Por Vinícius Rodrigues Vieira
Reproduzido de: Jornal Destak
Pesquisa Ibope com paulistanos que usam carro regularmente também revela que 41% admitem fazer rodízio dois dias por semana; 84% rejeitam o pedágio urbano.
Pesquisa do Ibope mostra que 41% dos paulistanos maiores de 16 anos apóiam a adoção do rodízio de dois dias. Nesse sistema, cada veículo teria sua circulação proibida nos horários de pico em dois dias da semana.
No entanto, a CET descarta a medida, por considerar que ela teria pouco impacto no trânsito da cidade. Hoje, a restrição atinge os carros apenas uma vez a cada sete dias.O levantamento, divulgado ontem e encomendado pelo movimento Nossa São Paulo é Outra Cidade, ouviu 805 moradores entre 26 de setembro e 1º de outubro e incluiu outras perguntas sobre transporte na capital. Apenas uma minoria (13%) concorda com a adoção de outra medida polêmica: a criação de pedágio para acessar áreas do centro expandido.
Dependência
Dos entrevistados, 42% disseram ter carro. No total, 22% declararam fazer uso regular do veículo. Na zona oeste, essa proporção chega a 32%, a mais alta da cidade.Em relação à população total com mais de 16 anos, a estimativa é de que 1,7 milhão de pessoas usem carros, como motorista ou carona, constantemente. Dessas, pelo menos 1,2 milhão estão dispostas a mudar de meio de transporte, se houver mais trajetos de ônibus e linhas de trem e metrô.
Adesão ao Dia Sem Carro foi de apenas 1,6%
Ainda de acordo com a pesquisa do Ibope, apenas 27 mil usuários regulares de carro e que precisavam se deslocar no Dia Mundial Sem Carro, realizado em 22 de setembro, optaram por outros meios de transporte na data. Isso equivale a 1,6% dos 1,7 milhão de paulistanos que usam sempre os automóveis.“Se o objetivo era fazer que São Paulo tivesse menos carros, [o Dia Sem Carro] foi um grande fracasso”, afirma Oded Grajew, coordenador do movimento Nossa São Paulo, o maior entusiasta do evento. No entanto, ressalta ele, a meta era conscientizar a população sobre o uso excessivo do automóvel. Segundo o Ibope, cerca de 4 milhões de paulistanos souberam da data.
Ciclofaixas
Ainda ontem, o movimento divulgou um manifesto em que pede que, aos domingos, as bibliotecas públicas fiquem abertas e que sejam reservadas, nas vias movimentadas da cidade, faixas exclusivas para os ciclistas.
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