sexta-feira, 28 de março de 2008

Lucio Gregori explica Tarifa Zero

Uma entrevista realizada por Daniel Terstschitsch com o ex-secretário de transportes de São Paulo, Lucio Gregori, foi publicada na íntegra no sítio da revista Carta Capital. Isso vocês já sabem, porque está numa postagem logo abaixo. Como a entrevista é muito grande, o Passe Livre Joinville disponibilizou uma versão em Word, para facilitar a leitura.

Essa entrevista é muito valiosa, pois explica em detalhes a concepção de transporte coletivo que queremos. Boa Leitura!

Em tempo: Um militante do Passe Livre Curitiba deu uma boa dica: disponibilizar a entrevista em PDF. Se preferir, baixe-a aqui.

Córdoba contra o aumento!



Militantes em Cordoba, na Argentina, também estão se mobilizando por melhores condições no transporte coletivo. Por lá, os argentinos estão organizando boicotes contra o sistema de transporte. Confira mais informações no blogue http://asambleatransportecba.blogspot.com/

terça-feira, 25 de março de 2008

1.095 dias de luta

Hoje, 25 de março, o Movimento Passe Livre completa três anos de luta em Joinville. São1.095 dias de dedicação, discussão, projetos e inspirações,vitórias e derrotas. Mas estamos firmes.

Tudo começou quando quatro amigos, já envolvidos no movimento estudantil, entraram em contato com o movimento espontâneo de Florianópolis. Uma delegação da capital veio até aqui, e com quatro membros, formou-se o coletivo de Joinville do Movimento Passe Livre Brasil. De lá para cá, já foram dezenas de protestos, centenas de reuniões, 119 postagens no blogue, cinco militantes presos (e soltos em seguida), várias perseguições, boletins, recortes de jornal, e sobretudo, pessoas. Centenas de pessoas passaram por aqui.

Para os que ficaram, a luta continua: o Passe Livre ainda é formado predominantemente por estudantes, mas todos são também trabalhadores/as. Para os que se foram, nem todos passaram em branco. Alguns militantes daqui foram construir outras lutas, outros apenas trocaram de cidade (e de coletivo do Passe Livre), e outros tantos abandonaram essa vida.

Ser militante é botar a mão na consciência e tirar a bunda do traseiro. É saberque muito está erradoe que é nosso dever fazer alguma coisa para mudar. Ser militante é uma opção de vida. Nós já fizemos a nossa escolha.

Nós lutamos por um transporte público de verdade. Um transporte que vai gerar distribuição de renda. que vai construir um trânsito mais humano, com menos carros, menos acidentes, menos mortes. Lutamos por um direito assegurado, que já é previsto em lei, mas como muitas leis, não sai do papel. Nós lutamos pelo passe livre. E aqui ficaremos até conseguir.

Esperamos mais vitórias nos próximos 1.095 dias de luta. E esperamos você ao nosso lado.

Movimento Passe Livre
3 anos lutando por um transporte público de verdade

quarta-feira, 19 de março de 2008

Tarifa Zero em detalhes

O saite da revista Carta Capital colocou no ar uma ótima entrevista com o ex-secretário de transportes de São Paulo, Lucio Gregori. Gregori é autor do projeto Tarifa Zero, durante o governo de Luiza Erundina na capital paulista. Por disputas internas do PT, o projeto não foi para a frente.

A entrevista é grande, e você pode lê-la no original aqui. Se preferir, iremos disponibilizar o texto em formato word em breve.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Passe Livre na Carta Capital!

A revista Carta Capital, sediada em São Paulo, fez uma reportagem completa sobre o problema do trânsito na capital paulista. No meio da reportagem, a revista elenca as propostas para melhorar o trânsito. O Movimeto Passe Livre é citado com destaque por levantar o projeto Tarifa Zero. Confira aqui a reportagem de Rodrigo Martins.

No saite da revista, também há uma enquete sobre as soluções para o trânsito, e o Tarifa Zero está ganhando! Vote aqui.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Assine abaixo-assinado contra condenção de Marcelo Pomar

O Movimento Passe Livre está em campanha para evitar a condenação de Marcelo Pomar, do coletivo de Florianópolis. Marcelo é acusado de "incitação a violência".

Leia matéria completa aqui: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/03/413423.shtml

Assine o abaixo-assinado contra esse julgamento http://www.petitiononline.com/marcelop/


sexta-feira, 7 de março de 2008


O Movimento Passe Livre completa três anos de luta em Joinville no dia 25 de março. Inicialmente, éramos um grupo pequeno. A fundação do movimento ocorreu com apenas quatro pessoas. Com o passar do tempo, fomos melhorando nossas estratégias e ações, recriando paradigmas nos movimentos sociais da cidade. Afinal de contas, porque um movimento tem que ter atrelamento a um político ou partido?

Nesses três anos, muitas pessoas vieram e foram, outras tantas ficaram. Mas o importante é que estamos aqui, lutando por um transporte público de verdade, apesar de tantos obstáculos. Que nos próximos anos, nós consigamos deter o avanço dos empresários e do poder público, que desejam usar esse serviço público essencial como maneira de lucrar milhões.

Nos vemos nas ruas
Passe Livre Já!



Reunião de formação do Passe Livre Joinville, com a presença da delegação de Florianópolis, 25 de março de 2005.

Julgamento político de Marcelo Pomar será em maio

Marcelo Pomar, militante do Movimento Passe Livre de Florianópolis, será julgado no dia 13 de maio, às 15h, no Fórum de Justiça da Capital. O militante é acusado de "incitação ao crime".

No dia 16 de fevereiro de 2006, uma frente, organizada para questionar o chamado "Pacotão da Tarifa Única" da prefeitura de Florianópolis se manifestava em frente ao Terminal do Centro, quando 16 capangas atacaram os manifestantes e as manifestantes.

A Polícia Militar não apenas deixou de prender os agressores com escoltou sua saída. A população que assistia ao ocorrido se juntou aos manifestantes, que exigiam a prisão dos capangas. No meio da confusão, Marcelo Pomar gritou "não lincha". Neste momento, policiais prenderam-no, afirmando que Marcelo havia incitado o linchamento dos capangas. Mesmo portando a identidade do homem identificado como o líder dos agressores, a Polícia Civil jamais deu prosseguimento às investigações.

leia mais::
matéria completa

assine e divulgue a petição on-line contra o julgamento de Marcelo Pomar

Editoriais anteriores:
Identificado um dos capangas que atacaram protesto | Capangas sem identificação atacam manifestação e saem escoltados pela polícia

fotos da manifestação e dos capangas: parte 1 | parte 2 | parte 3 | parte 4 | parte 5

áudio: coletiva de imprensa na manhã de sexta, 17 de feveriro de 2006

Reprodução do Centro de Mídia Independente

quarta-feira, 5 de março de 2008

Isenção para quem?

Há oito meses, tramita na Assembléia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) o projeto do deputado Darci de Matos (DEM), que isenta as empresas de transporte do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Apesar de correr em regime de prioridade, a iniciativa se arrasta na Alesc. Caso aprovada, as tarifas de ônibus teriam redução de cinco centavos.

Duas hipóteses são consideradas para que o projeto esteja parado:1) O governador não quer abrir mão do ICMS ou 2) O projeto será usado como trunfo nas eleições municipais. Aprova-se a lei perto do pleito, e assim, Darci vira o homem que baixou as tarifas.

Mas não se iluda, leitor. Para quem pega ônibus nos 25 dias úteis do mês, a economia gerada pela redução de ICMS chega aos incríveis R$ 2,50. Imaginem, R$ 2,50 a mais no orçamento familiar! Isentar as empresas não é a solução, nem Darci é o único a defender a medida: Carlito Merss (PT) declarou, recentemente, apoio à isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Darci escreve, na justificativa do projeto, que as empresas enfrentam elevados custos sobre o óleo diesel, e que dessa forma, não podem se sustentar. A preocupação do deputado é o equilíbrio financeiro de um sistema incapaz de se auto-gerir. Sem a intervenção do estado, com isenções e subsídios, as empresas quebram.

Isentar é a solução, mas deve-se isentar os usuários. Aumenta-se o IPTU de mansões e bancos, transfere-se o dinheiro para o transporte e concede o passe livre para todos, municipalizando o sistema. Dessa forma, a prefeitura passa a ser a administradora real do transporte, diminuindo a Gidion/Transtusa de concessionárias para terceirizadas.

O modelo que propomos existiu, e foi implantado parcialmente em São Paulo, em 1992. Entretanto, Paulo Maluf (PP) ganhou a eleição seguinte e não deu continuidade ao projeto. Foi o mesmo PT, desta vez com Marta Suplicy, que extinguiu a municipalização.
O transporte deve ser encarado como serviço público essencial, como saúde, educação e segurança. Mas me diga, quem aqui paga algum centavo para acessar esses serviços? A lógica atual do transporte é uma subversão do serviço público previsto na constituição.

Manual dxs catraqueirxs



Esse vídeo, produzido pelo coletivo do Passe Livre no Distrito Federal, dá dicas sobre como pular a catraca de maneira segura, sem entrar em conflito com os motoristas e cobradores (no nosso caso, motoristas-cobradores). Assiste aí! Pular catraca é um ato político e não é crime!