terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ato pela Semana Nacional de Luta pela Tarifa Zero e Reunião de Novos Membros

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca
Com a defesa de liberdade, direitos humanos e de Tarifa Zero para toda a população que o MPL-Jlle pautou sua manifestação da Semana Nacional de Luta pela Tarifa Zero, realizada neste ano na data de 24 de outubro.

Integrada à Campanha Protesto Não É Crime!, a manifestação contou com apoio e participação de outras entidades de lutas sociais, cujo intuito, demonstrado nas falas, faixas e ações, foi de denunciar a perversa criminalização dos movimentos sociais, notoriamente ocorrida há mais de década, mas que se acirrou em Joinville desde agosto do ano passado. Com 24 processos sobre cinco militantes, o direito de manifestação é ameaçado pelas grandes empresas detentoras do monopólio do transporte urbano e pela ação criminosa dos comandos e subalternos da PM, que - vale rememorar - emboscaram, espancaram, torturaram, ameaçaram de morte e prenderam estes mesmos militantes.

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca

Assim, o ato se reuniu na Praça da Bandeira, local histórico de reunião do MPL-Jlle em suas lutas, e contou com participação de cerca de 100 pessoas, e foi acompanhada de perto desde cedo por grande contingente policial.

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca
Mas, como se a brutalidade policial e sua onerosa movimentação através da cidade não fosse suficiente, o comando da PM resolveu abarcar a manifestação com fiscais da Transtusa, policiais à paisana e outros ligados à inteligência da corporação, cuja tarefa foi registrar os manifestantes, seus rostos e ações. Bom, quem sabe assim, pelo menos eles não cometam novamente o erro crasso de, como no ano passado, de confundir um acordo mútuo entre manifestantes e os mesmos fiscais da Transtusa, feito no terminal de ônibus sobre o transporte de uma bicicleta e o roubo de uma, que foi a desculpa utilizada para emboscar o ônibus, e prender os manifestantes.

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca

Acompanhades pelo grupo de maracatu, as/os manifestantes prosseguiram pelas ruas do centro da cidade, tomando pontos políticos importantes, como cruzamentos movimentados, e lá realizando suas falas, cujo intuito era de fortalecer o direito à voz e à manifestação.

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca
Houve, ainda, em frente à Passebus, empresa cujo presidente é o filho do dono da Gidion, e que monopoliza a bilhetagem eletrônica na cidade, o movimento proferiu falas de denúncia à empresa e promoveu um "Pula-Catraca!" simbólico.









Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca

Em seu trajeto a manifestação passou defronte à Sociedade Harmonia Lyra, clube elitizado de "divulgação" da "cultura" joinvilense, como seus donos e a grande mídia insistem em afirmar, o MPL-Jlle confeccionou uma dobradiça, no valor de R$ 300, em alusão a um dos processos mobilizados contra um manifestante, que se refere ao episódio de 14 de agosto de 2013, onde, em um conselho dito popular e democrático, a entrada da população foi proibida.

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca
Finalmente, a manifestação prosseguiu em direção ao Terminal Central, onde um catracaço foi promovido, e centenas de pessoas - estudantes, trabalhadoras e trabalhadores - economizaram R$ 3, e isso inclui transeuntes que chegavam ao terminal para se locomoverem pela cidade e que não haviam participado da manifestação. A reação delas, claro, foi de supresa, felicidade e empatia por economizarem um passe, de seu tão suado dinheiro.

Fotos: Renan Bejarano e Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca
E, com propósitos de continuidade de luta, o MPL-Jlle chama a todas as pessoas interessadas em participar, conhecer, auxiliar, divulgar e debater sobre Tarifa Zero a participarem da Reunião de Novos Membros, a ser realizada neste sábado, dia 1º de novembro, às 16h, no Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz, que fica na Rua Dr. Plácido Olímpio de Oliveira, 660.

Intervenção sobre imagem. Foto: Marcus Carvalheiro / Coletivo Metranca

E, somando aos registros, há também o vídeo produzido pelo Coletivo Metranca sobre a manifestação:


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