O gráfico mostra a evolução do
aumento da tarifa de ônibus de 1996 até o inicio de 2015.
No gráfico vemos que a tarifa de
ônibus teve um aumento muito superior ao da inflação. Enquanto a inflação no
período foi de 231%, a tarifa aumentou 442%, portanto a tarifa aumentou quase o
dobro da inflação.
As empresas Gidion e Transtusa sempre
utilizam da justificativa de aumentar a tarifa devido à inflação. No entanto, se
a tarifa seguisse de fato a inflação seu preço estaria em torno de R$1,99.
Conforme o IBGE, cerca de 37 milhões
de pessoas são excluídas do transporte coletivo por não poderem pagar o total
da tarifa no mês. Isso significa que o direito à cidade, ao lazer, à saúde, à
educação, etc são vedados a milhares de pessoas.
Neste início ano o Movimento Passe
Livre de Joinville e de outras cidades, fizeram diversas manifestações em suas
respectivas cidades com o intuito de barrar o aumento. Aqui em Joinville o
prefeito, o qual assina a autorização para o aumento da tarifa, demonstrou não
ter nenhuma consideração ou resposta para a população que foi às ruas para
barrar o aumento, nos meios de comunicação a prefeitura apenas dizia que não
tem nada a declarar. Mostrando que
administra de forma autoritária, sem nenhuma consideração com xs trabalhadorxs
e estudantes que sofrem com o aumento da passagem.
O MPL não lança mão apenas de dados,
apontamos também a causa do problema do transporte: o transporte esta sob poder
da iniciativa privada, ser um objeto de lucro, um meio de enriquecimento de
meia-dúzia de empresários e empobrecimento do grosso da população. É por isso que além de qualquer debate sobre uma
tarifa maior ou menor, justa ou injusta, propomos a revisão completa do atual
modelo tarifário e de gestão do transporte – por um transporte fora da iniciativa
privada, público e com participação popular através de conselho de usuários.
O índice utilizado para se medir a inflação é o INPC, que segundo o site do IPEA acompanha a evolução dos preços de “9 grupos: 1. Alimentação e bebidas; 2. Habitação; 3. Artigos de residência; 4. Vestuário; 5. Transportes; 6. Saúde e cuidados pessoais; 7. Despesas pessoais; 8. Educação, leitura e papelaria; 9. Comunicação”.
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