domingo, 13 de janeiro de 2008

Um retrato da exclusão social

Morador do Paranaguamirim não registrou a filha porque não tinha dinheiro para o passe

Reportagem deste fim de semana do jornal Notícias do Dia mostra um retrato da exclusão social em Joinville. Um pedreiro, morador do Paranaguamirim, não registrou a filha recém-nascida porque não tem dinheiro para pegar ônibus. No total, ele gastaria R$ 4,05 para conseguir o documento, já que a certidão de nascimento é gratuita. De acordo com a reportagem, 150 crianças passam pela mesma situação no bairro.

Os registros de nascimento geralmente são feitos na hora, após o parto. Entretanto, os cartórios não funcionam nos feriados e fins de semana. Ou seja, as famílias carentes que moram mais afastadas do centro acabam ficando sem ter como registrá-las, caso o filho ou filha nasça em um feriado ou fim de semana.

A família ainda tem mais quatro crianças - três sem registro. A falta da certidão impede que essas crianças possam dar entrada em hospitais ou sejam matriculadas na escola. Ou seja: a tarifa de um serviço que deveria ser público e universal (transporte) está impedindo que as famílias pobres tenham acesso aos serviços que de fato são públicos e universais (saúde e educação).

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