quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CALHEV promove evento

O MPL vai participar da semana de História e do evento organizado pelo CALHEV, confira a programação e participe:

O “Centro Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi” durante a Semana de História – 31 de agosto ao dia 04 de setembro – elaborou um evento paralelo, onde os temas e os/as convidados/as estão diretamente ligados/as aos interesses da entidade estudantil.

"Grupos Sociais Urbanos... Lutas, transformações e Representações”

PROGRAMAÇÃO

31 de agosto
Exibição de Curtas
17:30 horas

01 de setembro
“O movimento Feminista e a luta pela igualdade de Gênero”
Exibição do Documentário “Quem são Elas? – Débora Diniz”
GEPAF- Grupo de Estudos e Políticas e Práticas Feminista
17:30 horas

02 de setembro
O movimento Passe -Livre e o Transporte Coletivo em Joinville
Exibição do Curta “A Revolta da Catraca – MPL Florianópolis”
17:30 horas


03 de setembro
Retóricas do Abandono: Apropriações do Patrimônio
Cultural na cidade contemporânea
Prof. MSc. Fernando Cesar Sossai
Prof. MSc. Diego Finder Machado
17:30 horas

04 de setembro
“As ocupações urbanas em Joinville: um olhar para a comunidade do Juquiá”
Exibição do Curta “Ocupação do Juquiá: uma História de Luta””
17:30 horas


Exposição Itinerante
Movimentos Sociais e Representações Estudantis: História e Luta.


Encerramento
Festa da “DiverCidade”

mais em: www.calhev.blogspot.com

O Local será no Anfiteatro do lado da Biblioteca.
Campus da Univille do Bom Retiro.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Nota sobre o Conselho “da Cidade”

A conferência extraordinária convocada para hoje (6) pela Prefeitura Municipal tem como objetivo eleger o Conselho da Cidade, nas palavras do atual prefeito Carlito Mers* o conselho eleito “terá a missão de contribuir, de forma participativa e democrática, para construção de uma cidade socialmente justa e territorialmente inclusiva, diminuindo progressivamente as desigualdades ainda existentes de nossas cidades.” Seria louvável se não fosse apenas falácia.

Há varias formas de dominar, de limitar a participação popular e de esconder o caráter antidemocrático de um regime burguês, os menos espertos tratam logo de aplicar medidas autoritárias para coagir e onerar a população, não menos pior é a prática de governos que buscam cooptar setores da sociedade civil para legitimar uma prática política que – até pode se diferenciar na sua forma, mais branda –, mas não muda em nada a sua natureza, a de antipovo, antidemocrática, e de não mudança na cidade que continua a atender aos interesses de uma minoria.

O que vemos em Joinville, com a forma que vem se configurando a conferência e o conselho da cidade, é o exemplo da forma “esperta” de governar, não é preciso esperar dar errado para constatarmos que esse conselho já nasce com sérios problemas, seja pela maneira que foi convocado e divulgado – razão pela qual já está sofrendo uma ação no Ministério Público –, e mais ainda, pelos critérios adotados para participação como delegado. Reivindica ser um meio de inclusão democrática, mas não passa de mais um braço burocrático da prefeitura, agora, para legitimar de forma cautelosa suas futuras ações.

Um dos critérios para participar da conferência e ter um representante da sociedade civil no conselho é participar de uma entidade com CNPJ regular, por si só, esse critério exclui grande parte da população que sofre com as desigualdades da cidade: setores informais, comunidades de bairro inteiras que não tem associação de moradores e, principalmente, movimentos sociais. O Movimento Passe Livre, que discute e luta por um transporte público de verdade há cinco anos em Joinville, é o exemplo que mais sofre com esse funil antidemocrático adotado pela prefeitura.

Por ser Movimento Social, e não uma ONG ou qualquer outro tipo de entidade, não temos CNPJ, o conselho que tem uma câmara para discutir Mobilidade Urbana, dessa maneira, exclui o único movimento social da cidade e quem mais tem acúmulo para discutir transporte e mobilidade urbana em Joinville.

Vale lembrar que esse não é o primeiro golpe que o MPL sofre pela atual gestão, no início desse ano já fomos atendidos pela prefeitura, onde foi prometido que não haveria aumento da tarifa de ônibus, em outra oportunidade, em meio às ocupações da Câmara de Vereadores e da Prefeitura, foi prometido ao movimento um canal de diálogo nos garantido o protagonismo na discussão e elaboração de um novo modelo de transporte, que atenda aos interesses da população, de caráter democrático e acessível, e não uma fonte de riqueza para duas famílias da cidade.

O atual governo certamente é mais esperto, é diferente da gestão Tebaldi, mas apenas faz por meios diferentes para atender aos mesmos interesses de sempre – da minoria que domina a cidade, o transporte é o maior exemplo disso. Quremos não só voz, mas ação e espaço, para toda a população que não está inclusa na lista de entidades com CNPJ ativo, ou essa conferência muda os critérios para escolha de delegados, e apesar das limitações busque dar espaço a população e suas organizações, ou pelo menos tenha vergonha na cara e largue mão de reivindicar-se como democrática e assuma seu caráter elitista perpetuador das desigualdades da cidade.

Movimento Passe Livre Joinville

06 de Agosto de 2009

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* Artigo publicado no Jornal Notícias do Dia – 03/08/2009 (segunda-feira)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Moção de apoio ao MPL do Centro Acadêmico Livre de Historia Eunaldo Verdi

CALHEV – Centro Acadêmico Livre de Historia Eunaldo Verdi, vem a publico manifestar-se a favor das ocupações realizadas na Câmara de Vereadores e na Frente da Prefeitura nos dias 16 e 17 de junho de 2009, pelo Movimento Passe Livre (MPL), onde lá estavam estudantes e trabalhadores a reivindicar a revogação da tarifa de transporte coletivo, cujo aumento foi de 12,2%. Desde então o MPL junto a outras pessoas e entidades foi às ruas protestar, reivindicar, chamar a atenção da comunidade joivillense para o descaso com o atual “transporte publico”.


Contra as empresas Gidion e Transtusa que possuem o monopólio do mesmo e nada até o momento foi feito pelas autoridades para desfazer essa situação. Do Prefeito Carlito Merss que havia assumido um compromisso público com a Frente de Luta pelo Transporte Público, onde antes de conceder esse aumento abusivo iria ser realizada uma audiência pública para explicar a planilha de custos das empresas, que nunca até então foi feita. Os vereadores ditos representantes do povo, infelizmente no dia 16 de junho se mostraram favoráveis a elite do transporte, votando contra a revogação do aumento e arquivando o processo, sem argumentos plausíveis e objetivos, demonstraram assim a incompetência que existe neste setor público.

Em um ato de protesto contra essa ação dos vereadores, que se acumulou a todo o resto, os estudantes manifestaram-se interrompendo a seção que já estava a terminar e foram recebidos com violência por assessores da câmara dos vereadores. Após represálias, os estudantes e trabalhadores ocuparam até as 00h40min a Câmara de vereadores escoltados pela polícia, que pôde atestar a pacificidade das manifestações; neste horário a “Justiça” se fez presente e “trabalhou” rápido emitindo um Mandato de Reapropriação de Posse: ou seja, pessoas foram impossibilitadas de permanecer em um local público, mesmo sem oferecer risco nenhum a ela. Quando era para essa mesma “Justiça” intervir no aumento, nada foi feito. A solução encontrada foi acampar em frente à prefeitura, atividade realizada por cerca de vinte pessoas.

Com o intuito que o prefeito recebe o MPL, se permaneceu ali até meio-dia do dia seguinte, quando foram recebidos pelo Presidente do IPPUJ, e foram firmados ganhos plausíveis e possíveis para a comunidade joinvillense nessa reunião. Na luta por uma vida sem catracas, será realizado um fórum aberto a toda a população para se discutir um planejamento do transporte público; a não criminalização do movimento, haja vista que é um movimento de luta pacifico, que busca defender os interesses das maiorias que utilizam o transporte coletivo diariamente; e se abriu um diálogo pela efetivação de um transporte público de verdade.

O CALHEV apóia as manifestações e ocupações que ocorreram e manifesta-se contrário as reportagens que circularam na mídia, chamando os manifestantes de baderneiros, e denegrindo a imagem de luta do MPL. Joinville, 07 de julho de 2009.