O prefeito Marco Tebaldi, através de seu posto de presidente do conselho deliberativo do Joinville Esporte Clube, decidiu pela convocação de um plebiscito cujo motivo é a destituição da atual diretoria, tendo em vista os últimos acontecidos da semana que passou (Guerra declarada, AN de 23/05). Ao ter uma proposta, para usar um eufemismo, “ruim” rechaçada, o prefeito, em nome da garantia de sua influência, convoca um plebiscito para que todos os associados de Joinville possam decidir os rumos do Clube, em uma manobra de discutível legitimidade jurídica e democrática. Engraçado – ou melhor: farsesco, porque se trata de uma trama cujo humor é do mais canhestro.
Os fatos, amplamente sabidos e divulgados pelos jornais, no entanto, perdem de vista algo importante e que deve ser rememorado. Ano passado, quando do aumento das passagens de ônibus em Joinville, dentre as duas reivindicações dos manifestantes uma delas era a convocação de um plebiscito para que as pessoas pudessem decidir (postagem em 18/07/2007 no barraroaumento.blogspot.com). Nesse caso, sobre a presença da iniciativa privada no transporte coletivo. Na ocasião, os que lutavam por transporte público compreendiam que a iniciativa privada, com a anuência do poder público, explorava o transporte coletivo em um processo pouco transparente – 30 anos sem licitação, no mínimo – e que, portanto, cabia à prefeitura chamar por esse plebiscito para que a democracia superasse seu estado embrionário, de dois em dois anos, e se aplicasse verdadeiramente à vida das pessoas no que tange aos assuntos importantes do município. À época, a novidade consistia em ampliar o espaço político – ao mesmo tempo que oxigenava bandeiras históricas da luta por transporte em Joinville –, buscando criar uma nova forma de gestão, mais próxima da autogestão, e, ao mesmo tempo, questionar o primado do privado – a tarifa sendo paga para enriquecer duas famílias – sobre o público – o enorme contingente de pessoas que não possuem o direito à mobilidade urbana em razão do preço abusivo da tarifa.
Não fomos atendidos. O diagnóstico sobre o transporte, todavia, continua o mesmo, exceto ao que se refere ao tempo de exploração sem licitação – agora, no mínimo, 31 anos.
A diferença entre os dois episódios é que o atual clama por um plebiscito para legitimar uma dominação; o outro, buscava o plebiscito para contestar a exploração privada no transporte coletivo.
Tebaldi, segundo a edição de 24 de maio do AN, diz que destituir a atual diretoria é “mais uma questão moral do que legal”. Cabe a pergunta: porque determinados assuntos mexem mais com a consciência moral do prefeito do que outros? Sem meias palavras: plebiscito no JEC e não no modelo de gestão transporte, porquê?
por Hernandez Vivan Eichenberger
1 comentários:
o jec não vai mais disputar a
serie C
a vaga não,pode ser comprada
bem feito ,principalmente pra união tricolor ,que sempre louvou
o TEBALDÂO=arena joinville
torcidinha,sem posicionamento ,é só receber uma esmola ,que fica babando o ovo,
poderia seguir o exemplo de torcidas politicas,que alem de torcer pelo time,estão ligadas a movimentos sociais
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