina era sobre a produção de mídia alternativa para dar voz e vez aos chamados "novos movimento sociais", ou seja, os movimentos com princípios autonomistas e independentes dos partidos políticos da esquerda tradicional.

Além de falar sobre a história do CMI no mundo e no Brasil, o grupo esclareceu os acontecimentos da Okupa Casa das Pombas, falou da históira do Exército Zapatista de Liberação Nacional, no México, e demonstrou como criar uma rádio livre de baixo alcance.

A atividade do CMI no Bom Jesus/Ielusc faz parte da 2ª Semana Acadêmica de Comunicação Social. O tema da semana é autonomia. As atividades foram acompanhadas também por dois membros do coletivo joinvilense do CMI, que atualmente, está desmobilizado. Com a oficina, ministrada para mais de 2o pessoas, o CMI Joinville espera que haja interesse dos estudantes de comunicação em ajudar nas atividades do coletivo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

"Diesel sem ICMS já" é projeto eleitoral




Ônibus com adesivo da campanha Diesel sem ICMS Já, em Florianópolis.

A maioria dos usuários de transporte coletivo já deve ter reparado: no vidro da frente da frota de ônibus da Gidion e Transtusa estão colados adesivos com os dizeres "Mais inclusão social. Diesel sem ICMS Já". A campanha pelo fim deste imposto é um projeto de autoria do deputado estadual Darci de Matos (DEM). Darci escreveu o projeto por cinco motivos:

1) Darci quer ser prefeito de Joinville
2) Com o projeto, ele agrada uma fatia poderosa do empresariado, no caso, os Bogo e os Harger
3) Agradando o empresariado, consegue mais doações para sua campanha, que não deve sair por menos de R$ 1 milhão
4) De quebra, seu nome será divulgado como "o homem que baixou as tarifas de ônibus"
5) Com isso, ele ganha força para sua campanha

O problema é que a campanha, além de oportunista, vai "gerar inclusão social" reduzindo a tarifa de R$ 2,05 para R$ 2,00. Ou seja, uma família de quatro pessoas que gasta R$ 426, 40 com transporte por mês vai economizar R$ 10,40. Uma puta inclusão social, não acham?

Esse tipo de medida é algo que não vai solucionar o problema maior, que é a alta taxa de lucro dos empresários e a tarifa mais alta de Santa Catarina. Ela é um alívio momentâneo ao problema, mas que voltará em dois ou três anos.

Aprovar o projeto de Darci é fazer tudo ao contrário: o governo não deve financiar os empresários para que eles possam lucrar .O Movimento Passe Livre acredita que a solução para as altas tarifas é a criação de um fundo municipal de transportes, onde o governo deve cobrar mais impostos da parte mais rica. Aumenta-se o IPTU de mansões de luxo e bancos, mais o dinheiro de multas de trânsito e IPVA para financiar a tarifa gratuita para todos e todas.

sábado, 20 de outubro de 2007

Sexta-feira: 3ª Edição do Dia Nacional do Passe Livre










































Vai esperar 65 anos pelo passe livre?


3ª Edição do Dia Nacional do Passe Livre está chegando! Na próxima sexta-feira, dia 26 de outubro, várias cidades do país vão realizar manifestações pelo passe livre e pela democratização dos sistemas de transporte. Em Joinville, não será diferente.

As 17h30 da sexta-feira, o Movimento Passe Livre vai realizar um protesto para lembrar a data. Participe com a gente!

Sexta-feira, 26 de outubro
Dia Nacional de luta pelo passe livre
Praça da Bandeira 17h30

Veja matérias sobre as outras edições do 26 de outubro

1ª Edição : 2005
2ª Edição : 2006

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Convoção da Aprasc

CONVOCAÇÃO – ATO CONJUNTO EM JOINVILLE

A Aprasc convoca a todos os policiais e bombeiros militares para um ato dia 17 de outubro, a partir das 16h30min, em Joinville. O ato é conjunto com os trabalhadores da Educação e da Saúde e faz parte das manifestações aprovadas na assembéia geral do dia 25 de setembro, na capital.
A concentração vai ser na praça em frente a Central de Polícia, no bairro Boa Vista, em Joinville..
PARTICIPEM, A LUTA É CONJUNTA!
J. CostaPresidente da Aprasc

Elizandro Lotin de SouzaVice-presidente regional Norte da Aprasc
Reproduzido de: Aprasc

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

70% trocariam automóvel por transporte público de qualidade


Por Vinícius Rodrigues Vieira
Reproduzido de: Jornal Destak

Pesquisa Ibope com paulistanos que usam carro regularmente também revela que 41% admitem fazer rodízio dois dias por semana; 84% rejeitam o pedágio urbano.

Pesquisa do Ibope mostra que 41% dos paulistanos maiores de 16 anos apóiam a adoção do rodízio de dois dias. Nesse sistema, cada veículo teria sua circulação proibida nos horários de pico em dois dias da semana.
No entanto, a CET descarta a medida, por considerar que ela teria pouco impacto no trânsito da cidade. Hoje, a restrição atinge os carros apenas uma vez a cada sete dias.O levantamento, divulgado ontem e encomendado pelo movimento Nossa São Paulo é Outra Cidade, ouviu 805 moradores entre 26 de setembro e 1º de outubro e incluiu outras perguntas sobre transporte na capital. Apenas uma minoria (13%) concorda com a adoção de outra medida polêmica: a criação de pedágio para acessar áreas do centro expandido.
Dependência
Dos entrevistados, 42% disseram ter carro. No total, 22% declararam fazer uso regular do veículo. Na zona oeste, essa proporção chega a 32%, a mais alta da cidade.Em relação à população total com mais de 16 anos, a estimativa é de que 1,7 milhão de pessoas usem carros, como motorista ou carona, constantemente. Dessas, pelo menos 1,2 milhão estão dispostas a mudar de meio de transporte, se houver mais trajetos de ônibus e linhas de trem e metrô.
Adesão ao Dia Sem Carro foi de apenas 1,6%
Ainda de acordo com a pesquisa do Ibope, apenas 27 mil usuários regulares de carro e que precisavam se deslocar no Dia Mundial Sem Carro, realizado em 22 de setembro, optaram por outros meios de transporte na data. Isso equivale a 1,6% dos 1,7 milhão de paulistanos que usam sempre os automóveis.“Se o objetivo era fazer que São Paulo tivesse menos carros, [o Dia Sem Carro] foi um grande fracasso”, afirma Oded Grajew, coordenador do movimento Nossa São Paulo, o maior entusiasta do evento. No entanto, ressalta ele, a meta era conscientizar a população sobre o uso excessivo do automóvel. Segundo o Ibope, cerca de 4 milhões de paulistanos souberam da data.
Ciclofaixas
Ainda ontem, o movimento divulgou um manifesto em que pede que, aos domingos, as bibliotecas públicas fiquem abertas e que sejam reservadas, nas vias movimentadas da cidade, faixas exclusivas para os ciclistas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Passe Livre quer ir para Brasília!!


O Movimento Passe Livre (MPL) Joinville está arrumando as malas para visitar a capital federal do país, a nossa tão falada Brasília. Em dezembro, vai ocorrer o Seminário Nacional de Mobilidade Urbana na cidade, organizado pelo MPL Distrito Federal.
A intenção é sair com um ônibus de Florianópolis, trazendo o pessoal da Ilha, com escalas em Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul e Chapecó. Os membros dos MPLs de Santa Catarina e outras pessoas que estão organizando coletivos do MPL no estado vão participar do encontro.
Para tanto, o Passe Livre Joinville está arrecadando fundos para financiar a passagem. Já começamos a vender as camisetas do movimento por R$ 10,00. Além disso, vamos promover ainda em outubro um almoço vegetariano, também para arrecadar a grana necessária para a viagem.
Outras ações também serão realizadas, como uma rifa que vai sortear um "Kit Passe Livre", com camiseta, livro, DVD com quatro documentários sobre manifestaçõs em Florianópolis, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, textos e outros materias.
Quem quiser comprar algum material ou contribuir com a arrecadação de fundos, pode entar em contato conosco pelo e-mail mpl.jlle@gmail.com. Envie um e-mail para nós com seu telefone que entramos em contato para entregar algum material ou receber sua doação.
Mais notícias sobre o Seminário Nacional:

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

3ª Edição do Dia Nacional de Luta Pelo Passe Livre


Pelo terceiro ano consecutivo, o Movimento Passe Livre de Joinville irá realizar Manifestações no Dia Nacional de Luta Pelo Passe Livre. As atividades vão ocorrer em mais de 20 cidades em todo o país, em vários estados. Em Joinville, além da manifestação, vão acontecer mostras de vídeo, shows e outras atividades.
Este ano, o slogan da campanha será "Vai esperar 65 anos pelo passe livre?", em alusão aos idosos, que já tem esse direito.
Fique ligado neste blogue para mais informações!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Líder da Comam é denunciado

O líder do Conselho Municipal de Associações de Moradores (Comam), Jairo José de Almeida, é alvo da reportagem desta semana da Gazeta de Joinville. O jornal afirma que Jairo se apropriou de dinheiro público para construir um restaurante em área de preservação ambiental.

Para quem não lembra, Jairo José de Almeida apoiou, em nome da Comam, o aumento de 4,65% nas tarifas de ônibus em Joinville. Tanto ele quanto o prefeito afirmam que 68 associações de moradores estavam presentes, apesar de não existir nennhuma imagem, seja fotográfica ou de vídeo, desta reunião.

Além disso, Jairo é filiado ao mesmo partido do prefeito, o PSDB. Ele já trabalhou na prefeitura como coordenador na secretaria de Infra-estrutura. Jairo foi exonerado após gastar R$ 10 mil em outdoors acusando um deputado federal da cidade de ser a favor do aborto.

Saiba mais
"A prefeitura sabia", reportagem da Gazeta de Joinville, 4 a 8 de outubro.

Darci de Matos quer isentar empresas de transporte de impostos

Em um momento de "consciência" sobre o problema do transporte coletivo, os vereadores de Joinville aprovaram uma moção de apoio ao deputado estadual Darci de Matos (DEM, ex-PFL). Os elogios feitos a Darci se devem por conta de um projeto de lei na Assembléia Legislativa que deixa de cobrar os impostos sobre o óleo diesel nas empresas de transporte coletivo de Santa Catarina. A idéia de Darci é baixar as tarifas com a isenção de impostos.

Além de dar uma folga aos empresários no quesito impostos, Darci quer ficar com uma boa imagem com a população mais pobre. Afinal de contas, ele é candidato declarado à prefeitura de Joinville. Darci declarou que, com a medida, as tarifas poderão ser reduzidas em cinco centavos.

Por conta desta "grande contribuição" para o bolso de querm paga ônibus, os vereadores joinvilenses fizeram uma rasgação de seda ao futuro candidato na sessão de ontem na Câmara. A idéia de homenagear o nobre deputado veio da pessoa mais cotada para ser o vice na chapa de Darci, o presidente da Câmara, Fábio Dalonso (PSDB).

Zulmar Valverde (DEM), do mesmo partido de Darci, descobriu ontem, por acaso, que milhões de pessoas não conseguem ter acesso ao transporte coletivo no Brasil. “É preciso chamar a atenção dos governos para a redução e isenção de impostos”, conpletou sabiamente. Outro vereador que foi na onda foi João Luiz Sdrigotti (PMDB). "A classe operária fica impedida de utilizar os ônibus". Outra novidade.

Sdrigotti disse que são necessárias outras isenções como a do IPVA, na compra do combustível para baratear o valor do transporte coletivo. O vereador Odir Nunes (DEM) elogiou a frota de ônibus de Joinville e afirmou que o projeto tem visão voltada para o social. Já Adilson Mariano (PT) criticou a iniciativa e disse que, desta forma, o governo estará financiando o lucro dos empresários.
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A opinião do Movimento Passe Livre

Isentar empresas ricas e poderosas dos impostos que elas devem pagar não é a maneira mais correta de baixar a tarifa. Caso o projeto de Darci de Matos seja aprovado, irão acontecer algumas situações:

1) O governo terá menos dinheiro para investir em saúde, educação, segurança e outros serviços básicos, o que é prejudicial.

2) Empresas que nadam em dinheiro e exploram o sistema de transporte coletivo ganharão mais fôlego para continuar tendo lucros altíssimos e ainda ficar de boazinhas na história.

3) Poderá ser retirado cinco centavos das tarifas atuais. Em Joinville, isso significa passar de R$ 2,05 para R$ 2,00. Não é grande coisa para o usuário, mas para o empresário, é a garantia de muito dinheiro.

O que deve ser feito

Ao invés de financiar o lucro das empresas, o governo deve financiar a tarifa de quem precisa pegar ônibus.

O governo deveria criar mais impostos sobre a parte mais rica da população. Bancos e mansões de luxo poderiam sofrer um grande aumento no IPTU. Carros de luxo também poderiam ter mais impostos. Tudo isso, junto ao dinheiro de multas e outras cobranças, poderiam criar um fundo municipal de transportes.

Com esse dinheiro, o governo poderá financiar o passe livre para a população garantir um transporte coletivo público de verdade, fora da iniciativa privada.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Passe Livre DF visita movimento zapatista





















Militante do MPL-DF (sem máscara) entrega bandeira do movimento aos zapatistas

No dia 18 de Setembro, o Movimento Passe Livre Distrito Federal entregou ao Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) sua bandeira e uma carta. No documento, o MPL-DF se apresentava e declarava seu apoio e solidariedade a luta dos Zapatistas no México e no mundo. A Junta de Bom Governo do Caracol de Oventik, que recebeu a carta e a bandeira, agradeceu o apoio e disse que os dois movimentos "são companheiros na luta contra o mal governo e o capital".

Saiba mais:

Veja carta do MPL Distrito Federal na íntegra

Xojobil
Centro de Documentação Zapatista em português

Página oficial do EZLN
http://www.ezln.org.mx/index.html

No Brasil

Abaixo, seguem os Links para os outros coletivos do Movimento Passe Livre no Brasil. Nem todos são atualizados regularmente.