Motivado por um artigo do Diário Catarinense, o blogueiro, radialista e presidente da Juventude Socialista do PDT, Robson Cunha, afirmou em seu blog hoje (24/06) que o Movimento Passe Livre sofre aparelhamento da corrente petista Esquerda Marxista.
Sobre isso, temos a esclarecer:
1) Somos um movimento nacional, sem filiação partidária ou ideológica, guiados por príncípios organizacionais (tirados em uma plenária no quinto Fórum Social Mundial, em 2005). Esses princípios estão disponíveis aqui.
2) Por diversas vezes, entidades ligadas à Esquerda Marxista estiveram conosco em manifestações contra o aumento de tarifas no transporte coletivo, por termos uma - e somente uma - pauta em comum, que é a questão do transporte coletivo de Joinville. Nesses casos, comumente criamos Frentes de Luta.
3) Tanto a Esquerda Marxista quanto nós defendemos modelos semelhantes de gestão do transporte, com a seguinte ressalva: Eles pretendem a estatização (como no caso da Cipla) e nós pretendemos a Municipalização (gestão total do sistema pela prefeitura).
4) Como se pode observar no panfleto contra a condenação de Adilson Mariano, nem nós nem o Centro de Mídia Independente assinamos o documento, não porque acreditemos que a condenação seja justa, mas sim, porque nossos coletivos não foram avisados previamente do evento e não tivemos tempo de reunir a todos para debater o apoio oficial.
5) Reitera-se que consideramos a condenação de Mariano injusta, imoral e ilegal.
6) Reitera-se que, em 2006, estivemos em uma caravana semelhante para acompanhar o julgamento do Sargento Amauri Soares, que estava sendo julgado por motivos semelhantes ao de Mariano. Soares hoje é deputado pelo PDT. Ninguém nunca nos acusou de sermos aparelhados pelo PDT.
Esperamos ter desfeito o mal-entendido
Cordialmente
Movimento Passe Livre
Coletivo Joinville
24/06/2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Nota de Esclarecimento
por Movimento Passe Livre às 11:53 1 comentários
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segunda-feira, 16 de junho de 2008
A cidade sem hibiscos
Felipe Silveira*
Faço a vida passar entre saltos e corridas na cidade. Não há tempo para parar. Às 7h45 o ônibus passa e devo correr para pegá-lo. Saco um livro da mala, à noite tem prova. O trabalho me pede compromisso e o banco me pede dinheiro, não posso esquecer de dar um pulo no caixa eletrônico. Do jornal leio a manchete e os subtítulos. É o tempo que tenho. Ainda assim vivo. Flertar, beber, comer e dançar é fundamental.
Quem me dera – numa dessas corridas – escorregar num hibisco em frente à Câmara ou à Prefeitura. Quem me dera esbarrar num vereador. Quem me dera ser seqüestrado por comunistas. Eu imploro: me cooptem para uma causa. Em vão, os vereadores estão escondidos em seus gabinetes, o prefeito se escondeu no do vice a as organizações de esquerda estão disputando cargos. Além do mais, mandaram tirar os hibiscos das calçadas.
Deve ser esse o truque do inimigo multifacetado (Estado, mídia, empresários). Fazer as pessoas correr cada vez mais rápido, com os olhos no chão. Prender rabos, equipar ONGs, boicotar a educação e comprar jornalistas. Fingir que um parque pode salvar a cidade. Organizações empresariais fortes, com voz e espaço dentro dos gabinetes também são importantes neste processo. Cobrar quando as pessoas querem usar as praças, além de tornar o espaço desconfortável, sem sombras nem água fresca é uma técnica que deu certo. Limparam as calçadas dos hibiscos. Nos tiraram o tempo para sonhar.
Eu não posso fazer nada para mudar isso. Nem você. Já eu e você, opa, pode ser. Com uns amigos, quem sabe? Não, não se anime. Eles são em maior número. E têm muito mais dinheiro. Mas é necessário saber: alguém quer nos ferrar. Eles fazem você correr e fingem que está tudo bem.
Portanto, pare e não evite conflitos. Plante um pé de hibisco na calçada e torça para alguém cair ao escorregar nas flores vermelhas que se soltam todos os dias. Não perca o hábito de acordar cedo e fofocar com a vizinha enquanto varre a calçada. Não agrade o cliente, agrade o amigo. Não puxe o saco do professor, mas diga à namorada que ela é linda. Persista num mundo coletivo. Isso não é a solução, mas um princípio para acreditar na democracia (escrevi tudo isso para chegar nisso).
Não vou dar nenhum conceito para democracia aqui. A TV me impediu de lidar bem com palavras abstratas. Mas sei que não se trata só de levantar a mão para que a vontade da maioria seja feita. Democracia é participação. É se apegar a uma Constituição construída a muitas mãos. Aliás, é isso: construir juntos. Escrevo só para questionar o possível leitor: estamos construindo um mundo melhor democraticamente ou estamos aceitando passivamente as vontades de sujeitos interessados em engordar suas contas ocultas nas Ilhas Virgens.
Escrevi a primeira parte deste texto para mostrar que não consigo agir como gostaria. E também porque acho que isso acontece com muitos de nós. De qualquer forma, gostaria que o leitor pensasse nisso. Não sejamos o homem em Isidora, uma das cidades invisíveis de Italo Calvino:
“As cidades e a memória – 2
O homem que cavalga longamente por terrenos selváticos sente o desejo de uma cidade. Finalmente, chega a Isidora, cidade onde os palácios têm escadas em caracol incrustadas de caracóis marinhos, onde se fabricam à perfeição binóculos e violinos, onde quando um estrangeiro está incerto entre duas mulheres sempre encontra uma terceira, onde as brigas de galo se degeneram em lutas sanguinosas entre os apostadores. Ele pensava em todas essas coisas quando desejava uma cidade. Isidora, portanto, é a cidade de seus sonhos: com uma diferença. A cidade sonhada o possuía jovem; em Isidora, chega em idade avançada. Na praça, há o murinho dos velhos que vêem a juventude passar; ele está sentado ao lado deles. Os desejos agora são recordações.”
Felipe Silveira é estudante de jornalismo e um dos organizadores do movimento contra o reajuste de 36% dos vereadores.
por Movimento Passe Livre às 10:29 0 comentários
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quarta-feira, 11 de junho de 2008
Estudantes protestam contra aumento de 36% dos vereadores
Estudantes do Ielusc, Univille e Udesc participaram de protesto contra aumento dos salários vereadores em Joinville. Veja as matérias
Estudantes fazem protesto sem fantasia em Câmara de Joinville (An.com.br)
Batman é barrado na Câmara (A Notícia)
Vereadores Ignoram protesto de estudantes (Revi/Ielusc)
Veja vídeo da manifestação (An.com.br)
por Movimento Passe Livre às 08:29 0 comentários
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segunda-feira, 9 de junho de 2008
"Batmans" vão invadir Câmara de Vereadores
Estudantes de Jornalismo do Ielusc e História da Univille estão planejando um protesto contra o aumento de 36% nos salários dos vereadores, AMANHÃ, ÀS 19 HORAS, na Câmara de Vereadores. A idéia é ir até o legislativo fantasiado de Batman ou outro super-herói. A idéia surgiu depois que um homem fantasiado do herói de quadrinhos entrou na Câmara, no dia da votação do aumento. Os vereadores vão ganhar, a partir do ano que vem, R$ 8,7 mil em vez dos atuais R$ 6,4 mil.
O Movimento Passe Livre apóia a iniciativa dos estudantes, e estará lá amanhã, para protestar junto com os estudantes. CONVIDAMOS todos/as a participar deste ato pelos nossos direitos.
Manifestação contra o aumento de 36% nos salários dos vereadores.
QUANDO: 10 de junho, TERÇA-FEIRA, às 19 horas
ONDE: NA CÂMARA DE VEREADORES
por Movimento Passe Livre às 21:30 0 comentários
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Uma leitura necessária
Por Maikon K.
Não tenho leitura profunda da obra do historiador Daniel Aarão Reis, somente li alguns artigos disponíveis na internet, assisti o documentário “Hércules
A proposta era simplesmente informar sobre a revista Fórum que publicou a entrevista do historiador Daniel Aarão Reis, mas com a leitura das observações críticas despertou uma reflexão sobre as minhas experiências nos últimos anos como estudante universitário.
“O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade” Zeca Afonso
A seguir a revista Fórum você encontrará:
Reis - Acertamos em cheio no programa de reivindicações concretas. Considerá-las a sério, conseqüentemente rompendo com as tradições esquerdistas e instrumentalizadoras que vinham do Partidão em relação às chamadas entidades de massa, os diretórios estudantis e as uniões estaduais e nacional dos estudantes. Estas tradições também impregnavam a AP e o PC do B e mesmo as Dissidências e até hoje, desgraçadamente, continuam muito presentes, contaminando o PSOL e o PSTU, entre outros.”
por Movimento Passe Livre às 11:01 0 comentários
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