* Fotos/Vídeo: Marcus Carvalheiro
O Movimento Passe Livre realizou manifestação no dia 25 de outubro em comemoração ao dia 26, Dia Nacional de Luta pelo Transporte Publico. Em dezenas de cidades do país atos públicos foram convocados pelos respectivos MPL’s.
O Começo da Manifestação foi tumultuada, por uma ação arbitrária da Policia Militar, que resolveu abordar um manifestante e levá-lo junto ao carro da policia para uma "geral". Os demais manifestantes seguiram os policiais perguntando porque ele estava sendo autuado, perguntas ignoradas por eles. No final, "nada" foi encontrado com ele, e ele foi liberado. A "desculpa" da policia, foi uma denuncia anônima. Então, nos perguntamos: porque as justificativas não foram dadas ao abordar o manifestante? E, qual foi o critério de escolha daquele determinado manifestante, dentre tantas outras pessoas?
Com cerca de 200 pessoas e animados pelo grupo de maracatu, percorremos as ruas centrais da cidade até a PasseBus, empresa que exclusivamente vende os passes do sistema tarifário de ônibus. Lá realizamos algumas falas e um pula catraca simbólico.
Essa queima de catraca e trancamento das vias, não foi um ato impensado do movimento. Pelo contrário, faz parte do avançar da luta pelo transporte público. Na medida que o dito "poder público", ignora o movimento e os pedidos da população por melhorais no transporte coletivo, necessitamos avançar em nossos métodos de luta. Desde Julho, o MPL espera a resposta da reunião que teve com o Prefeito Udo Döhler. Nesse meio tempo a Câmara de Vereadores prometeu desenterrar todos os projetos sobre transporte em uma grande discussão pública. A hipocrisia teve vida limitada, no entanto. A amnésia das promessas da Câmara só foi superada pelo anúncio da renovação ilegal dos contratos ilegais da Gidion e Transtusa por parte da prefeitura. Devemos lembrar também da cobrança de posição do Conselho da Cidade, sobre a carta entregue ao prefeito, também esquecido por esse órgão burocrático.
Na reta final do ato fomos fazer o tradicional pula catraca, e instaurar com a força dos manifestantes, a Tarifa Zero naquela noite. Dentro do terminal incentivamos algumas pessoas a pular as catracas dando assim mais prejuízo para as empresas exploradoras Transtusa e Gidion.
Enxergamos essa manifestação como a continuidade legítima das jornadas de junho/julho. Mais: encaramos toda a luta por moradia, por educação, por saúde, por transporte público como continuidade de junho/julho. O povo brasileiro demonstrou sua disposição de luta, a qual vai se encerrar apenas com a vitória final sobre aqueles que nos exploraram por dezenas de anos. Até lá as ruas são nossa casa e nossa disposição infinita.
Rumo à Tarifa Zero,
Movimento Passe Livre Joinville, 29 de outubro de 2013.
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