quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Calendário de atividades

Confira o calendário de atividades da Frente de Luta pelo Transporte Público (os locais estão indicados com o googlemaps). As atividades são abertas.
Dia
Atividade
Horário e local
15/12, quinta-feira
Panfletagem
16/12, sexta-feira
Panfletagem
17/12, sábado
Panfletagem
18/12, domingo
19/12, segunda-feira
Panfletagem
20/12, terça-feira
Panfletagem
21/12/11
Batucaço contra o aumento da tarifa
28/12, quarta-feira
Reunião da Frente de Luta por Transporte Público

Participe das atividades! Contribua com a luta contra o aumento da tarifa de ônibus e por um transporte verdadeiramente democrático em Joinville.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Batucaço contra o aumento

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Reunião da Frente de Luta pelo Transporte Público de Joinville


No dia 03/12 (dia em que o JEC foi campeão da Serie C), o prefeito Carlito Mers anunciou um novo aumento na passagem do transporte coletivo da cidade, passando de R$2,55 para R$2,70 (o aumento da passagem embarcado não foi divulgado).


Nós do Movimento Passe Livre (MPL) convocamos a todos e a todas (pessoas e entidades) para participarem da Reunião da Frente de Luta pelo Transporte Público de Joinville e juntos organizar a luta de resistência contra mais esse aumento.
Confirme sua presença: http://www.facebook.com/events/301174119915585/

Nota do Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa de ônibus



Os jornais noticiaram que o prefeito Carlito Merss anunciou o aumento da tarifa de ônibus em 6% (o que faria a tarifa antecipada passar de R$2,55 para R$2,70). O argumento do prefeito diz respeito à recuperação da inflação e que, além disso, centrará esforços na licitação do transporte.

O que o prefeito não diz é que de 1996 até outubro de 2011 a tarifa, considerando já o futuro acréscimo de 6%, aumentou 350%, enquanto a inflação, no mesmo período, foi de 174%. Portanto, dizer que o aumento recupera a inflação é hipocrisia: se a tarifa realmente se guiasse pela inflação ela deveria diminuir e não aumentar.

O prefeito se aproveitou do momento de alegria de boa parte da população de Joinville para anunciar o aumento da tarifa e diminuir o impacto negativo dessa terrível notícia. Aproveitou-se do clima de festa para anunciar suas políticas antipopulares.

O prefeito também disse que não consultou os empresários de transporte para conceder o aumento. Supondo que isso seja verdade – o que é difícil, até porque até agora a política da prefeitura jamais se opôs aos empresários –, o fato decisivo é que ele não consultou a população para decidir sobre qualquer aumento. A população, verdadeira interessada porque é usuária do transporte, sequer é considerada no discurso do prefeito.

Além disso, o aumento está previsto para 2 de janeiro. A aplicação de aumento durante o recesso escolar e de alguns setores dos trabalhadores têm sido prática desde pelo menos 2004, quando o então prefeito Tebaldi aumentou a tarifa no final de dezembro – o que inclusive mostra uma semelhança entre Carlito e seu amigo do PSDB. Isso ocorre porque os prefeitos são incapazes de agüentar o ônus político dos aumentos e, portanto, dificultam a organização democrática daqueles que se opõe a esse tipo de decreto unilateral. Esse tipo de atitude demonstra o grau de respeito que eles têm com a população.

O Movimento Passe Livre Joinville se opõe a todo e qualquer aumento da tarifa de ônibus. E iremos utilizar de todos nossos meios para impedir que esse aumento vigore. E mais que isso: iremos continuar abrindo o debate político em torno de uma verdadeira alternativa ao transporte privado que hoje vigora na cidade e que serve ao lucro de poucas famílias, impedindo milhares de se locomoverem livremente porque transformam o direito à mobilidade urbana em uma mercadoria. Iremos continuar lutando por um transporte público, financiado por impostos progressivos e gerido democraticamente.

O prefeito argumenta que haverá uma licitação. Pois bem: só nos serve uma licitação que modifique a lógica privada do transporte, que o alce à direito, que o faça realmente público. Uma licitação apenas para legitimar a vergonhosa situação das concessionárias que desde pelo menos 1988 operam ilegalmente não mudará fundamentalmente nada. Ou muda-se o modelo ou a mudança será cosmética. O prefeito, interessado apenas em sua reeleição, pende para uma mudança cosmética.

O que está em jogo é um modelo de (anti)democracia que serve à empresários que historicamente articularam-se em torno do Estado e de uma classe política que é sua serva subalterna. Empresários que mandam e desmandam na cidade, que fazem a cidade o seu quintal para acumular capital e que por isso fazem da terra, das pessoas e do transporte apenas meios para o incremento de suas fortunas pessoais. Nós do Movimento Passe Livre, ao contrário, propomos uma cidade pensada, gerida e construída por aqueles que nela trabalham, estudam e vivem. É por isso que nos opomos a esse aumento de tarifa e temos outro projeto de cidade, verdadeiramente democrática. O governo Carlito será lembrado apenas como um mais um capítulo desse modelo antidemocrático de cidade
 
Já Basta! Chega de Aumentos!

sábado, 29 de outubro de 2011

[A Notícia] Culpado por atropelamento? Pedestre, claro

 Por Lola Aronovich 
23/10/2011

Aconteceu em abril numa cidade chamada Marietta, em Geórgia, EUA. Raquel, uma mãe solteira negra, trabalhadora e estudante universitária, iria celebrar seu aniversário de 30 anos no dia seguinte. Levou seus três filhos, de nove, quatro, e três anos, para comer pizza e comprar comida num shopping. Perderam o ônibus de volta, o que fez com que se atrasassem uma hora. Quando chegaram perto de casa, já era noite. Desceram no ponto de ônibus de sempre. Para atravessar a avenida, só havia uma faixa de pedestres a meio quilômetro de distância. Raquel fez o que todos os outros passageiros que desceram do ônibus com ela fizeram: foi até a metade da avenida e esperou os carros cessarem. O filho de quatro anos, que estava carregando um saquinho com água e um peixe dentro, soltou a mão de Raquel e foi atrás de uma menina. Um carro o atropelou e matou. O motorista não parou para socorrê-lo. Mais tarde, ele admitiu ter bebido e tomado analgésicos. Ele era quase cego de um olho e já havia sido condenado duas vezes por atropelamento sem prestar ajuda. A pena por mais este atropelamento? Seis meses de prisão em regime aberto.

Mas alguém precisava ser punido, e este alguém foi Raquel. Sim, a mãe. Ela foi condenada a três anos de cadeia por ter atravessado fora da faixa e, assim, indiretamente matado seu próprio filho. O júri que a condenou, além de ser composto unicamente por homens brancos, nunca tinha andado de transporte público na vida.

Pode parecer absurdo, mas, na ocasião, a maior parte das pessoas, blogosfera americana inclusa, apoiou a decisão e não teve empatia nenhuma por Raquel. Nem por ela nem por uma outra mãe condenada em 2010 pelo mesmo crime (cruzar em lugar proibido assim perdendo sua filhinha). Só aos poucos é que as pessoas começaram a perceber a injustiça.

O movimento Transportation for America, que luta para que humanos, e não carros, sejam valorizados, aponta que Marietta, a cidade onde ocorreu o acidente, é o décimo lugar metropolitano mais perigoso para pedestres nos EUA – Orlando, Flórida, onde fica a Disney World, é o número um. Parece que zonas residenciais, como os subúrbios, muitas vezes são mais perigosos que as avenidas centrais de uma cidade. Nas ruas dos subúrbios, os carros correm mais e não pensam que vai haver pedestres. Talvez a mudança de opinião do público, que mais tarde organizou um abaixo-assinado com mais de 80 mil assinaturas em defesa de Raquel, ocorreu porque muita gente se pôs no lugar dela (e a pressão fez com que a sentença fosse invalidada). Pra atravessar na faixa de pedestres mais próxima, ela teria que andar meio quilômetro com seus três filhos pequenos, à noite e segurando várias sacolas. Chegando lá, teria que cruzar a rua (e desde quando uma faixa de pedestres detém um motorista alcoolizado?) e voltar outro meio quilômetro com seus três filhos pequenos, à noite, carregando sacolas. Quantas pessoas nessa situação (aliás, pode tirar os três filhos e as sacolas) andariam um quilômetro para atravessar na faixa?

Faz algum sentido ter um ponto de ônibus que para diante de um local residencial e nenhuma faixa próxima para que as pessoas possam ir pro outro lado da rua? É incrível, mas recebemos lavagem cerebral pra amar o carro sobre todas as coisas. Esse amor é tão incondicional que só vemos as vantagens do carro, raramente suas inúmeras desvantagens. Por exemplo, nos EUA, entre 2000 e 2009, 47.700 pedestres foram mortos. Isso equivale a um acidente aéreo com um avião grande cheio de passageiros por mês. Nos dez anos levantados, 690 mil pedestres foram atingidos, não mortos, por carros – o que representa um carro ou caminhão batendo num pedestre a cada sete minutos. A gente fica chocada e triste com acidentes aéreos que fazem vítimas, né? Mas não costuma dar a mínima pra pedestres atropelados. Por que não? Não são pessoas também?

Não damos bola por pura ideologia. Essa é a cultura do automóvel. Já está plantado no nosso cérebro que algumas pessoas valem mais que as outras. Pessoas que têm carro merecem ter a rua só pra elas, porque são mais importantes que esses pé-rapados que caminham ou pegam ônibus. A cultura do automóvel nos ensina que não dá pra viver sem carro, que todo mundo que quer “vencer na vida” tem que ter um carro, que transporte público é coisa de pobre. Pros homens, a cultura do automóvel é ainda mais perniciosa. Carros estão diretamente ligados a sua potência sexual. Eles aprendem que sem carro não são ninguém. Que sem carro não vão conseguir pegar mulheres. Que todas as mulheres são maria-gasolina.

E praticamente todas as cidades são construídas em cima dessa ideologia, como se fossem dedicadas ao totem-carro. Elas são pensadas para ter um trânsito rápido, onde os motoristas podem dirigir sem parar em inconvenientes sinais e faixas. Isso, obviamente, tem prioridade sobre um trânsito seguro, em que pessoas sem carro possam ir de um lado pra outro da rua sem serem atropeladas.

Quase todo mundo aceita sem pestanejar que tenhamos muito mais ruas que calçadas, e que mesmo as calçadas sejam feitas para os carros, com todos os declives para que carros possam entrar e sair de suas garagens. Acatamos numa boa o fato de as cidades serem dos carros, não das pessoas. Porque só isso explica como um ponto de ônibus possa ficar a meio quilômetro (nas duas direções) de um conjunto de casas residenciais. Vivemos num sistema que não está preocupado em melhorar as condições de vida de quem anda a pé, mas de abrir mais e mais rodovias pra carros e punir quem cruza o seu caminho. E quando precisamos culpar alguém pelas dezenas de vítimas feitas a cada mês, criminalizamos a própria vítima, o pedestre, ou sua mãe. Nunca a cultura do automóvel.

Um dos slogans das pessoas que querem mudanças, que se opõem ao pensamento único do capitalismo, é que um outro mundo é possível. Vendo casos como este da Raquel, eu digo que um novo mundo é mais que possível – é necessário. E urgente.

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3533884.xml&template=4191.dwt&edition=18209&section=1361

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Palestra com Lúcio Gregori em Joinville

Lucio Gregori é engenheiro e foi Secretário da Secretaria Municipal dos Transportes da cidade de São Paulo, em 1990, na gestão de Luiza Erundina (na época do PT). Quando assumiu a secretaria de Transportes, ele desenvolveu junto com sua equipe e com o apoio da prefeita, a idéia política de um transporte coletivo como direito, de acesso para todos e todas, sem distinção, financiado pela coletividade, com ênfase nos setores mais ricos da sociedade, implantando um projeto-piloto da Tarifa Zero num bairro paulistano, chamado Cidade Tiradentes, bairro esse que na época tinha 200 mil habitantes.

 Hoje, com 75 anos e já aposentado, Lúcio Gregori se dedica a dar palestras e participar de debates gratuitamente pelo Brasil, trazendo novamente a proposta da Tarifa Zero. Ele esteve pela primeira vez em Joinville no ano passado (2010), participando do “II Seminário – Mudar o Transporte, Fazer a Cidade”, debatendo o problema do transporte junto com ex-presidente do IPPUJ, Luiz Alberto, e os militantes do MPL-Joinville. Atividade essa que foi organizada pela Frente de Luta pelo Transporte Público e apoiada pelo Departamento de Comunicação Social do Bom Jesus Ielusc.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Exposição de fotos na Univille



Entre os dias 11 e 14 de outubro, acontecerá na Univille (ao lado do aquário), a exposição de fotos do Movimento Passe Livre Joinville, que traz fragmentos da luta no transporte em Joinville.
O evento, que será organizado pelo MPL em parceria com o CALHEV , faz parte da campanha pelo Tarifa Zero em Joinville.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dia Mundial Sem Carro

Ilustração de Allan Sieber. Vale lembrar que a bicicleta não é o único meio alternativo de transporte que pode ser utilizado amanhã.

A mobilidade urbana é um problema inegável hoje nas grandes cidades brasileiras, e em Joinville não é diferente. Fica cada vez mais claro que a hegemonia do transporte individual tornou inviável uma locomoção eficiente na cidade, e que para solucionar tal problema é essencial dar prioridade a formas mais sustentáveis de se locomover, como o transporte coletivo.
                   
Gidion e Transtusa, as empresas que exploram esse serviço em Joinville, “apóiam” o Dia Mundial sem Carros, mas certamente não por “preocupação social”, mas porque, enquanto empresas privadas lhes interessam apenas a maximização de seus lucros. A tarifa aumenta ano após ano, sob as desculpas de aumento de custos e queda do número de passageiros, mas os ônibus continuam freqüentemente lotados. Junto com as empresas, esta o IPPUJ, órgão da prefeitura que está à frente dessa atividade a organizando. Ao mesmo tempo em que legítima tal modelo de cobrança de tarifa baseado no lucro das empresas, sendo sua única política de transporte assinar todo ano o novo aumento da tarifa.

Nós, do Movimento Passe Livre, defendemos que o transporte coletivo é um direito social, fundamental para garantir o acesso irrestrito de toda população aos serviços que a cidade tem a oferecer, e que tal direito só pode ser posto em prática integralmente com a eliminação por completo de qualquer tarifa. Isso não quer dizer simplesmente “ônibus de graça”, mas sim que, este sendo um serviço de vital importância para a cidade, a sociedade como um todo (especialmente os setores que mais se beneficiam com o deslocamento das pessoas) deve arcar com seus custos, e não apenas o usuário. Só com uma tarifa zero é que o transporte coletivo pode fazer frente ao transporte individual, e consolidar uma mobilidade verdadeiramente democrática, por todos os dias do ano.

Amanhã (quinta feira) vamos estar panfletando na Praça da Bandeira a partir das 18h. Pra quem quiser comparecer e ajudar, estaremos usando a camiseta do Movimento Passe Livre. Fale com a gente!

Mais informações sobre o dia mundial sem carro: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3494874.xml

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cartilha da campanha pela tarifa zero em Joinville

A cartilha da campanha pela tarifa zero em Joinville está disponível online.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

[Luta no Transporte pelo Brasil] Teresina


Confronto violento com a polícia e ônibus incendiados marcaram os cinco dias de protestos, iniciados no dia 1º de setembro, contra o aumento da passagem em Teresina, capital do Piauí. Os protestos em questão surtiram efeito: a passagem que havia passado a ser de R$ 2,10, voltou a ser de R$ 1,90, após as manifestações.

Parabéns ao povo de Teresina pela mobilização e pela vitória.








Mais informações:
http://www.cidadeverde.com/prefeito-suspende-decreto-e-a-tarifa-de-onibus-volta-a-r-1-90-83440

http://www.cidadeverde.com/estudantes-apedrejam-onibus-e-entram-em-confronto-com-a-policia-83217

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Calendário das primeiras atividades pelo Tarifa Zero




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Jornal Pula Catraca Nº 3

Acaba de sair do forno o jornal Pula Catraca, do Movimento Passe Livre de Joinville,  que está em seu 3º número. Esta edição teve como principal pauta as manifestações que os moradores do Jardim Sofia e do Juquiá fizeram neste ano, em Joinville.

Download

Leia na íntegra:


A versão impressa logo começará a circular pelas ruas de Joinville.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Reunião de novos membros


O Movimento Passe Livre Joinville realizará a reunião de maio para novos membros nesse sábado (06/08), às 14:30h, no Centro de Direitos Humanos (Rua Plácido Olímpio de Oliveira, 660, Bucarein).

A reunião de novos membros serve para explicar os princípios básicos do movimento, como funciona sua estruturação interna e quais são as lutas que o MPL está envolvido. É fundamental que todos que queiram participar da luta por transporte e do MPL participem dessa reunião.

A reunião é aberta, todos e todas estão convidados. Repasse esse convite adiante.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Convite - Reunião da Frente de Luta pelo Transporte Público

Clique na imagem para ampliá-la

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Exibição do documentário Impasse no Ielusc



No próximo sábado (02/07) às 14h ocorrerá no anfiteatro
do Ielusc a mostra do vídeo-documentário "Impasse". Todos estão convidados.

O documentário mostra as manifestações contra o aumento da
tarifa de ônibus ocorridas em 2010 em Florianópolis e contextualiza um panorama
geral da questão do transporte coletivo nos centros urbanos. Mais sobre o
documentário: http://www.impasse.com.br/.

Após a exibição do filme, o MPL vai fazer uma intervenção nas falas, durante o debate.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Vídeo da participação do MPL Jlle na Assembléia Popular (06/06/11)

O Movimento Passe Livre esteve presente na Assembléia Popular que reuniu mais de três mil pessoas na Praça da Bandeira. A assembléia convocada pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Sinsej) ocorreu na segunda-feira (6).

Durante a assembléia, representantes das instituições presentes tiveram o direito à palavra. Entre todos os que discursaram foi comum a cobrança frente o governo municipal e seu descaso com a população. Com gritos que pediam “Carlito nunca mais” a população demonstrou seu apoio a causa dos servidores e demonstrou que a luta popular pode questionar um governo em busca de seus direitos. O Movimento Passe Livre distribuiu 400 panfletos com a nota de apoio a greve municipal e estadual, lançada pelo MPL no dia 24 de maio de 2011. André Beavis discursou perante a população e ressaltou o apoio a greve e a luta popular. O MPL acredita que assim como na luta dos servidores, é através da organização popular que os cidadãos podem conquistar melhorias em outros serviços que são dever do município. Assim como a saúde e a educação, o transporte público também é um direito do povo e é através de lutas como a dos servidores que esse direito pode ser conquistado.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

[Passa Palavra] Cesare Battisti em liberdade

Por Passa Palavra

Durante sete intermináveis horas os ministros do Supremo Tribunal Federal reuniram-se para discutir o futuro de Cesare Battisti, que já está há mais de 4 anos preso no Brasil. Decidida por 6 votos contra a 3, a libertação de Cesare deve ocorrer imediatamente.

Porém, durante o julgamento, muito pouco se falou de Cesare Battisti. De um lado falou-se de limitação de poderes e de equilíbrios constitucionais, de fiscalização dos atos do Presidente da República e dos riscos de ditadura, de antiterrorismo e de respeito pelos tratados. Falou-se, do outro lado, de soberania e de independência nacional, de direitos humanos. De Direitos Humanos em geral, mas não dos direitos do homem Cesare Battisti. Do seu direito a fazer ouvir uma versão dos fatos que não fosse a difundida e vendida pelo governo italiano.

A intervenção mais longa foi sem dúvida a do ministro Gilmar Mendes, que afirmou: «Eu fico a imaginar o que vai ocorrer. Que cenários nos aguardam nesse contexto». Eis uma tentativa clara de dar argumentos para desligitimar a decisão.

Estamos contentes, sim, e muito, com o fato de Battisti ficar em liberdade. Mas não com uma sessão que não foi um julgamento do caso de Battisti, mas um julgamento de um ato cometido pelo ex-presidente da República. Nesse sentido, concordamos com a frase do ministro Joaquim Barbosa: “Chega! Aqui é o momento de se encerrar essa questão! Há uma pessoa presa há mais de 4 anos em regime fechado”.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Debate sobre o texto "A Distribuição da Carga Tributária: quem paga a conta?"

O Movimento Passe Livre convida todos para o debate sobre o texto A Distribuição da Carga Tributária: quem paga a conta? do economista Evilásio Salvador. O texto pode ser baixado nesse link.

O texto trata da questão da carga tributária no Brasil, partindo de uma análise conceitual do imposto (imposto progressivo, regressivo, transferível, intransferível, sobre consumo, sobre renda, sobre patrimônio etc.) e, em seguida, propõe uma leitura da realidade brasileira a fim de demonstrar quem financia realmente o Estado brasileiro.
Do ponto de vista do movimento social, a importância da discussão e leitura desse texto reside em compreendermos à lógica de arrecadação do Estado, tendo em vista que defendemos uma política pública de transporte coletivo que tribute as classes mais altas.

O debate será realizado no Centro de Direitos Humanos (Rua Plácido Olímpio de Oliveira, 660, Bucarein) às 15h do dia 18 de junho de 2011, sábado.

Evilásio Salvador é economista, foi assessor sindical (bancários e auditores da receita federal) e hoje é professor da Universidade de Brasília.

O debate é aberto a todos, não é fechado a membros do MPL, mas sim direcionado a todos que desejam conhecer, debater e compreender um tema público de primeira importância que é a questão da arrecadação do Estado. Sinta-se convidado.


Movimento Passe Livre, 6 de junho de 2011.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tarifa Zero ao redor do mundo

Além de Hasselt, na Bélgica, mais cidades já aderiram a um transporte verdadeiramente público:

  • Sidney, Austrália


Em Sidney, apenas algumas linhas circulares de ônibus são gratuitos. A moderna linha 555, por exemplo, passa pelo centro comercial da cidade e funciona durante a semana das 9h30 da manhã até 3h30 da madrugada e nos fins de semana, das 9h30 até as 18h00 da tarde.
Mais em http://tarifazero.org/2011/05/22/onibus-circulares-a-tarifa-zero-em-sydney-australia/

  • Changning, China
Desde o dia 10 de julho de 2008, Changning City apresenta três linhas de transporte público gratuito. A iniciativa em implantar o tarifa zero, surgiu depois de 8 meses de estudos sobre a viabilidade do projeto. Basicamente, para a autoriadade local, os ônibus gratuitos teriam um papel importante na economia de energia, na proteção do meio ambiente, em tornar padrão o uso do transporte urbano e impulsionar o bem-estar público.
Mais em http://tarifazero.org/2011/05/23/tarifa-zero-em-changning-china/

  • Zagreb, Croácia
Em Zagreb, o transporte coletivo se tornou público em maio de 2009. Ivan Tolic, secretário de transportes da cidade, afirmou que "isto foi planejado para reduzir o tráfego de carros no centro e encorajar os moradores a estacionar seus carros em garagens públicas distantes desta área".

Mais em
http://tarifazero.org/2011/05/24/tarifa-zero-no-centro-de-zagreb-croacia/



terça-feira, 24 de maio de 2011

Nota de Apoio as Greves dos Servidores Municipais e Estaduais


Nós, do Movimento Passe Livre Joinville, viemos a público por meio desta nota manifestar o nosso apoio às lutas grevistas dos servidores públicos de Joinville e nos setores da saúde e educação estadual, que vem mobilizando a cidade há mais de uma semana na busca de direitos que, na teoria deveriam ser garantidos pelos governos, mas que a prática tem mostrado que seu papel tem sido o contrário.

Ainda que a grande mídia prefira noticiar um cenário de caos supostamente causado pelos grevistas, dizendo que são eles responsáveis pela precarização dos serviços públicos e que isso estaria agravado pela greve. Nós lembramos que os verdadeiros responsáveis por isso, são os que estão frente à prefeitura e do governo do estado, pois são esses que têm o poder em suas mãos, mas que ao invés de atender ao povo, se mostram cada vez mais intolerantes, fechando o diálogo, postura essa que não é estranha àqueles que lutam pelos seus direitos na cidade, seja pelo transporte público, ou por melhorias em seus bairros.

Lembrando que os serviços de Saúde e Educação Públicas, ou seja, de acesso a todas e todos, não foram dados de “mão beijada” ao povo pelos detentores do poder político e econômico, mas sim foram através de lutas como essas, em que companheiras e companheiros tombaram, que permitiram a sua criação, e que apenas com a luta, que poderemos garantir sua manutenção e as melhorias.

Sendo assim o Movimento Passe Livre de Joinville saúda a todas que lutam nessa cidade, por seus direitos e pela manutenção, melhoria e ampliação dos serviços públicos.

Movimento Passe Livre em Solidariedade de Luta,

Joinville, 23 de maio de 2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Reunião de novos membros do MPL Jlle


O Movimento Passe Livre Joinville realizará uma reunião para novos membros nesse sábado (14/05), às 14h, no Centro de Direitos Humanos (Rua Plácido Olímpio de Oliveira, 660, Bucarein).

A reunião de novos membros serve para explicar os princípios básicos do movimento, como funciona sua estruturação interna e quais são as lutas que o MPL está envolvido. É fundamental que todos que queiram participar da luta por transporte e do MPL participem dessa reunião.

A reunião é aberta, todos e todas estão convidados. Repasse esse convite adiante.

Se você deseja ir, por favor envie um e-mail de confirmação até às 18h de sexta-feira, 13/05, para o mpl.jlle@gmail.com.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nota de Apoio a Luta dos Moradores do Bairro Jardim Sofia

Nós do Movimento Passe Livre Joinville, viemos a publico, por meio desta nota, prestar nossa solidariedade à luta dos Moradores e da Associação de Moradores do Bairro Jardim Sofia. Luta essa, pelo direito que esses moradores resolveram tomar em suas mãos. O direito de (re)construir a cidade e suas vidas.

Suas reivindicações são simples. Apenas o cumprimento do que já foi aprovado no Orçamento Participativo, em 2009 e 2010 e mais algumas obras para o bairro, como asfaltamento de algumas ruas e criação de ciclovias.

Do poder público, vieram apenas desculpas com novos prazos lá para frente. Desculpas, muitas dessas técnicas, semelhantes às desculpas usadas nos problemas do transporte coletivo, como se os problemas políticos de uma cidade fossem apenas de ordem técnica. Lembramos que esses prazos adiados são prazos que já não foram cumpridos, conforme a Associação de Moradores nos mostrou com documentos assinados pelo poder público.

Uma das reivindicações nos chama a atenção, pela desculpa extremamente esfarrapada da Prefeitura para o não cumprimento da obra. Trata-se da construção de uma praça de lazer para o bairro. Os moradores viram, através do Orçamento Participativo, a condição de recursos para obter esse espaço de lazer e aprovaram já em 2009 a sua construção. Porém, nada foi feito durante todo o ano de 2010. E o mais incrível é que a Prefeitura disse, quando questionada, que a obra começaria em Dezembro do ano passado, mas por causa da chuva, não foi possível. A pergunta que fazemos é, por que se deixou para começar a obra só em Dezembro? Por que no último mês do ano, em que a obra deveria ser entregue? A chuva foi o fator impossibilitou a realização da obra? Ou foi uma desculpa que caiu dos céus para a Prefeitura se livrar da responsabilidade?

Nós do Movimento Passe Livre estivemos presente na manifestação que ocorreu no bairro e na seção pública na câmara dos vereadores, prestando nosso singelo apoio aos moradores do bairro. Apoio esse que passa das palavras e se transforma em luta, lado a lado com os moradores em suas atividades públicas.

Finalizamos dizendo que não descansaremos, e estaremos juntos até suas reivindicações serem atendidas. E não só estaremos ao lado dos moradores do Jardim Sofia, mas sim de todos os que lutam pelos seus direitos em Joinville. Cidade essa, que insistem em dizer ser pacata e desinteressada, mas que a prática de seus habitantes vem, dia após dia, provando que esse é um discurso mentiroso propagado pela elite dessa cidade.

Movimento Passe Livre em Solidariedade de Luta,

Joinville, 23 Abril de 2011.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Reunião de novos membros do MPL Jlle


O Movimento Passe Livre Joinville realizará uma reunião para novos membros nesse sábado (09/04), às 14h, no Centro de Direitos Humanos(r. Plácido Olímpio de Oliveira, 660, Bucarein).

A reunião de novos membros serve para explicar os princípios básicos do movimento, como funciona sua estruturação interna e quais são as lutas que o MPL está envolvido. É fundamental que todos que queiram participar da luta por transporte e do MPL participem dessa reunião.

A reunião é aberta, todos e todas estão convidados. Repasse esse convite adiante.

Se você deseja ir, por favor envie um e-mail de confirmação até às 18h de sexta-feira, 08/04, para o mpl.jlle@gmail.com.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Projeto Tarifa Zero - entrevista com Lúcio Gregori



Entrevista retirada do documentário "Impasse". Lúcio Gregori foi secretário municipal de transportes de São Paulo e esteve presente no 2º Seminário "Mudar o transporte, fazer a cidade", que aconteceu ano passado, aqui em Joinville.

Para mais informações, visite o site do documentário: http://www.impasse.com.br/

terça-feira, 15 de março de 2011

Rap do ônibus- Projota




Letra:

As pernas doem e o suor escorre
E vem no rosto pálido de um homem que não é ninguém
Vai trabalhar, guerreiro, vai trabalhar, bem!

Mais um dia comum na nossa vida comum, com fé
Senhor, nos leve pra onde quiser
Proteja nossos corpos e nos mantenha de pé
Que eu possa entrar e sair vivo de um metrô na Sé
Seria engraçado se não fosse desesperador
Aos olhos de quem me governa, é esse o meu valor
Sardinhas enlatadas são jogadas ao relento
Folhas secas sem vida vão levadas pelo vento
A raiva toma conta, muita treta, normal
Nasce agora um assassino serial
Prefeito que dá o aval, avisa já pra geral
“Economiza porque o buzo vai subir mais um real”
Meia dúzia na rua derruba buzo, incendeia
Alguns sem vê, sem nada, abusam e só falam da vida alheia
Mas a cidade tá cheia
Quanto mais gente, mais impostos, mais lucro pros líderes da aldeia

Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Ô, cobrador, deixa os menino passar
Vou sofrer uma hora e meia e ainda tenho que pagar
Libera ae, porque tá caro pra caralho
E eu não achei meu dinheiro na bosta, deu mó trabalho

Cuidado onde pisa, pois pode ser meu pé
Cuidado onde alisa, pode ser minha mulher
Veja quem manifesta, o exército de Zé
Cuidado com o que testa, pois pode ser minha fé
Meu povo quer ver melhorar
Porque dá mais trabalho chegar no trabalho do que trabalhar
Mais tarde, quando você ver o pivete roubar
É porque o pai dele tava no buzão em vez de tá lá pra educar
Meu povo tá cansado, já nem se queixa mais
Se vê acostumado e vive essa guerra em paz
Meu povo sente fome, tem que ganhar dinheiro
Pra isso precisa ser o que não quer o dia inteiro
Hoje eu vô pular catraca, na moral
Não vou pagar dois e pouco num serviço que não vale um real
Tem um pilantra comprando iate, enquanto a gente se bate
Pra pagar pra ele à vista a ceia de Natal
(Navio Negreiro hoje não difere cor…)
Amontoa e leva pra lavoura qualquer trabalhador
As mãos cansadas penduradas na barra
De uma gente que chora, mas nunca perderá a sua garra
São Paulo é uma cadeia? Faço a rebelião
Queimar colchão pra ver se alguém melhora a situação
Ninguém se move, ninguém se machucará, então
Enquanto isso eu vou cantando no buzão, assim…

Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Me diz quem tem que acordar assim… (É nóiz!)
Ô, cobrador, deixa os menino passar
Vou sofrer uma hora e meia e ainda tenho que pagar
Libera ae, porque tá caro pra caralho
E eu não achei meu dinheiro na bosta, deu mó trabalho

sexta-feira, 4 de março de 2011

Debate de formação- Direito à cidade

Dia 12 de março, no CDH, das 15h às 17h, irá acontecer o Debate de Formação promovido pelo MPL, com o tema Direito à Cidade. Todos podem participar, basta apenas ler os textos que vão ser discutidos no encontro: A liberdade da Cidade - David Harvey e Direito à Cidade - Mobilidade Urbana e Tarifa Zero - Diego A. Diehl / Greicy Rosa / Victor A. Mazura.

Abaixo, o link para o download dos textos:
http://www.mediafire.com/?fcjw6mdgbds7r4y

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Calendário do MPL

Pra você que pretende participar do MPL ou que já é do movimento, porém, anda meio perdido com os dias e horários das reuniões, o nosso blog disponibiliza, agora, um calendário com as próximas atividades do movimento. O calendário está a baixo da seção "Links", no lado direito do blog.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Reunião de novos membros do Movimento Passe Livre

O Movimento Passe Livre Joinville realizará a segunda reunião de novos membros do ano nesse sábado (12/02), às 10h, no Centro de Direitos Humanos (r. Plácido Olímpio de Oliveira, 660, Bucarein).
A reunião de novos membros serve para explicar os princípios básicos do movimento, como funciona sua estruturação interna e quais são as lutas que o MPL está envolvido. É fundamental que todos que queiram participar da luta por transporte e do MPL participem dessa reunião.
A reunião é aberta, todos estão convidados. Repasse esse convite adiante.
Se você deseja ir, por favor envie um e-mail até às 18h de sexta-feira, 11/02, ao mpl.jlle@gmail.com .

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tuitaço nacional contra o aumento entra nos Trending Topics do Twitter.

Apesar do Tuitaço Nacional contra os aumentos das tarifas de ônibus ter começado pra valer hoje (28/01), as 10h, a hashtag #contraoaumento já estava sendo tuitada alguns dias antes. Além de colocar em debate a situação do transporte coletivo no Brasil, a campanha, promovida por movimentos sociais (entre eles o MPL Jlle) e entidades estudantis, tinha também como foco pôr a hashtag no Trending Topics (TTs) do Twitter, o ranking que mede os assuntos mais tuitados. Cerca de uma hora após a campanha ter oficialmente começado, a hashtag #contraoaumento já estava em 1º lugar no TTs Br e em 3º no TTs Worldwide. Do norte ao sul do país, vários tuites de indignação contra o aumento e contra a exploração do transporte coletivo.

Obviamente, não esperamos que o transporte coletivo mude a partir de uma rede social, como é o Twitter. O tuitaço é uma "extensão" dos protestos que estavam (e estão) acontecendo nas ruas de várias cidades do Brasil.

[No Zarcão] Gráfico do aumento da tarifa de ônibus*


A Frente de Luta pelo Transporte Público elaborou um gráfico mostrando a evolução do aumento da tarifa de ônibus de 1996 até 2010.

O gráfico demonstra o óbvio, isto é, que a tarifa de ônibus teve um aumento muito superior ao da inflação. Enquanto a inflação no período foi de 162%, a tarifa aumentou 325%, portanto a tarifa aumentou o dobro mais um por cento acima da inflação (163%).

Boa parte das justificativas para se aumentar a tarifa é que o índice inflacionário deve ser recomposto. No entanto, se a tarifa seguisse de fato a inflação seu preço estaria em torno de R$1,57.

Se os salários – em tese – acompanham a inflação, a tarifa de ônibus a ultrapassa em muito, tornando-se um encargo significativo para as famílias brasileiras. Como já postado anteriormente neste blog, o transporte chega a consumir mais de 20% do orçamento dos brasileiros. Desse modo, se pratica uma tarifa antissocial, fazendo do transporte um artigo de luxo e excluindo milhões de pessoas desse serviço (segundo o IBGE, cerca de 37 milhões de pessoas são excluídas do transporte coletivo por não poderem pagar).

A Frente de Luta pelo Transporte Público não lança mão apenas de dados, apontamos também a causa do problema do transporte: o transporte estar sob poder da iniciativa privada, ser um objeto de lucro, um meio de enriquecimento de meia-dúzia de empresários e empobrecimento do grosso da população. É por isso que além de qualquer debate sobre uma tarifa maior ou menor, justa ou injusta, a Frente propõe a revisão completa do atual modelo tarifário e de gestão do transporte – por um transporte fora da iniciativa privada e com participação popular.
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O índice utilizado para se medir a inflação é o INPC, que segundo o site do IPEA acompanha a evolução dos preços de “9 grupos: 1. Alimentação e bebidas; 2. Habitação; 3. Artigos de residência; 4. Vestuário; 5. Transportes; 6. Saúde e cuidados pessoais; 7. Despesas pessoais; 8. Educação, leitura e papelaria; 9. Comunicação”.


* Divulgue o gráfico à vontade, mas cite fonte (http://nozarcao.blogspot.com/) e autoria (Frente de Luta pelo Transporte Público).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tuitaço nacional contra os aumentos das tarifas de ônibus

Pra quem tem twitter, não se esqueça: dia 28/01, tuite usando a hashtag #contraoaumento. O objetivo é pôr a hashtag no TT's e, logicamente, colocar em debate a questão da crise do transporte coletivo no Brasil.
Ah, e não deixe de seguir o @mpljoinville

[Brasil de Fato] Para especialista, aumento segue lógica do negócio

Por Michelle Amaral

De acordo com Lúcio Gregori, enquanto o transporte for entendido como um negócio, os aumentos de tarifas vão continuar a ocorrer

Até a primeira quinzena de janeiro foram registrados reajustes nas tarifas dos ônibus municipais em pelo menos quinze grandes cidades brasileiras e há a previsão de que as passagens de seis cidades ainda sejam reajustadas. Em três cidades o aumento ocorreu já no final de 2010.

Das dez maiores regiões metropolitanas pelo menos 6 anunciaram aumento. Mais de 56 milhões de pessoas que vivem nas regiões com grande densidade populacional estão sendo afetadas pelos reajustes das passagens.

O engenheiro Lúcio Gregori, que foi secretário de transportes da cidade de São Paulo entre 1990 e 1992, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina (então no PT), explica que os aumentos das passagens são resultado do modelo de transporte adotado em nosso país. “O transporte é um negócio como qualquer outro e como tal tem que ter as correções dos preços cobrados para corrigir os custos crescentes”, completa.

Na opinião do engenheiro, a única forma de reverter esse quadro é haver uma mudança do pensamento coletivo em que o transporte urbano deixe de ser entendido como um negócio e passe a ser tratado como um direito da população.

“O transporte público tem que ser tratado como um direito, assim como saúde e a educação. Para chegar a um hospital e ser atendido, você precisa do transporte. Para ir à escola, você precisa do transporte”, defende Gregori.

Segundo o ex-secretário de transportes, discutir se o reajuste das tarifas foi justo ou injusto não resolve o problema, porque revela a aceitação do modelo de transporte como um negócio.

Gregori defende que o transporte seja custeado pelo poder público como os demais direitos básicos. Segundo ele, a solução passa pelo seguinte pensamento: a tarifa, num primeiro momento, deve ser subdidiada no máximo percentual possível e, a longo prazo, no seu valor total.

Hoje o subsídio existe em muitas cidades e, mesmo assim, as tarifas continuam a ser cobradas e reajustadas regularmente.

Na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) além de anunciar um reajuste de 11,11% nas tarifas dos ônibus municipais, que passou a vigorar no dia 5 de janeiro, disse também que o subsídio para o setor deve ficar em torno de R$ 600 milhões. No entanto, no orçamento municipal de 2011, os vereadores governistas autorizaram o Executivo a usar até R$ 743 milhões para bancar as despesas referentes às compensações tarifárias.

Mobilização

Gregori defende que a discussão que deve ser feita pela sociedade não é sobre se é justo ou não o aumento da tarifa. Segundo ele, deve-se discutir a questão da mobilidade urbana no país como um todo e o entendimento que se deve ter em relação ao transporte coletivo. “Enquanto o transporte coletivo for entendido como negócio e não como um direito, essa discussão, se a tarifa é justa ou não, não acabará nunca”, lamenta.

Além disso, o engenheiro aponta como forma de mobilização os protestos de rua, mas explica que a opção em se aplicar os reajustes nessa época do ano, em que grande parte da população está em período de férias, tem um caráter político, justamente porque espera-se pela desmobilização de setores importantes para a luta contra o aumento das passagens, como os estudantes. “A sociedade está mais desmobilizada, é o momento oportuno”, conta.

Desde que foram anunciados os aumentos nas tarifas dos ônibus protestos têm sido realizados em algumas cidades e espera-se que eles ganhem mais força com a volta às aulas, no próximo mês.

Em São Paulo (SP), na última quinta-feira (13), a polícia militar reprimiu duramente uma manifestação realizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), resultando em 30 militantes detidos e 10 feridos. O mesmo ocorreu em João Pessoa (PB), onde dois estudantes acabaram feridos no confronto com a PM. Protestos também têm sido realizados em Salvador (BA), pelo movimento chamado Revolta do Buzu 2011.

Na próxima quinta-feira (20), o MPL de São Paulo realizará mais uma manifestação. O ato contra o aumento das passagens será realizado na Praça do Ciclista, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Consolação, a partir das 17 hs.


Veja na tabela abaixo como ficarão os novos valores das passagens de ônibus:

Cidades com tarifas já reajustadas:

Soma da população afetada: 47. 755 milhões de pessoas, seguindo os dados do IBGE.

CIDADES

Tarifa antiga

Novo valor

Data do reajuste

BAHIA




Salvador

R$ 2,30

R$ 2,50

02/01/11

ESPÍRITO SANTO




Vitória

R$ 2,15

R$ 2,30

03/01/11

MINAS GERAIS




Belo Horizonte (tarifa predominante)

R$ 2,30

R$ 2,45

29/12/10

Poços de Caldas

R$ 2,00

R$ 2,30

15/12/10

PARAÍBA




João Pessoa

R$ 1,90

R$ 2,10

03/01/11

PERNAMBUCO




Recife (tarifa predominante)

R$ 1,85

R$ 2,00

09/01/11

RIO DE JANEIRO




Rio de Janeiro (ônibus intermunicipais)

R$ 2,35

R$ 2,50

02/01/11

RIO GRANDE DO SUL




Pelotas

R$ 2,20

R$ 2,35

12/12/10

Ijuí

R$ 1,90

R$ 2,10

09/01/11

Santa Maria

R$ 2,00

R$ 2,20

26/10/10

SANTA CATARINA




Joinville

R$ 2,30

R$ 2,55

(compra antecipada)

05/01/11


R$ 2,70

R$ 2,90

(compra embarcada)

05/01/11

SÃO PAULO




Campinas

R$ 2,60

R$ 2,85

16/01/11

São Paulo

R$ 2,70

R$ 3,00

05/01/11

Guarulhos

R$ 2,65

R$ 2,90

05/01/11

Santo André

R$ 2,65

R$ 2,90

03/01/11

São Caetano

R$ 2,30

R$ 2,75

01/01/11

Diadema

R$ 2,50

R$ 2,80

01/01/1


Cidades com previsão de reajuste

Soma da população afetada: 8.912 milhões de pessoas, seguindo os dados do IBGE.

CIDADES

Tarifa antiga

Novo valor

AMAZONAS



Manaus

R$ 2,25

A definir

PARANÁ



Curitiba

R$ 2,20

A definir

RIO GRANDE DO NORTE



Natal

R$ 2,00

R$ 2,30

RONDÔNIA



Porto Velho

R$ 2,30

R$ 2,60

SANTA CATARINA



Florianópolis

R$ 2,20 (cartão)

R$ 2,52 (cartão)


R$ 2,95 (dinheiro)

R$ 3,12 (dinheiro)

SERGIPE



Aracaju

R$ 2,10

R$ 2,45

Retirado de http://www.brasildefato.com.br/node/5492