O Movimento Passe Livre Joinville (MPL), que acompanha desde o início a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que perdura por mais de um mês, vem somar solidariedade aos companheiros de luta.
A batalha que os servidores/as enfrentam é por uma conquista popular. A luta de todos os trabalhadores é uma só, é a luta por melhores condições de trabalho, por salários que proporcionem uma vida digna, por necessidade e reconhecimento. A luta dos trabalhadores da saúde ainda alcança a luta por um um serviço público, gratuito e de qualidade.
É a luta contra o sucateamento que vem ocorrendo com nosso Sistema Único de Saúde (SUS). Não é mais possível aceitar hospitais com super-lotação, com filas de espera tão grandes nas quais o paciente acaba por não resistir, com falta de medicamentos, médicos, e descaso por parte dos mesmo, sequer há ambientes adequados que proporcionem segurança contra infecções, até mesmo não oferecendo água quente para os pacientes no inverno, como ocorre no Hospital Regional. Na Maternidade Darcy Vargas, por exemplo, o centro cirúrgico está fechado há mais de dois anos. Há tempos os problemas se acumulam.
Estamos juntos, ombro a ombro, com os trabalhadores, pois lutamos para construir um SUS 100% público, um SUS que atende mais de um milhão de pessoas todos os dias, dos mais pobres aos mais ricos, sem censura nem preconceitos. Em nosso estado as unidades públicas são referências em muitas áreas, mesmo com todos os planos de saúde privados, é das unidades públicas que o cidadão se beneficia. O SUS é uma conquista social, e assim deve permanecer, com a população e não privatizado, na mão de empresários que almejam apenas o lucro.
Mas não é isso o que nosso governo deseja, no orçamento previsto de 2012 a 2015 há gastos de R$ 800 milhões para oito Organizações Sociais (OSs) e, em contraponto, apenas R$ 720 milhões para 14 unidades públicas de saúde. Claramente a intenção desse governo está para investir em grandes grupos privados lucrarem às custas do povo, sem falar nos outros tipos de políticas de favorecimento, como isenção fiscal, que só em 2011 se deixou de arrecadar R$ 4 bilhões. [I]
Devido toda essa situação e as péssimas condições de trabalho o servidor é obrigado a se submeter a um árduo serviço desumano todos os dias, sob baixos salários e sob riscos de os terem ainda menores.
O MPL se solidariza com os trabalhadores da saúde. Vamos, através da mobilização e do poder popular, mostrar para esse e todos os governos a política que desejamos, façamos a política mediante a incompetência dos senhores do poder. Estamos lado a lado, companheiros, até o fim na luta, por uma vitória que será de todos. Rumo a novas conquistas, nenhum direito a menos!
Por um transporte e por uma saúde pública, gratuita e de qualidade.
Movimento Passe Livre Joinville, dezembro de 2012.
[I] JORNAL DO ÔNIBUS. Mesmo com abandono do governo, servidores dão duro para atender população. Edição 53. nov/2012, Florianópolis.
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