sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tuitaço nacional contra o aumento entra nos Trending Topics do Twitter.

Apesar do Tuitaço Nacional contra os aumentos das tarifas de ônibus ter começado pra valer hoje (28/01), as 10h, a hashtag #contraoaumento já estava sendo tuitada alguns dias antes. Além de colocar em debate a situação do transporte coletivo no Brasil, a campanha, promovida por movimentos sociais (entre eles o MPL Jlle) e entidades estudantis, tinha também como foco pôr a hashtag no Trending Topics (TTs) do Twitter, o ranking que mede os assuntos mais tuitados. Cerca de uma hora após a campanha ter oficialmente começado, a hashtag #contraoaumento já estava em 1º lugar no TTs Br e em 3º no TTs Worldwide. Do norte ao sul do país, vários tuites de indignação contra o aumento e contra a exploração do transporte coletivo.

Obviamente, não esperamos que o transporte coletivo mude a partir de uma rede social, como é o Twitter. O tuitaço é uma "extensão" dos protestos que estavam (e estão) acontecendo nas ruas de várias cidades do Brasil.

[No Zarcão] Gráfico do aumento da tarifa de ônibus*


A Frente de Luta pelo Transporte Público elaborou um gráfico mostrando a evolução do aumento da tarifa de ônibus de 1996 até 2010.

O gráfico demonstra o óbvio, isto é, que a tarifa de ônibus teve um aumento muito superior ao da inflação. Enquanto a inflação no período foi de 162%, a tarifa aumentou 325%, portanto a tarifa aumentou o dobro mais um por cento acima da inflação (163%).

Boa parte das justificativas para se aumentar a tarifa é que o índice inflacionário deve ser recomposto. No entanto, se a tarifa seguisse de fato a inflação seu preço estaria em torno de R$1,57.

Se os salários – em tese – acompanham a inflação, a tarifa de ônibus a ultrapassa em muito, tornando-se um encargo significativo para as famílias brasileiras. Como já postado anteriormente neste blog, o transporte chega a consumir mais de 20% do orçamento dos brasileiros. Desse modo, se pratica uma tarifa antissocial, fazendo do transporte um artigo de luxo e excluindo milhões de pessoas desse serviço (segundo o IBGE, cerca de 37 milhões de pessoas são excluídas do transporte coletivo por não poderem pagar).

A Frente de Luta pelo Transporte Público não lança mão apenas de dados, apontamos também a causa do problema do transporte: o transporte estar sob poder da iniciativa privada, ser um objeto de lucro, um meio de enriquecimento de meia-dúzia de empresários e empobrecimento do grosso da população. É por isso que além de qualquer debate sobre uma tarifa maior ou menor, justa ou injusta, a Frente propõe a revisão completa do atual modelo tarifário e de gestão do transporte – por um transporte fora da iniciativa privada e com participação popular.
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O índice utilizado para se medir a inflação é o INPC, que segundo o site do IPEA acompanha a evolução dos preços de “9 grupos: 1. Alimentação e bebidas; 2. Habitação; 3. Artigos de residência; 4. Vestuário; 5. Transportes; 6. Saúde e cuidados pessoais; 7. Despesas pessoais; 8. Educação, leitura e papelaria; 9. Comunicação”.


* Divulgue o gráfico à vontade, mas cite fonte (http://nozarcao.blogspot.com/) e autoria (Frente de Luta pelo Transporte Público).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tuitaço nacional contra os aumentos das tarifas de ônibus

Pra quem tem twitter, não se esqueça: dia 28/01, tuite usando a hashtag #contraoaumento. O objetivo é pôr a hashtag no TT's e, logicamente, colocar em debate a questão da crise do transporte coletivo no Brasil.
Ah, e não deixe de seguir o @mpljoinville

[Brasil de Fato] Para especialista, aumento segue lógica do negócio

Por Michelle Amaral

De acordo com Lúcio Gregori, enquanto o transporte for entendido como um negócio, os aumentos de tarifas vão continuar a ocorrer

Até a primeira quinzena de janeiro foram registrados reajustes nas tarifas dos ônibus municipais em pelo menos quinze grandes cidades brasileiras e há a previsão de que as passagens de seis cidades ainda sejam reajustadas. Em três cidades o aumento ocorreu já no final de 2010.

Das dez maiores regiões metropolitanas pelo menos 6 anunciaram aumento. Mais de 56 milhões de pessoas que vivem nas regiões com grande densidade populacional estão sendo afetadas pelos reajustes das passagens.

O engenheiro Lúcio Gregori, que foi secretário de transportes da cidade de São Paulo entre 1990 e 1992, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina (então no PT), explica que os aumentos das passagens são resultado do modelo de transporte adotado em nosso país. “O transporte é um negócio como qualquer outro e como tal tem que ter as correções dos preços cobrados para corrigir os custos crescentes”, completa.

Na opinião do engenheiro, a única forma de reverter esse quadro é haver uma mudança do pensamento coletivo em que o transporte urbano deixe de ser entendido como um negócio e passe a ser tratado como um direito da população.

“O transporte público tem que ser tratado como um direito, assim como saúde e a educação. Para chegar a um hospital e ser atendido, você precisa do transporte. Para ir à escola, você precisa do transporte”, defende Gregori.

Segundo o ex-secretário de transportes, discutir se o reajuste das tarifas foi justo ou injusto não resolve o problema, porque revela a aceitação do modelo de transporte como um negócio.

Gregori defende que o transporte seja custeado pelo poder público como os demais direitos básicos. Segundo ele, a solução passa pelo seguinte pensamento: a tarifa, num primeiro momento, deve ser subdidiada no máximo percentual possível e, a longo prazo, no seu valor total.

Hoje o subsídio existe em muitas cidades e, mesmo assim, as tarifas continuam a ser cobradas e reajustadas regularmente.

Na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) além de anunciar um reajuste de 11,11% nas tarifas dos ônibus municipais, que passou a vigorar no dia 5 de janeiro, disse também que o subsídio para o setor deve ficar em torno de R$ 600 milhões. No entanto, no orçamento municipal de 2011, os vereadores governistas autorizaram o Executivo a usar até R$ 743 milhões para bancar as despesas referentes às compensações tarifárias.

Mobilização

Gregori defende que a discussão que deve ser feita pela sociedade não é sobre se é justo ou não o aumento da tarifa. Segundo ele, deve-se discutir a questão da mobilidade urbana no país como um todo e o entendimento que se deve ter em relação ao transporte coletivo. “Enquanto o transporte coletivo for entendido como negócio e não como um direito, essa discussão, se a tarifa é justa ou não, não acabará nunca”, lamenta.

Além disso, o engenheiro aponta como forma de mobilização os protestos de rua, mas explica que a opção em se aplicar os reajustes nessa época do ano, em que grande parte da população está em período de férias, tem um caráter político, justamente porque espera-se pela desmobilização de setores importantes para a luta contra o aumento das passagens, como os estudantes. “A sociedade está mais desmobilizada, é o momento oportuno”, conta.

Desde que foram anunciados os aumentos nas tarifas dos ônibus protestos têm sido realizados em algumas cidades e espera-se que eles ganhem mais força com a volta às aulas, no próximo mês.

Em São Paulo (SP), na última quinta-feira (13), a polícia militar reprimiu duramente uma manifestação realizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), resultando em 30 militantes detidos e 10 feridos. O mesmo ocorreu em João Pessoa (PB), onde dois estudantes acabaram feridos no confronto com a PM. Protestos também têm sido realizados em Salvador (BA), pelo movimento chamado Revolta do Buzu 2011.

Na próxima quinta-feira (20), o MPL de São Paulo realizará mais uma manifestação. O ato contra o aumento das passagens será realizado na Praça do Ciclista, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Consolação, a partir das 17 hs.


Veja na tabela abaixo como ficarão os novos valores das passagens de ônibus:

Cidades com tarifas já reajustadas:

Soma da população afetada: 47. 755 milhões de pessoas, seguindo os dados do IBGE.

CIDADES

Tarifa antiga

Novo valor

Data do reajuste

BAHIA




Salvador

R$ 2,30

R$ 2,50

02/01/11

ESPÍRITO SANTO




Vitória

R$ 2,15

R$ 2,30

03/01/11

MINAS GERAIS




Belo Horizonte (tarifa predominante)

R$ 2,30

R$ 2,45

29/12/10

Poços de Caldas

R$ 2,00

R$ 2,30

15/12/10

PARAÍBA




João Pessoa

R$ 1,90

R$ 2,10

03/01/11

PERNAMBUCO




Recife (tarifa predominante)

R$ 1,85

R$ 2,00

09/01/11

RIO DE JANEIRO




Rio de Janeiro (ônibus intermunicipais)

R$ 2,35

R$ 2,50

02/01/11

RIO GRANDE DO SUL




Pelotas

R$ 2,20

R$ 2,35

12/12/10

Ijuí

R$ 1,90

R$ 2,10

09/01/11

Santa Maria

R$ 2,00

R$ 2,20

26/10/10

SANTA CATARINA




Joinville

R$ 2,30

R$ 2,55

(compra antecipada)

05/01/11


R$ 2,70

R$ 2,90

(compra embarcada)

05/01/11

SÃO PAULO




Campinas

R$ 2,60

R$ 2,85

16/01/11

São Paulo

R$ 2,70

R$ 3,00

05/01/11

Guarulhos

R$ 2,65

R$ 2,90

05/01/11

Santo André

R$ 2,65

R$ 2,90

03/01/11

São Caetano

R$ 2,30

R$ 2,75

01/01/11

Diadema

R$ 2,50

R$ 2,80

01/01/1


Cidades com previsão de reajuste

Soma da população afetada: 8.912 milhões de pessoas, seguindo os dados do IBGE.

CIDADES

Tarifa antiga

Novo valor

AMAZONAS



Manaus

R$ 2,25

A definir

PARANÁ



Curitiba

R$ 2,20

A definir

RIO GRANDE DO NORTE



Natal

R$ 2,00

R$ 2,30

RONDÔNIA



Porto Velho

R$ 2,30

R$ 2,60

SANTA CATARINA



Florianópolis

R$ 2,20 (cartão)

R$ 2,52 (cartão)


R$ 2,95 (dinheiro)

R$ 3,12 (dinheiro)

SERGIPE



Aracaju

R$ 2,10

R$ 2,45

Retirado de http://www.brasildefato.com.br/node/5492

2,55 é roubo! Vídeos do ato de terça-feira (11/01) contra o aumento da tarifa





Para ler o relato desta manifestação, basta clicar aqui.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Relato do ato na prefeitura (19/01/2011)


Sei que estamos nessa luta por um tempo indeterminado, que não vamos resolver esse problema nem hoje nem amanhã. Portanto, temos que aprender a manter a alegria, mesmo quando enfrentamos grandes dificuldades.(...) Quero continuar lutando.
Angela Davis


Comprovando a vontade de lutar pela revogação do aumento da passagem e por um transporte coletivo gratuito e de qualidade, cerca de 50 pessoas compareceram ao ato realizado na frente de Prefeitura. Munidos de faixas e de um megafone, os manifestantes reivindicaram o debate aberto sobre o transporte coletivo e se pronunciaram à população que estava dentro da prefeitura.

Mesmo de férias, o prefeito Carlito Merss esteve presente na manifestação, representado pelo seu sósia, que conversou com a população, dançou funk e pulou a catraca. Porém, nenhum de seus funcionários compareceu para participar. Alguns assistiram pela janela e outros ousaram aparecer na porta. Mas em nenhum momento foi expressada qualquer opinião por parte da Prefeitura.

Antes de saírem em caminhada pela avenida beira-rio, em direção à Praça da Bandeira, os manifestantes fizeram o tradicional pula catraca, ato que protesta contra a existência de catracas, maior símbolo das tarifas que tanto atrapalham a vida da população que utiliza transporte coletivo. Depois disso, todos saíram em caminhada pelas ruas, entoando gritos de protesto e mostrando faixas que continham o mesmo espírito.

Quando chegaram à Praça da Bandeira, todos se reuniram, conversaram e pularam mais uma vez a catraca já surrada. Para finalizar, deram as mãos para fazer uma ciranda em volta do monumento aos imigrantes, ao som da versão de Boi da cara preta.

Foi encaminhada uma reunião da Frente de Luta pelo Transporte Público, para o sábado (22), às 15h, no Centro de Direitos Humanos. Na reunião a Frente irá discutir seus próximos atos na luta contra a exploração do sistema de transporte coletivo da cidade.

Fonte: NoZarcao

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Manifestação quarta-feira! Participe e divulgue!

Divulgue para seus amigos, vizinhos e parentes; divulgue o cartaz nas redes sociais, no orkut, no twitter e nos blogs. Clique aqui e veja como ajudar.
Vamos lutar contra o aumento da tarifa e pela desmercantilização do transporte coletivo! Por um transporte fora da inciativa privada, fora do controle da Gidion/Transtusa, com participação popular e que seja encarado como direito e não como mercadoria.
Em frente à prefeitura municipal, às 10h, quarta-feira (19/01) - manifestação contra o aumento da tarifa.

Mais em: NoZarcao

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Atividades da Frente de Luta nos próximos dias

A Frente de Luta pelo Transporte Público estará realizando várias atividades pelos próximos dias a fim de continuar o debate por um transporte de fato público. Veja nosso calendário abaixo e ajude como puder!

Banquinha de informações e panfletagens na Praça Nereu Ramos:

Sexta-feira (14/01): a partir das 16h;

Sábado (15/01): início às 10h.

Segunda-feira (17/01): início às 18h.

Terça-feira (18/01): início às 18h.

Confecção de faixas e cartazes:

Domingo (16/01), às 14:30h na praça dos suíços Mesmo que chova, a atividade permanece, à diferença que será na cidadela cultural (em frente à praça). Quem tiver materiais – tintas, faixas, pincéis etc. – pode e deve levar.

Manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus:

Quarta-feira (19/01), às 10h, em frente da Prefeitura. Divulgue e participe!


Data e horário

Local

Atividade

Sexta-feira (14/01), a partir das 16h

Praça Nereu Ramos

Banquinha e panfletagem

Sábado (15/01), a partir das 10h

Praça Nereu Ramos

Banquinha e panfletagem

Domingo (16/01), 14:30h

Praça dos Suiços

Confecção de cartazes e faixas

Segunda-feira (17/01), 18h

Praça Nereu Ramos

Banquinha e panfletagem

Terça-Feira (18/01), 18h

Praça Nereu Ramos

Banquinha e panfletagem

Quarta-feira (19/01), 10h

Em frente à Prefeitura

Manifestação

Fonte: NoZarcao

Reunião de novos membros do MPL

Reunião para quem quiser conhecer e fazer parte do movimento. Participe!

Data: Sábado (15/01)
Horário: 15h
Local: Centro de Direitos Humanos (CDH)

O CDH fica na Rua Doutor Plácido Olímpio de Oliveira, 660, Bucarein.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Segundo ato contra o aumento reuniu 130 pessoas


Cerca de 130 pessoas se reuniram ontem (11/01) na Praça da Bandeira para se manifestar contra o aumento da tarifa de ônibus e por uma vida sem catracas.

Antes do ato foi realizada uma assembléia explicando os objetivos da manifestação e se abriu o megafone para quem quisesse falar. Várias pessoas manifestaram sua indignação em relação ao preço abusivo da tarifa do transporte e a falta de diálogo da prefeitura com a população.

A assembléia também decidiu a rota do ato: seguimos pela Princesa Isabel e viramos na rua do Príncipe até a Praça Nereu Ramos. A leve chuva que caiu no meio da manifestação não abalou o ânimo dos participantes.

No palco da praça Nereu Ramos foi feita uma assembléia final, na qual se debateu sobre a necessidade de superação do transporte e sua lógica mercadológica, tal como vigora hoje em Joinville com a exploração privada da Gidion/Transtusa. Além disso, foram decididos coletivamente os últimos encaminhamentos do ato. Ficou definido que hoje (12/01), às 18h, haverá uma reunião da Frente de Luta a fim de decidir as próximas ações. A reunião será no palco da Nereu Ramos e é aberta a todos.

No fim da manifestação, os participantes deixaram claro seu ânimo de prosseguir com a luta através do grito de guerra “Amanhã vai ser maior!”.

Fonte: NoZarcão

Mais fotos: http://picasaweb.google.com/femotta93/PasseLivre#

sábado, 8 de janeiro de 2011

Manifestação dia 11/01, terça-feira


Divulgue para seus amigos, vizinhos e parentes; divulgue o cartaz nas redes sociais, no orkut, no twitter e nos blogs.
Vamos lutar contra o aumento da tarifa e pela desmercantilização do transporte coletivo!

Praça da Bandeira, 11/01, terça-feira, às 18h - manifestação contra o aumento da tarifa.

Fonte:
NoZarcao

Vídeos da manisfestação contra o aumento da tarifa em 6 de janeiro








Repercussão nos jornais da cidade

A manifestação de quinta-feira foi notícia de alguns jornais da cidade. Dê uma olhada (clique sobre o nome para o link da matéria ser aberto):

A Notícia

Gazeta de Joinville

Notícias do Dia

Além de jornais locais, saiu uma reportagem nacional no Brasil de Fato mostrando os aumentos de tarifa por todo o país, o que demonstra que o problema de Joinville não é local e que a questão de fundo é o transporte ser considerado mercadoria, objeto de lucro de empresários, e não um serviço público de fato:

Brasil de Fato

Fonte: NoZarcao

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Primeira manifestação contra o aumento reuniu 170 pessoas



Em pleno seis de Janeiro, foi realizado o primeiro ato contra o aumento das tarifas, reunindo cerca de 170 pessoas na Praça da Bandeira. Após assembléia e do “Carlito” dançar o “Funk contra o aumento”, foi realizado uma passeata. Foram trancados ruas e cruzamento, fazendo assim com essas vozes fossem obrigadas a serem escutadas.

A prefeitura tentou, juntamente com as empresas de ônibus, desmobilizar a população de Joinville, arquitetando o aumento da tarifa de ônibus, para um período de festas (natal e ano novo) e de férias, para algumas pessoas. Esperando assim “abafar” esse aumento, numa atitude extremante antidemocrática.

Porém a população respondeu com gritos, nas ruas. Fazendo assim serem ouvidas, já que a prefeitura não abriu dialogo alguns com nenhum setor popular, apenas com os empresários de ônibus.

Assim foi lançada, nas ruas a campanha “R$2,30 JÁ É ROUBO”, pautando a revogação do preço da tarifa e a desmercantilização do transporte coletivo da cidade. Que o transporte passe de fato a ser público e não um objeto de negocio lucrativo para duas famílias.

Os manifestantes já declararam a data de uma nova manifestação: terça-feira, 11/01, às 18h na Praça da Bandeira.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Resposta a artigo de Moacir Bogo no A Notícia

Transporte público

Em artigo publicado ontem, Moacir Bogo busca debater movimentos que desejam um transporte coletivo de graça ou com preços menores. Mas prejudica de antemão o debate quando diz que esses movimentos são “compostos muitas vezes por pessoas que sequer utilizam o meio de locomoção”.

O Movimento Passe Livre (MPL) propõe transporte público, gratuito ao cidadão, mas financiado por impostos progressivos. Propomos uma intensa reforma tributária na qual os setores que se beneficiam com o transporte sejam responsáveis por seu financiamento. A indústria, o comércio e as instituições financeiras, que por meio do deslocamento de mão de obra, de consumidores e de clientes são os maiores beneficiários do transporte, são os setores que devem arcar com os custos. A partir disso, o transporte perderia seu caráter de negócio lucrativo e passaria a ser um direito.

Não se trata de algo irrealizável. Em Hasselt, na Bélgica, o modelo de tarifa zero funciona; em São Paulo, durante o governo de Luiza Erundina, funcionou durante certo tempo na comunidade Cidade Tiradentes, cuja população era de 200 mil pessoas. Bogo desconsidera que nos “custos” está embutido o lucro do empresário. Por isso, muda tudo a empresa ser privada ou uma empresa com controle público. O problema fundamental do transporte é ele servir à exploração privada. Ou o transporte é público ou será privado e excludente. O MPL se posiciona ao lado do cidadão.

Hernandez Vivan, militante do Movimento Passe Livre
Joinville



A carta, publicada no jornal A Notícia, foi em resposta ao artigo de Moacir Bogo, publicada na última quarta-feira:

Transporte público de graça

Transporte coletivo urbano de graça ou a preços baixos é o que almejam alguns movimentos, compostos muitas vezes por pessoas que sequer utilizam o meio de locomoção. Isto merece, a meu ver, duas análises.

O primeiro enfoque refere-se ao interesse do Estado em resolver o assunto. Nos anos 80, o governo brasileiro criou o Geipot (que elaborou a primeira planilha para cálculo da tarifa) e nos anos 90 estabeleceu normas técnicas para a fabricação dos veículos. A despeito de o Brasil ser o maior consumidor de ônibus do mundo, esta tendência foi interrompida e a tênue política de transporte que nascia foi abandonada e substituída por uma escorchante e crescente carga tributária.

Por não haver uma política de transporte público, vimos na última década o diesel subir três vezes mais que a gasolina, fazendo a tarifa duplicar de preço em 20 anos. Enquanto isso, motos e automóveis receberam reduções e isenções de impostos e taxas. Na Colômbia e no México, em média, o combustível custa a metade, os encargos sociais são um terço e a tarifa é 40% menor que a nossa.

O segundo aspecto é a questão da tarifa zero para estudantes e preços baixos para todos. Isso é o que pretendem os defensores da criação de uma empresa pública. Se existe um custo (provado por planilhas técnicas e peritagens judiciais), é natural que ele seja pago, quer pelo tomador do serviço (o usuário) ou subsidiado pelo poder público, mas tem que ser pago.

É de se perguntar se um município como Joinville poderia disponibilizar R$ 100 milhões por ano para dar transporte gratuito para todos. E sendo este o custo do serviço, pouco importa se ele é prestado por empresas concessionárias ou por uma companhia municipal. De qualquer forma, é dinheiro que teria de ser subtraído do orçamento para tal fim. Cidades de países desenvolvidos fazem isso. Com dinheiro no orçamento, instalam metrôs, VLTs, e ainda subsidiam dois terços da passagem.

Com essa ausência de política para o setor, ônibus de graça vai demorar. Então, parece mais lógico combater as causas do que os efeitos. Ou seja, unir forças para exigir uma redução da carga tributária e uma política para o transporte público.

Moacir Bogo, Diretor-geral da Gidion

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3165133.xml&template=4187.dwt&edition=16231&section=892


sábado, 1 de janeiro de 2011

Aumento da tarifa confirmado – ato contra o aumento no dia 6

O prefeito Carlito Merss assinou o aumento da tarifa de ônibus no último dia 29. A tarifa aumentou 10,87%, indo para R$2,55. A tarifa embarcada custará R$2,90. Esses valores passam a valer a partir de 5 de janeiro.

A Frente de Luta pelo Transporte Público convida todos para manifestação no dia 6 de janeiro, às 18h, na Praça da Bandeira, contra mais esse aumento absurdo. Convide seus amigos, vizinhos, conhecidos; divulgue o cartaz por orkut, twitter, blog, facebook. Em Florianópolis, em 2004 e 2005, a participação da população barrou o aumento da tarifa. Em Joinville também é possível!

R$2,30 já é roubo!


Fonte: NoZarcão