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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Debate com Eloisa Samy + MPL-Jlle + PinteLute + CDH

Ontem, dia 21 de outubro, na semana do Dia Nacional pela Tarifa Zero, as organizações que compõem a campanha Protesto Não É Crime! promoveram o debate com Eloisa Samy, advogada que foi presa e pediu asilo político ao Uruguai em julho em decorrência de criminalização de manifestações contra a Copa, juntamente com membros do MPL-Jlle, do coletivo de muralismo PinteLute e do Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz.

O auditório do Ielusc recebeu cerca de 70 pessoas para acompanhar os relatos des palestrantes, que enveredaram sobre as atuações dos movimentos sociais e do Estado, que nega à democracia quando criminaliza as pessoas que lutam por direitos.

Foto: Júlia Vieira.


No entanto, a presença física de Eloisa foi comprometida devido a uma ordem judicial que a impede de transitar para fora do estado do RJ. E, mesmo solicitando para uma breve visita a Joinville para a palestra, o juiz responsável pela ação, postergou até o último instante para indeferir o pedido, impedindo assim, o trânsito de Eloisa. Inclusive em ações assim, a mão do Estado busca impedir a organização das entidades de luta.

Não obstante, a mesa contou sim com a participação de Eloisa através de videoconferência, onde relatou suas experiências das lutas no Rio de Janeiro, e respondeu a perguntas da plateia.

Foto: Pedro Bergamaschi

Ao término, houve a panfletagem da cartilha da campanha, chamando para o Ato Nacional pela Tarifa Zero, em consonância com a semana nacional de luta pela TZ, que mobilizará outros coletivos do MPL pelo país.

A manifestação será na sexta-feira, dia 24, com início às 18h, na Praça da Bandeira.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Nota sobre a manifestação nacional pela tarifa zero, no 25 de outubro

* Fotos/Vídeo: Marcus Carvalheiro

O Movimento Passe Livre realizou manifestação no dia 25 de outubro em comemoração ao dia 26, Dia Nacional de Luta pelo Transporte Publico. Em dezenas de cidades do país atos públicos foram convocados pelos respectivos MPL’s. 

O Começo da Manifestação foi tumultuada, por uma ação arbitrária da Policia Militar, que resolveu abordar um manifestante e levá-lo junto ao carro da policia para uma "geral". Os demais manifestantes seguiram os policiais perguntando porque ele estava sendo autuado, perguntas ignoradas por eles. No final, "nada" foi encontrado com ele, e ele foi liberado. A "desculpa" da policia, foi uma denuncia anônima. Então, nos perguntamos: porque as justificativas não foram dadas ao abordar o manifestante? E, qual foi o critério de escolha daquele determinado manifestante, dentre tantas outras pessoas?



Com cerca de 200 pessoas e animados pelo grupo de maracatu, percorremos as ruas centrais da cidade até a PasseBus, empresa que exclusivamente vende os passes do sistema tarifário de ônibus. Lá realizamos algumas falas e um pula catraca simbólico.


Depois levamos a catraca até um cruzamento, demonstrando nossa indignação colocamos fogo nela trancando assim as vias e irritando diversos motoristas,sendo que alguns tentaram passar pelas laterais mas foram impedidos pelo movimento enquanto a nossa catraca se transformava em cinzas atrás de nós.



Essa queima de catraca e trancamento das vias, não foi um ato impensado do movimento. Pelo contrário, faz parte do avançar da luta pelo transporte público. Na medida que o dito "poder público", ignora o movimento e os pedidos da população por melhorais no transporte coletivo, necessitamos avançar em nossos métodos de luta. Desde Julho, o MPL espera a resposta da reunião que teve com o Prefeito Udo Döhler. Nesse meio tempo a Câmara de Vereadores prometeu desenterrar todos os projetos sobre transporte em uma grande discussão pública. A hipocrisia teve vida limitada, no entanto. A amnésia das promessas da Câmara só foi superada pelo anúncio da renovação ilegal dos contratos ilegais da Gidion e Transtusa por parte da prefeitura. Devemos lembrar também da cobrança de posição do Conselho da Cidade, sobre a carta entregue ao prefeito, também esquecido por esse órgão burocrático.


Na reta final do ato fomos fazer o tradicional pula catraca, e instaurar com a força dos manifestantes, a Tarifa Zero naquela noite. Dentro do terminal incentivamos algumas pessoas a pular as catracas dando assim mais prejuízo para as empresas exploradoras Transtusa e Gidion.




A manifestação de hoje apenas demonstrou a impaciência daqueles que precisam tomar as ruas para serem ouvidos. Estamos esgotados de transporte podre, privado, caro e de qualidade baixa. Não temos mais boa vontade com a mentira cotidianamente repetida pelos gestores do capitalismo local. As ruas são nossas, o transporte é nosso, a catraca, cedo ou tarde, será extinta. 

Enxergamos essa manifestação como a continuidade legítima das jornadas de junho/julho. Mais: encaramos toda a luta por moradia, por educação, por saúde, por transporte público como continuidade de junho/julho. O povo brasileiro demonstrou sua disposição de luta, a qual vai se encerrar apenas com a vitória final sobre aqueles que nos exploraram por dezenas de anos. Até lá as ruas são nossa casa e nossa disposição infinita.



Rumo à Tarifa Zero,
Movimento Passe Livre Joinville, 29 de outubro de 2013.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ATO PELA TARIFA ZERO 25 OUTUBRO 18H30