segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Matéria do CMI sobre 26 de outubro em Joinville

As atividades do 26 de outubro em Joinville iniciaram-se ainda pela manhã, quando alguns militantes do movimento passaram pelo Colégio Estadual Jorge Lacerda. Cerca de 40 estudantes pularam os muros do colégio e juntaram-se aos militantes do MPL, seguindo em passeata até o centro, panfletando e divulgando o ato que ocorreria às 18h.

Pelas 17h, poucos/as manifestantes encontravam-se presentes na Praça da Bandeira, entretanto, já era notada a presença de uma viatura policial, aguardando o início da manifestação. Aos poucos os manifestantes iam chegando ao local, porém, numa proporção menor que iam chegando policiais.

Pelas 18:20h inicia-se o ato, coincidindo com a vinda da não desejada chuva, que felizmente por não se extender não dificultou a queima da catraca e as passeatas em torno das ruas próximas ao terminal central.

Cerca de 50 manifestantes chamaram a atenção dos/as usuários/as do terminal com batucação em latas de tinta e um criativo ônibus de papelão, com as escritas “Gidion” e “Transtusa” (empresas de transporte coletivo da cidade) riscadas.
O movimento falou, utilizando o megafone, sobre o sentido do 26 de outubro, sobre a situação drástica do transporte coletivo na cidade e no país, e porquê estavam ali na praça. Com a manifestação aproximando-se das catracas do terminal, surge o rotineiro conflito com os policiais, que alegavam o impedimento da passagem de pedestres para dentro do mesmo. Como o intuito era evitar conflitos diretos, a recomendação foi seguida, e as/os manifestantes afastaram-se alguns passos das catracas de entrada.

Pelas 19:40h, em assembléia os/as manifestantes decidiram seguir em passeata pelas ruas Dona Francisca, Do Príncipe e 9 de Março. Voltando ao terminal central, com o cessar da chuva, o ato mais esperado do dia ocorreu: a queima da catraca. Formou-se uma roda de ciranda em torno da catraca em chamas, com alguns militantes pulando por cima da mesma. Os policiais não interviram em nenhum momento da ação, o que não era tido como certeza que ocorreria.

O MPL-Joinville mostrou à cidade que continua vivo e persistente, na tentativa de tornar o transporte público acessível à todos/as, na guerra por uma vida sem catracas.

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