O Movimento Passe Livre (MPL), vem se posicionar contra mais esse absurdo pedido de aumento na tarifa de ônibus. Pedido esse legitimado por uma perícia, feita no sistema. Perícia essa que fala que as passagens deveriam custar R$2,86. Engraçado notar que apesar da perícia as empreses pediram R$2,88, erro de digitação?, ou será que é o pedido de presente de natal para o papai Noel de Bogo e de Harger?
Vale a pena lembrar que essa perícia foi feita pelo mesmo Instituto que fez uma perícia no sistema de transporte coletivo de Blumenau, o que garantiu um aumento, que levou a tarifa de lá para R$2,57. Esse é o instituto que hoje é questionado por duas ações civis públicas no ministério público, por fraudes na planilha apresentada.
A prefeitura vem fazendo há dois anos o papel de João sem braço da história, ora diz que o problema é técnico, ora diz que o problema é político (e de político ele tem muito, por isso, não é prudente aumentar tarifa antes de eleições. Deixe que elas passem, daí não tem mais problema), e de fato não apresenta solução alguma para o problema e brinca de “esconde, esconde” e não abre o jogo para a população do que de fato saíra nas licitações. Não abre o hoje e vem para o debate franco de propostas concretas para o sistema, e enrola a população e os movimentos sociais da cidade.
Agora vem mais um pedido de aumento de presente de natal para todos os joinvillenses e a pergunta que não quer calar é: o que a prefeitura vai fazer?. Dizer: “Ai meu deus, é o sistema, são os números. Olhem só, não tem solução, vai ter que aumentar.”
O Movimento Passe Livre vem dizer que tem solução, o que falta é vontade. A prefeitura é tão culpada quanto as empresas, por vir legitimando essa lógica de transporte coletivo, que prioriza os lucros dos empresários, em degradação da mobilidade urbana da população da cidade. Prefeitura essa, que espera ganhar as eleições para somente depois pensar em soluções para o transporte. E resolve pensar essa solução sem escutar as pessoas da cidade, sem escutar os movimentos organizados, muito menos se esforçando para escutas as pessoas comuns, que mesmo desorganizadas, tem direitos. Direito esse de serem ouvidas, de pensarem a cidade e de ousarem reconstruí-la, de forma mais democrática e inclusiva. Esse é o direito que nós temos à cidade, e é disso que estamos falando, não de números e blá-blá-blás da politicagem. Mas sim de direitos e projetos de cidades, um projeto excludente e antidemocrático e outro includente e democrático.
2,30 já é roubo!
Movimento Passe Livre - Joinville.
2 comentários:
hora de pedir uma perícia também no salário mínimo pra ver se ele sobe proporcionalmente em relação ao valor da passagem.
De qualquer forma, a passagem vai aumentar. E a prefeitura vai adiar indefinidamente a licitação de transporte, prevista para 2011. Afinal, as permissionárias podem cobrar o que quiserem, já que não há opção alternativa. O povo joinvillense não dá a mínima, afinal de contas a maior parte já abandonou o transporte público e os que permanecem não reclamam ou são subsidiados por suas empresas (vale transporte), onde o valor varia conforme o salário e não com a tarifa. As empresas de Joinville, que pagam estas absurdas tarifas, incluindo aí a prefeitura com seus milhares de servidores, também não reclamam. Essa é nossa realidade. E se não houver um movimento popular, semelhante ao que ocorreu em outras cidades brasileiras, o aumento vai passar e acabou. O prefeito sabe que no fim do ano o aumento passa tranquilamente porque a população jacu está toda na Barra do Sul ou na Enseada.
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