segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Dia Sem Carro 2007 em São Paulo - o que a grande (?) mídia não mostrou

Cerca de trezentas pessoas lideradas pelo espírito de alegria e resgate do espaço público participaram da Bicicletada do Dia Sem Carro no último sábado (22).


Usuários de bicicleta, patins, skate e patinetes ocuparam a Avenida Paulista para celebrar as cidades humanas e a convivência entre as pessoas. As atividades na Praça do Ciclista começaram de manhã, com um mutirão de limpeza do espaço e prática meditação. Vozes múltiplas tiveram espaço na Massa Crítica. São muitas as reivindicações de quem usa transporte a propulsão humana em São Paulo. Todos têm poder e cada um tem muito o que dizer.

A Bicicletada é um espaço horizontal, sem líderes, sem heróis nem fronteiras. Um exercício de democracia que acontece no espaço público das cidades.

Veja Matéria Completa no blogue Apocalipse Motorizado

Os paradigmas, os transportes urbanos e a Tarifa Zero

Por Lúcio Gregori
Reproduzido do saite Desacato

Os paradigmas são , em geral de difícil mudança. Na Ciência em que pese essa dificuldade, existe todo o aparato da demonstração matemática e empírica que garante a mudança. Mesmo assim, são clássicos os exemplos de Copérnico, Galileu e outros, vítimas à sua época de preconceitos, chistes e mesmo condenação moral ou religiosa.Quem hoje teria condições de defender o geocentrismo ou a invariância do tempo?

Como disse Eric Hobsbaun, historiador com seu humor tipicamente inglês em um dos livros mais recentes: A humanidade é muito conservadora. Afinal o que restou de concreto da sanguinária Revolução Francesa não foram propriamente a liberdade, a igualdade e a fraternidade, mas... a adoção no ocidente do sistema métrico decimal!

Da Revolução russa de 1917, não o comunismo mas...a adoção pelos russos, do calendário Gregoriano ao invés do Juliano!

Eu acrescentaria sendo apenas irreverente e parafraseando Shakespeare; muito barulho por quase nada!

Que dizer então dos paradigmas sócio-econômicos? São de mudança muito mais difícil. Não digo a mudança geral da sociedade mas de pequenas mudanças , digamos, setoriais.

É assim com os transporte urbanos.O paradigma existente diz que o transporte urbano é serviço público, mas é tarifado.De todos os serviços públicos municipais, o único que é pago no ato de sua utilização é o serviço de transportes urbanos.

De resto, uma contradição: se o serviço é público, não pode ser pago quando de seu uso. Ele é privado para aqueles que fazem tal pagamento!

A ninguém, pelo menos por enquanto, passa pela cabeça pagar matrícula e mensalidade na escola pública ou pagar procedimentos médicos ambulatoriais ou cirúrgicos nos serviços públicos de saúde, ou mesmo pagar a coleta de lixo no ato de sua utilização.

A ninguém também, infelizmente, passa pela cabeça andar de ônibus sem nada pagar quando de sua utilização!

É o paradigma existente e para sua defesa não faltarão os argumentos da indivisibilidade de alguns serviços públicos, a distinção entre serviço público ou de utilidade pública e assim por diante.Em palavras simples, não faltarão argumentos pseudo objetivos para justificar tal contradição.São pura enrolação.
A Tarifa Zero é o nome que teve um projeto do governo de Luiza Erundina em 1991.

Propunha a criação de um fundo de transportes, que receberia todo o mês 25% das receitas da prefeitura e assim pagava o serviço de ônibus urbanos da cidade de São Paulo. Os usuários nada pagariam quando da utilização dos ônibus.

Para a constituição de tal fundo, foi necessário propor uma reforma tributária.Esta teve como fundamentos dois princípios:

- Os maiores beneficiários dos transportes urbanos, são as empresas que através desse serviço, tem garantida a presença dos trabalhadores nos locais de emprego, e, pois, ao contrário do sentimento já introjetado no raciocínio, dos subalternos, de que os grandes beneficiários do transportes são eles e que portanto devem pagar por isso, conforme o paradigma vigente.

- A reforma deveria ter como eixo o entendimento de que, quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos e quem não tem não paga.Era uma reforma para implantação de impostos fortemente progressivos e não regressivos, como em geral no Brasil.

Não era possível estabelecer uma taxa transportes, maneira mais direta de contemplar recursos para o fundo, pois a criação de impostos ou taxas é iniciativa exclusiva do parlamento nacional.

Os impostos que sofreram alterações mais radicais , seguindo os princípios acima , foram o IPTU e ISS.
A reação ao projeto foi típica da reação a alterações de paradigmas.
De um lado os interesses econômicos, que nunca estão dispostos a pagar o preço que lhes é devido na sociedade, sobretudo em relação aos serviços públicos.

De outro lado, as classes médias ditas cultas, as associações de classes a
elas estreitamente ligadas e a mídia .
Em todos os casos a estratégia era a de desqualificação do projeto.
“Os ônibus serão invadidos por vagabundos e bêbados que não têm o que fazer“. “Haverá depredações pois não se dá valor ao que não se paga”.
“Pobres inquilinos que terão de arcar com um altíssimo IPTU”.
“Haverá um aumento geral dos preços pois o aumento de impostos serão repassados aos mesmos”.

O trabalhador não precisa de ônibus de graça mas sim de ganhar um salário que lhe permita ter um transporte de boa qualidade, foi o que disse à época Luís Inácio Lula da Silva.
No governo e no PT, então partido da prefeita, a quantidade de reações contrárias foi enorme. Poucos secretários e membros da cúpula do governo abraçaram o projeto.

Especialistas em transportes e urbanismo viram diversos fantasmas na proposta, desde sua inviabilidade técnica ( o que é uma bobagem), até a idéia de que isso subverteria o uso do solo, estimulando o periferização da cidade, dada a gratuidade dos deslocamentos, etc...etc...

O que se pode dizer que a tarifa zero, ” muda tudo”, e é essa sua intenção.
Com ela , finalmente se poderá ter a garantia do ir e vir da Constituição Federal.
Com ela, finalmente, se terá, para os subalternos a liberdade de deslocamento, hoje privativo dos que tem automóvel e renda para usá-lo sem limites. Não é por outra razão que o automóvel tem o apelo quase mítico em possuí-lo.
Com ela, se pode propor uma reforma tributária municipal “p’ra valer”.

Impossível falar sobre todos os aspectos e contradições evidenciados pela tarifa zero em um simples texto.

Além do potencial de revolucionar os transportes urbanos e assim a mobilidade de todos os moradores das cidades, ela tem um conteúdo de entendimento político que permite perceber com uma clareza impressionante, as verdadeiras travas, sejam políticas, econômicas, ideológicas, comportamentais, de valores introjetados etc... que impedem qualquer transformação mais profunda na sociedade brasileira.

No livro “Um governo de esquerda para todos”, Paul Singer, secretário de planejamento da prefeitura à época e um dos poucos secretários que defenderam ardorosamente o projeto, o leitor interessado poderá achar informações detalhadas sobre o projeto.

Em tempo. O projeto de 1991 não foi votado pela Câmara de Vereadores.
Pesquisa de opinião feita pelo Instituto Toledo deu como resultado que cerca de 70% dos entrevistados tinham entendido o significado da proposta enquanto reforma tributária e conseqüente gratuidade dos ônibus e aprovavam o projeto.

Nem tudo está perdido.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

22 de setembro: Dia Mundial Sem Carro

Sábado, 22 de setembro, será o Dia Mundial Sem Carro: uma jornada de reflexão sobre o uso do automóvel particular e ação por cidades mais humanas.

Em mais de 1500 cidades ao redor do planeta, pessoas, organizações, poder público e empresas se mobilizam para criar alternativas à destruição urbana e humana causada pela máquina de quatro rodas.

Em São Paulo, a semana será intensa. Na quinta-feira (20) ocorrerá um desafio intermodal, uma competição no horário de pico entre diferentes meios de transporte ( veja o relato do desafio no ano passado ).

Na sexta-feira (21) está programado uma limpeza na praça do ciclista, dentre outras atividades preparatórias para o dia seguinte. No sábado (22), acontece mais uma Bicicletada do Dia Sem Carro, com atividades lúdico-educativas durante todo o dia na Praça do Ciclista e uma massa crítica saindo às 15h.

Além das atividades organizadas pela Bicicletada, uma série de eventos e atividades estão sendo programados pela Prefeitura e pelo Movimento Nossa São Paulo.

Mais informações: Apocalipse Motorizado | bicicletada.org | World Car Free

Programação em São Paulo

Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/09/394736.shtml

Dia mundial sem carros - 22 de setembro



Dia 22 de setembro é o dia de desmilitarizar as ruas, de abrir os vidros escuros, de sair de trás das grades do condomínio fechado, de sair de dentro das bolhas móveis e conectar-se com a realidade.

Violência gera violência.

Comportamentos individualistas geram a desagregação do tecido urbano, medo e mais violência.

Uma flor aos que estimulam a guerra.

Uma música para quem só ouve motores e buzinas.

Uma poesia para quem só vê televisão.

Uma bicicleta, dois pés ou um Bilhete Único aos dependentes do automóvel.

Não queremos destruir os carros, só queremos que eles não destruam a humanidade.

Fonte: www.apocalipsemotorizado.blogspot.com

Você está gostando das manifestações para barrar o aumento nas tarifas?

O Blogue do Movimento Passe Livre perguntou aos leitores: Você está gostando das manifestações para barrar o aumento nas tarifas? No total, 12 pessoas responderam a enquete.
Veja os resultados:

Sim, são bastante criativas - 12% (dois votos)

Sim, mas precisamos chamar mais gente - 66% (oito votos)

Mais ou menos
- 0% (nenhum voto)

Não
- 12% (dois votos)

Quer opinar mais sobre as manifestações? Deixe um comentário para nós, ou, se preferir, mande um e-mail para mpl.jlle@gmail.com

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Até Tebaldi entra na dança

Protesto no 7 de Setembro lembra R$ 35 mil que, segundo o MP, prefeito recebeu como propina

Ao ritmo do “Funk do Tebaldi”, manifestantes encerraram o desfile cívico de 7 de Setembro mostrando, de forma irreverente, insatisfação com as políticas públicas e com os governantes do município.

Mas o ponto principal ficou por conta dos protestos contra os atos de corrupção, denunciados pelo Ministério Público, contra o tucano Marco Tebaldi. O prefeito, que não compareceu no desfile, foi representado por um jovem que vestia uma máscara com seu rosto e ficava, entre os presentes, ostentando seu “Checão” e conversando com quem assistia ao desfile: “Olha só o que fiz. Passei a perna em vocês com o meu cheque e ainda, de quebra aprovei o aumento da passagem e continuo intocável. Se falarem, procuro uma desculpa que vocês vão engolir”, brincava o personagem que, acompanhado de Gebaili – outro manifestante fantasiado, parou em frente ao palanque de autoridades e apresentou a coreografia, muito bem ensaiada, ao som do funk.

O ato foi organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) juntamente com outras entidades que participam do Comitê de Defesa do Serviço Público, como grêmios estudantis, associações de moradores, centros acadêmicos entre outros. A principal bandeira do movimento é o transporte coletivo na cidade, mas acredita que essa causa não está desassociada de outras lutas históricas como contra a injustiça e a corrupção e a dignidade no setor público. Um dos representantes do movimento afirma: “A administração municipal passa por cima dos interesses da população e age sem ouvir as entidades e organizações populares. Nossa principal campanha é o ‘Nenhum centavo a mais’ contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, pois acreditamos ser inconstitucional e que a população não foi ouvida nesta decisão”, afirma o estudante.

O MPL em Joinville surgiu em 2005, inspirados nas ações do movimento contra o aumento de tarifas de Florianópolis. Desde então, o coletivo vem marcando presença nos desfiles de carnaval e de 7 de Setembro na cidade, além de promover ações, debates, mostra de vídeos e outras atividades visando à conscientização e à formação política da população. “Nosso movimento é baseado em quatro princípios básicos: independência, apartidarismo, horizontalidade e decisões por consenso. Os participantes são, na maioria, estudantes de ensino médio e superior, público e privado, mostrando ser um movimento plural e diversificado”, diz um dos represen

O Grito dos Excluídos

QO bloco estava na programação do desfile dentro do bloco Grito dos Excluídos, com manifestações que aconteceram durante o Dia da Independência em todo o país.
Realizado pela primeira vez em 1995, o Grito dos Excluídos tem como objetivo apontar e lutar contra a corrupção e a exclusão social, além de manifestar o descontentamento com os políticos e a forma como vem sendo tratadas as denúncias na política brasileira.
A manifestação deste ano teve como tema as privatizações de setores públicos como água e energia. Trazendo palavras de ordem como: “Só comemora independência com justiça social” ou “Água e energia não são mercadoria”, o protesto reuniu cerca de 212 mil pessoas em todo país, segundo os organizadores do evento.

Fonte: http://www.gazetadejoinville.com.br/geral_156-2.html

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Passe Livre protesta no 7 de setembro

Pelo terceiro ano seguido, o Movimento Passe Livre participou do desfile de 7 de setembro, dia da indepêndencia do Brasil. Com o apoio da organização Grito dos Excluídos, o Passe Livre protestou para barrar o aumento nas tarifas de ônibus, que aumentaram de R$ 1,95 e R$ 2,40 para R$ 2,05 e R$ 2,50, no último dia 26. Este ano, o MPL promoveu a maior manifestação já vista em um 7 de setembro na cidade. Também estiveram presentes as entidades do Comitê em Defesa dos Serviços Públicos (CDSP), funcionários daFundição Tupy e alguns membros de partidos políticos.

O Passe Livre fez o diferencial no desfile por conta das ações lúdicas. Uma delas foi a nossa versão de Tebaldi dançando o Funk do Passe Livre. De improviso, rolou até coreografia. A bateria do movimento também engrossou os gritos de guerra. O Passe Livre foi aplaudido com gosto na frente da escadaria do Centreventos Cau Hansen. No palanque, quando o cortejo passou, a organização do evento ligou o som no máximo, tocando músicas americanas no dia da indepêndencia do Brasil.


A maior prova do sucesso das ações no 7 de setembro foi a ausência do prefeito Marco Tebaldi (PSDB) e do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). O 7 de setembro é especial para o Passe Livre pois foi a primeira intervenção feita pelo movimento em Joinville. Em 2005, Tebaldi e LHS fizeram aquela famosa "cara de bunda" quando o cortejo passou embaixo de seus narizes. Em 2006, eles foram mais precavidos: saíram do palanque quando nos aproximamos. Este ano, entretanto, Tebaldi e LHS nem apareceram no desfile. No lugar deles, o vice-prefeito, Rodrigo Bornholdt (PDT) e o deputado estadual Darci de Matos (DEM). Ambos estão querendo aparecer em todas, com vistas na eleição do ano que vem.

Material relacionado:

Vale o Grito Fotos do 7 de setembro 1 Fotos do 7 de setembro 2 Vídeo 1 Vídeo 2
Vídeo 3 Vídeo 4 Vídeo 5 Vídeo 6 Vídeo 7 Vídeo 8 Vídeo 9

Seguranças protestam contra pagamento

O terminal central de ônibus de Joinville foi palco de novo protesto ontem à noite. Desta vez sem a participação do Movimento Passe Livre (MPL). Cerca de 20 dos 67 profissionais contratados para fazer a segurança nos dias de manifestação reclamam que não receberam o valor combinado com a empresa contratada pelas empresas de ônibus, a Seg Segurança.
O segurança Ivonei da Silveira conta que foram recrutados pela prestadora através de um sargento da Polícia Militar que prometeu pagar aos trabalhadores R$ 80,00 nos dois períodos - ou seja R$ 40,00 por turno - mas ao receberam o valor, uma surpresa: o contrante quis pagar R$ 50,00.
“Alguns dos seguranças aceitaram o dinheiro e foram embora, nós não”, esbravejou Silveira. Eles prometem engrossar o novo protesto do MPL programado para hoje, às 18 horas, na praça da Bandeira.

Fonte: Notícias do Dia

Sexta-feira "quente" para barrar o aumento

Tebaldi dança funk do passe livre
Tebaldi dançando o Funk do passe livre

Cerca de 100 estudantes e membros do Comitê em Defesa dos Serviços Públicos (CDSP) fizeram o terceiro dia de protestos para barrar o aumento nas tarifas de ônibus em Joinville. As passagens foram reajustadas à zero hora de domingo, de R$ 1,95 para R$ 2,05 e de R$ 2,40 para R$ 2,50.

A manifestação foi bem humorada, com a presença do “prefeito” Marco Antônio Tebaldi. Como não podia deixar de ser, Tebaldi fez uma bela interpretação do Funk do Pase Livre. Afinal, estamos na cidade da dança ou não estamos?

Além do funk, que animou o protesto, três membros do Movimento Passe Livre (MPL) chamaram a atenção para a prática de cuspir fogo (pirofagia). Depois do susto inicial, tudo correu bem e o fogo ajudou a chamar a atenção para a causa do alto preço da tarifa.

frente ao terminal

Hoje (segunda-feira) haverá mais um protesto em frente ao terminal. Será a primeira atividade após o aumento já ter sido realizado.

Em dez anos, a inflação acumulada no Brasil foi de 88%, enquanto o aumento tarifário de Joinville foi de 173%, ou seja, quase o dobro da inflação. Nesses mesmos 10 anos, a Gidion e Transtusa perderam 30% de seus passageiros, e, se continuar assim, brevemente entrarão em um colapso econômico. O Movimento Passe Livre propõe a reforma do sistema de transporte no Brasil, com a municipalização/estatização do sistema urbano de transporte e a retirada da iniciativa privada do ramo.

Veja fotos da manifestação de sexta-feira

Fotos 1
Fotos 2

Passagem mais cara de Santa Catarina

Transporte coletivo
buzeira.jpg
Passagem mais cara de SC

Prefeito reajusta a tarifa de ônibus em 10 centavos, não atende empresários e desagrada usuários

Marco Aurélio Braga

O prefeito Marco Tebaldi reajustou em R$ 0,10 a tarifa do transporte coletivo urbano, decisão que desagradou aos usuários e não atendeu ao pedido das empresas – Gidion e Transtusa –, que queriam aumento para R$ 2,18. Os novos preços entram em vigor à meia-noite de domingo, 26 de agosto. A passagem comprada antecipadamente subirá de R$ 1,95 para R$ 2,05. A embarcada (quando o usuário compra o bilhete ao entrar no ônibus) e o serviço Pega Fácil passam de R$ 2,40 para R$ 2,50. Com isso, Joinville torna-se a cidade catarinense com a passagem de ônibus mais cara do Estado.

Dia 26
Os novos preços, R$ 2,05 (passagem antecipada) e R$ 2,40 (embarcada), devem entrar em vigor no domingo
Às 10 horas de ontem, em seu gabinete, Tebaldi se reuniu com 68 representantes de associações de moradores de Joinville. Liderados pelo Conselho das Associações dos Moradores de Joinville (Comam), o grupo ouviu os argumentos do prefeito e concordou com o reajuste de 4,65%. “Houve uma votação aberta sobre o aumento. A decisão foi unânime”, diz o coordenador do Comam, Reinaldo Gonçalves.
A estratégia de Tebaldi era dividir a responsabilidade com setores da sociedade. O prefeito argumenta que o reajuste médio de 4,65% é inferior aos 4,9% da inflação no período de 18 meses. Este prazo de um ano e seis meses é em relação ao último reajuste, que ocorreu em fevereiro de 2006. As duas empresas concessionárias têm uma frota de 263 veículos que transportam em média 200 mil usuários por dia.
A Gidion e a Transtusa haviam apresentado, em junho deste ano, proposta de reajuste de 11,97%, com base nos aumentos no custo do transporte. Com isso, o valor da passagem antecipada subiria para R$ 2,18; e a embarcada passaria para R$ 2,73. A Prefeitura preferiu não aceitar o cálculo da planilha e optou pelo reajuste conforme a inflação do período. As empresas informaram, por meio de suas assessorias, que só se manifestarão depois da assinatura do decreto, na próxima semana.
Até as associações de moradores que concordaram com o reajuste fizeram exigências, como melhorias de linhas, maior número de abrigos, pavimentação de vias e mais pontos de vendas de passagens. Também arrancaram do prefeito a garantia de que não haverá mais nenhum aumento até o final do mandato.
O Movimento Passe Livre promete ir às ruas na próxima semana. Sandovan Vivan Eichenberger, um dos integrantes do movimento, avisa que na próxima terça-feira haverá uma grande manifestação contra o reajuste. “Não vamos aceitar este aumento, que é antidemocrático e ditatorial”, protesta.
Moacir Nazário, secretário-geral da Federação das Associações de Moradores de Joinville (Famjo), diz que é difícil aceitar um aumento, mesmo que de R$ 0,10. A Famjo não foi convidada para participar da reunião com o prefeito. Os líderes da federação já haviam se manifestado contra qualquer reajuste.

marco.braga@an.com.br

Arquivo de 17 de agosto de 2007

Atualização da Tarifa o caralho!

O prefeito Marco Tebaldi (PSDB) autorizou o aumento nas tarifas de ônibus de Joinville nesta quinta-feira, 16 de agosto. O aumento comela a valer em um domingo, dia 26, passando a tarifa para R$ 2,05 antecipada e R$ 2,50 embarcada/Pega Fácil.

O Movimento Passe Livre (MPL) organizará manifestações de rua para barrar o aumento das tarifas no transporte coletivo de Joinville, junto às organizações que compõe o comitê em defesa dos serviços públicos (CDSP). Continuaremos com a campanha Nenhum Centavo a Mais!, até o fim.

A Comam foi utilizada para dar uma “legitimidade popular” ao aumento, que não existe. Das 68 associações de moradores que eles dizem representar, a grande maioria é presidida por pessoas que trabalham no gabinete do prefeito e até são filiadas a mesma sigla de Tebaldi, como é o caso do presidente da Comam, exonerado por causa dos outdoors sobre aborto.

Tebaldi quer passar a imagem de que agiu de forma democrática, enquanto ele está usando as associações de moradores como marionetes. Um aumento de tarifa não pode ser jamais democrático enquanto for permitido por decreto, sob a vontade ou não do prefeito em exercício.

As manifestações para barrar o aumento vão ocorrer a partir da próxima semana, antes do aumento da passagem, e, se necessário, após o aumento também. Fiquem ligados no blog do MPL para mais informações.


Movimento Passe Livre
Reclame os ônibus! O transporte coletivo é seu

Prefeito autoriza aumento da passagem

Prefeito deu a canetada e aprovou decreto aumentando tarifa em R$ 0,10

Atualização da tarifa do ônibus é de R$ 0,10
Informativo da prefeitura de Joinville

Um ano e meio depois do último reajuste, ocorrido em 26 de fevereiro de 2006, a nova tarifa do transporte coletivo urbano de Joinville entrará em vigor a partir da zero hora de domingo, 26 de agosto, com uma atualização nominal de R$ 0,10. A passagem comprada entecipadamente subirá de R$ 1,95 para R$ 2,05 e a passagem embarcada e do serviço Pega Fácil, de R$ 2,40 para R$ 2,50.

Uma explanação sobre a atualização da tarifa foi feita na manhã desta quinta-feira (16) pelo prefeito Marco Tebaldi na sala de reuniões do Gabinete a representantes de 68 associações de moradores que integram o Conselho Municipal de Associações de Moradores (Comam). “Foi uma maneira de compartilharmos a decisão e ouvir esse importante segmento da comunidade, apesar da decisão ser exclusivamente minha”, explicou o prefeito.

O prefeito explicou que, em valores percentuais, o reajuste médio será de 4,65%, contra 4,9% da inflação do período de 18 meses. O pedido das empresas era de elevar o preço da passagem comprada antecipadamente de R$ 1,95 para R$ 2,18. Nesse processo de atualização, a Prefeitura não aceitou o pedido das empresas de fazer o cálculo por planilha, optando pela atualização da inflação.

Os presidentes das 68 associações elogiaram a iniciativa do prefeito em ouvir suas opiniões sobre a decisão e, em votação simbólica, aprovaram a reposição da inflação. Entre as diversas considerações das entidades foram registrados pedidos de melhorias em linhas, maior número de abrigos, pavimentação de vias por onde passam os ônibus e mais pontos de vendas de passagens.

O prefeito Marco Tebaldi disse que a atualização a ser concedida agora irá vigorar por pelo menos até o término de seu mandato no final de 2008, portanto não haverá novas tarifas até o próximo ano.

MPL participa de curso em Florianópolis

O Movimento Passe Livre Joinville (MPL) participou do curso “Como Funciona a Sociedade”, em Florianópolis, que pretendia debater o contexto atual da sociedade e ajudar na formação dos movimentos sociais. O curso foi ministrado pelo grupo 13 de Maio, um coletivo que a mais de duas décadas vem formando a esquerda brasileira.

Além do MPL Joinville, participaram professores e professoras, enfermeiras/os, policiais militares, além de um bombeiro de Joinville. A organização do curso ficou por conta do Sindicato dos trabalhadores da Saúde (SindSaúde), educação (Sinte), Sindicato dos trabalhadores da Saúde e Previdência (Sindprevs), a Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) e o mandato do Deputado Estadual Amauri Soares (PDT).

De acordo com os membros do MPL que participaram do curso, o encontro também serviu para o estreitamento das relações entre o MPL e os outros movimentos sociais. O evento ocorreu nos dias 10 e 11 de agosto.


A Suécia - país do norte da Europa - também conta com um “Movimento Passe Livre”. A capital do país, Estocolmo, tem uma forte penetração do movimento Planka Nu. Lá, é comum a prática do “planking” (no bom português, “pular a catraca”). São um movimento organizado em cinco cidades do país, com propostas de Tarifa zero nos transportes públicos. É a Tarifa Zero ganhando contornos mundiais. Até as logos são parecidas (ver abaixo).







Mais informações em www.planka.nu (em sueco, mas há uma versão disponível em inglês).

Tebaldi revela "aumento tem que ser no fim do ano"

Prefeito Marco Tebaldi Revela sua estratégia para aumentar as tarifas de ônibus em Joinville! Veja no vídeo
http://br.youtube.com/watch?v=yVRGU5LsC2U

Ao som dos gritos dos manifestantes (”Eu quero ação, não quero enrolação”, “vem pra luta vem contra o aumento”), o prefeito Tebaldi revela suas verdadeiras posições - e falta de conhecimento total - sobre a questão do transporte e do aumento da passagem de ônibus.

Pérolas do vídeo:

1.
Financiamento do Passe Livre: o prefeito revela um desconhecimento profundo sobre através de que meios seria financiado o passe livre estudantil. Evidentemente, não será do custo da tarifa, como ele pensa ou quer pensar. O passe livre será financiado por impostos progressivos, pagos pelas parcelas mais ricas da população. Bons exemplos: taxação extra de IPTU em mansões de luxo, bancos, IPVA sobre carros e outras fontes, como estacionamentos e publicidades de ônibus.

2. Queda do número de passageiros: o prefeito julga que a queda no número de passageiros seja por conta dos cidadãos estarem comprando motos e carros à entrada de 1 real (!). Na realidade, segundo o site do IBGE, 39 milhões de pessoas (a população da Argentina inteira ou 72 vezes a população de Joinville multiplicada) são excluídas do transporte coletivo por não poderem pagar. Não acreditamos que todas essas pessoas estejam comprando carros e motos à entrada de 1 real.

3. Aumentos em períodos oportunos: o prefeito Tebaldi tem apenas um “argumento” quando interrogado sobre os aumentos em períodos oportunos (viagens oficiais, férias, carnaval): “Que bobagem, não é assim (…) não tem nada a ver”. Em 2003 aumentou a passagem e foi para a Europa. Em 2004 aumentou em 31 dezembro; em 2006 aumentou no feriado de carnaval; e em 2007 aumentou a taxa de água no período de férias. Sr. Prefeito, como “não tem nada a ver”? A população tem memória.

Notas do AN 03/08

Transporte coletivo
No projeto sobre mobilidade urbana enviado ontem pelo presidente Lula ao Congresso Nacional, está previsto que toda concessão de transporte coletivo terá de passar por licitação. Quem não realizar a concorrência não terá direito a recursos a ser enviados pela União. Além disso, os reajustes das tarifas deverão ser concedidos com base nos índices da inflação e não conforme as planilhas das empresas.

Sem licitação
Em Joinville, nunca foi realizada uma licitação para o transporte coletivo. Quem está no setor foi tendo as concessões renovadas sucessivamente. A atual, renovada em 1998, vence no dia 21 de dezembro de 2013. Os reajustes das tarifas são concedidos conforme as planilhas, como ocorre em todo o País. O projeto do governo federal, para entrar em vigor, precisa ser aprovado pelo Congresso. Como isso leva tempo, é possível que só entre vigor quando a atual concessão de Joinville estiver muito próxima de vencer. E até lá, nada muda.

Confronto

O Movimento Passe Livre (MPL) está indignado com o Coman, o Conselho das Associações de Moradores. O Coman distribuiu panfletos elogiando o fato de a Prefeitura de Joinville não ter autorizado o aumento do ônibus, segundo o movimento, o conselho seria favorável ao reajuste de 6% (metade do percentual pretendido pelas empresas). O MPL não quer um centavo de aumento. Para o movimento, a Prefeitura vai aumentar a passagem somente no final do ano, no período de férias escolares, para evitar manifestações.

Vídeo - Um encontro que discutiu o aumento de ônibus foi parar na internet.

Fonte: http://www.an.com.br/colunistas/2007/ago/03/0jef.jsp

MPL participa de manifestação para barrar o aumento

Mais uma manifestação para barrar o aumento nas tarifas foi realizada em Joinville, na terça-feira, 17 de julho. Cerca de 150 pessoas participaram do protesto, organizado pelo Comitê em Defesa dos Serviços Públicos (CDSP). Os participantes denunciaram o pedido de aumento das empresas a.Gidion e Transtusa. Elas desejam um reajuste de 11,97%, o que elevaria a passagem de R$ 1,95 (antecipada) e R$ 2,40 (embarcada) para R$ 2,18 e R$ 2,73, respectivamente. Guiados sob a campanha chamada Nenhum centavo a mais!, os manifestantes exigem congelamento nas tarifas e um plebiscito sobre a permanência ou não da iniciativa privada no transporte coletivo.

A cidade tem um triste histórico em relação aos aumentos na passagem de ônibus. Caso esse aumento aconteça, será a quarta vez em que a população é deixada à margem das decisões políticas sobre transporte. A manifestação seguiu em passeata pelas principais ruas da cidade ao som dos gritos de guerra e do funk para barrar o aumento. “Tebaldi / sai daqui com o seu busão / vamos mudar o transporte/ com a mobilização” e “Não sou baderneiro, só não quero que roubem meu dinheiro”.

No final da manifestação, na Praça da Bandeira, os participantes confirmaram sua disposição e ânimo para continuar os protestos. A próxima manifestação está prevista para depois do dia 31, quando o prefeito Marco Tebaldi voltará de viagem da China. O aumento das tarifas depende exclusivamente do prefeito. O aumento é concedido por decreto.

Nenhum Centavo a Mais! é a campanha que vem sendo desenvolvida pelo CDSP, a qual tem por objetivo impedir qualquer aumento, seja “grande” ou “pequeno”. Não há mais sentido em aumentar as passagens antes de se buscar uma verdadeira solução para a crise do transporte em Joinville.

Plebiscito é a outra reivindicação que vem sendo debatida pelo CDSP. Ele é única ferramenta política que permitirá a população de Joinville escolher se deseja a continuidade da gestão privada do transporte - de acordo com a idéia de lucro e da exclusão social (quem tem dinheiro anda de ônibus, quem não tem anda à pé). A outra alternativa é a muncipalização do serviço, tornando-o público de verdade. O plebiscito acontecerá por voto direto de todos os joinvilenses. É a grande oportunidade das pessoas tomarem decisões políticas sem o intermédio dos políticos.

Arquivo de 20 de julho de 2007

Nenhum centavo a mais!

O Movimento Passe Livre inicia hoje (29/06) a campanha para barrar o aumento nas passagens de ônibus. As empresas Gidion e Transtusa anunciaram o pedido de aumento de 11,97%. Isso vai deixar a tarifa antecipada em R$ 2,18 e a embarcada em R$ 2,73.

Não podemos mais pagar esses abusos! Vamos nos manifestar!
Fique ligado no blog do MPL para mais informações sobre o aumento!
Divulguem essa notícia, precisamos de apoio para BARRAR O AUMENTO

Usuário dizem não

Usuários dizem não
Prefeitura de Joinville analisa aumento de 11,97% solicitado pelas empresas

O pedido de reajuste para as passagens dos ônibus urbanos em Joinville desagradou quem depende deste serviço. É o caso da pensionista Celita da Rocha, 61 anos, que utiliza o transporte coletivo diariamente. “A gente gasta quase todo o salário em transporte. E o resto como que fica?”, indaga. Ela vive com a pensão de R$ 380,00 por mês, que teve reajuste de 8,57% este ano. Por isso, não considera justo pagar um percentual maior do que este que recebeu.
Como utiliza ônibus pelo menos cinco vezes por semana, Celita gasta no mínimo R$ 78,00 por mês (somando passagem de ida e volta), o que representa um quinto da sua renda mensal. Se a passagem for reajustada para R$ 2,18, as despesas com ônibus irão comprometer quase um quarto da receita dela.
E ai da pensionista se não comprar o passe antecipadamente. O novo valor pedido para a passagem embarcada é de R$ 2,73, o que a obrigaria a desembolsar mensalmente R$ 109,20 com transporte.
As empresas que têm a concessão do transporte coletivo em Joinville, a Transtusa e a Gidion, entregaram na sexta-feira à Prefeitura uma solicitação de reajuste de 11,97%.
A notícia do possível aumento desagradou também a dona de casa Maide Braz, 39 anos. “É muito ruim. Mesmo para quem não utiliza o ônibus todo o dia.” O valor quebrado – R$ 2,18 e R$ 2,73 – também provocou reações. “Fica difícil para dar troco. Tem que baixar esse valor ou deixar como está. O nosso salário não aumentou tanto assim. A única coisa que facilita é a linha integrada”, acrescenta a diarista Elizabete de Jesus, 47 anos. A massoterapeuta Maria Izabel Porto, 46 anos, também demonstrou insatisfação. “A gente gasta o dinheiro em passagem e vai comer o quê? O povo tem de se unir e se manifestar contra.”
O gerente de transportes e vias públicas da Prefeitura, Ruben Neermann, diz que as concessionárias não apresentaram o pedido de um valor novo, mas uma solicitação de reajuste com base em aumentos no custo do transporte. Ele considera equivocado o valor de R$ 2,18 para o preço da passagem comprada antecipadamente e alerta que não está definido qual o novo preço que será utilizado.
“Vamos calcular o equilíbrio financeiro, que as empresas alegam não estar conseguindo atingir com a tarifa atual por causa do aumento de custos. Desde o último reajuste, em fevereiro do ano passado, elas concederam dois aumento aos funcionários e o custo fixo por veículo está maior”, admite Neermann.

…………………………………………….

Cidade é uma das que paga mais caro

O valor atual da passagem em Joinville já é o mais alto entre as principais cidades catarinenses. O preço pago na compra antecipada está igual ao de Jaraguá do Sul. Mas o valor da passagem adquirida dentro dos ônibus joinvilenses (R$ 2,40) ultrapassa inclusive o as maiores cidades do Sul do País e de cidades como Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que tem porte semelhante – 600 mil habitantes (veja quadro acima).
O gerente de transportes e vias públicas da Prefeitura de Joinville, Ruben Neermann, afirma que a passagem poderia custar menos com mudança no trânsito da cidade. “O fluxo mais lento obrigou as empresas a colocarem mais veículos em circulação para garantir a freqüência estipulada e isso demanda maior custo inclusive com funcionários. Se o corredor de ônibus for implantado, o preço das passagens pode até diminuir”, garante.
Segundo o gerente, ao invés de circularem numa média de 24 quilômetros por hora, os coletivos têm uma média de 18 quilômetros por hora. “E a cada quilômetro por hora a menos, são necessários outros 13 ônibus a mais circulando para garantir os horários estipulados”, acrescenta. A frota de 328 ônibus é considerada alta para o porte da cidade.
Por este motivo Curitiba, que tem a mesma extensão de Joinville entre as linhas integradas (70 quilômetros), consegue cobrar uma passagem mais barata, diz Neermann. Na Capital paranaense, os veículos circulam com mais passageiros dentro. “Em Curitiba, dois terços da população se desloca de ônibus, enquanto que em Joinville, o sistema de transporte coletivo absorve apenas um terço da população.”

Fonte: AN 29/06

Empresas pedem reajuste na tarifa

TRANSPORTE COLETIVO
Empresas pedem reajuste de tarifa
Passagens aumentariam para R$ 2,18 e R$ 2,73

A Secretaria de Infra-estrutura Urbana de Joinville (Seinfra) iniciou, nesta semana, o estudo do pedido de aumento de 11,97% da passagem de ônibus. Caso o reajuste seja autorizado, o cartão comprado antecipadamente passaria de R$ 1,95 para R$ 2,18 e o vendido dentro do coletivo de R$ 2,40 para R$ 2,73. As empresas concessionárias do transporte coletivo, Transtusa e Gidion, protocolaram o pedido na sexta-feira passada. O documento solicita a revisão do cálculo do custo do passageiro para que seja concedido o reajuste. As empresas reivindicam o reajuste porque as despesas teriam aumentado a partir de de outubro 2005.

Segundo o secretário da Seinfra, Roberto Winter, as empresas entregaram documentos para comprovar aumentos do combustível, o número de passageiros, renovação da frota e reajuste da folha de pagamento. Depois de toda a documentação analisada, o caso será encaminhado para o prefeito Marco Tebaldi, a quem compete autorizar ou não o aumento da passagem.
A Prefeitura de Joinville não tem data para anunciar a decisão. A última solicitação de reajuste foi feita em outubro de 2005 e atendida em fevereiro de 2006.

Fonte: A Notícia 28/06

Quinta-feira de passe livre em Florianópolis

Desde a sede do SARCASTiCOcomBR, onde membro da equipe gravava áudio da manifestação da janela, até nas ruas, o restante cobria in loco o Ato Público contra o aumento da tarifa nas ruas da cidade de Florianópolis. Para quem achava que era fogo de palha, desde a formação discreta nas primeiras semanas de maio, onde ocorreram a passeata da Via Campesina no dia 23, paralisações de servidores públicos e debates do Comitê contra as reformas universitárias, este ato representou novamente a primeira quinta-feira de várias que se seguirão. Lembrando que dos anos anteriores (2003, 2004 e 2005) todas as atividades do Movimento Passe-Livre iniciaram numa quinta-feira.

Desta vez, a manifestação pela redução da tarifa dos ônibus voltou às ruas de Florianópolis-SC, aproximadamente às 18:30h fechando o trajeto ao TICEN (Terminal de Integração do Centro) com cerca de 300 manifestantes. A tropa de choque, em número equivalente, portava o arsenal comum (equipe GRT e Operações Táticas) e especialmente mulheres como um novo ingrediente, talvez pela rara intenção da polícia querer dialogar.

A manifestação percorreu aleatoriamente as ruas do centro velho, dando dificuldades à locomoção dos PMs que se atrapalhavam com as rotas indefinidas. Na parada em frente à FAED-UDESC, onde nosso repórter assistia da janela a movimentação, a nossa equipe tentou furar o bloqueio policial para ter acesso às escadarias da faculdade, onde foi impedido por um PM sem identificação. Ao responder a pergunta de por que estavam trancando a faculdade, que é pública, respondeu em alto tom, que tinha ordens para estar aí e ninguém deveria sair ou entrar. Como a atitude do comandante foi mais compreensível, permitiu-nos o acesso mais tarde.

Da janela, a manifestação era cortejada (hein?) por muitos soldados e seus capacetes descendo a rua Saldanha Marinho, em frente ao prédio da Faculdade de Educação (FAED). No áudio, podemos ouvir: “Vem pra luta, vem”, “Da janela não, a luta é no chão”.

De volta ao TICEN, a passeata pacífica retorna com o espírito de 2005, convocando a população de Florianópolis a se juntar nas ruas e anunciando novas manifestaçõs no decorrer dos próximos dias.

DSC00312.jpg DSC00339.jpg

FONTE: http://www.sarcastico.com.br/

[rio] PSOL contesta decisão contra transporte público gratuito no Rio de Janeiro

reproduzido de: http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/36907.shtml

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) ajuizou uma argüição de descumprimento de preceito fundamental no STF (Supremo Tribunal Federal) para cassar decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) que suspendeu a gratuidade do serviço de transporte público no município fluminense.

De acordo com o Supremo, apesar da decisão do TJ-RJ ainda não ter produzido efeitos, já que não foi publicada, o partido pede a concessão de liminar.

A decisão do TJ-RJ considerou inconstitucional a Lei 3.167, que em 2000 passou a assegurar o transporte público gratuito no município do Rio de Janeiro para idosos, estudantes da rede pública em dias de aula, portadores de necessidades especiais e acompanhantes e crianças de até cinco anos.

Afirma o partido que “a lei possui um relevante papel social, qual seja, proporcionar direitos e garantias constitucionais, além dos direitos sociais historicamente consagrados, como direito fundamental à liberdade de locomoção, direito à educação, e proteção do direito dos idosos e dos deficientes físicos”.

Por isso, a decisão do TJ-RJ teria reflexos negativos no direito à educação, à saúde, ao lazer da infância, da juventude, dos idosos e dos portadores de necessidades especiais.

Segundo o PSOL, para obter a inconstitucionalidade da lei, as permissionárias de transporte público alegaram que a gratuidade assegurada pela norma onerava demasiadamente as empresas. Assim, defenderam o aumento de tarifa ou a suspensão da gratuidade.

O partido alega que o argumento não é razoável, pois o cálculo tarifário das permissionárias não observa o princípio da publicidade da administração pública. Ainda segundo o PSOL, a exploração do serviço público obriga as permissionárias “a certos encargos em benefício da coletividade ou da ordem social”.

A relatora da ação é a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.

Quarta-feira, 11 de abril de 2007

A diferença está nos transportados

Henrique Nelson da Silva
Dois pesos e duas medidas para as dificuldades enfrentadas por quem necessita viajar de avião, sempre alardeadas pela imprensa, e aquelas que a esmagadora maioria dos brasileiros enfrenta diariamente.

Avião ou ônibus? Dilemas da cobertura da imprensa sobre os meios de transporte


Desde o acidente que matou 154 pessoas no avião da Gol, no ano passado, a aviação civil brasileira passa por uma crise há muito tempo anunciada. Praticamente todos os dias lemos ou assistimos, nos diversos meios de comunicação, as reclamações, lamentações e a indignação de pessoas que passam horas e mais horas nas filas de espera por seus vôos.

Porém um outro problema, mais duradouro e muito mais crônico, afetas milhões de brasileiros diariamente: o transporte público urbano. Todo dia, milhões de homens e mulheres necessitam enfrentar ônibus e metrôs no que são verdadeiros testes de resistência.

Dois pesos, duas medidas

Transportados na maioria das vezes como uma simples carga que não merece o mínimo dos cuidados, trabalhadores, donas de casa, estudantes e desempregados, enxergam no martírio diário das conduções, a perda da dignidade humana.

E, como se fosse pouco, esses milhões de brasileiros ainda são obrigados a pagar tarifas abusivas a um verdadeiro cartel, que envolve empresas privadas e setores governamentais; a EMTU, em Pernambuco, é um claro exemplo disso.

Dessa forma, é importante dizer que as dificuldades enfrentadas por quem necessita viajar de avião, sempre alardeadas pela imprensa, são mínimas quando comparadas com as que a esmagadora maioria dos brasileiros enfrentam diariamente.

Aviões e ônibus

É verdade que, por entre as pontes aéreas, circulam homens que movimentam grande parte do capital nacional; mas é indiscutível que, no chão, é carregada como carga a esmagadora maioria da mão-de-obra brasileira, que representa o coração de qualquer economia.

A diferença entre a cobertura que a imprensa faz em relação aos problemas enfrentados na aviação civil e no transporte público urbano não está em sua gravidade, mas, sim, em quem está sendo transportado. A diferença está não nos transportes, mas nos transportados.

reproduzido de: http://www.ciranda.net/spip/article1228.html

Catraca Livre chega às ruas

Um dos projetos de mídia do Movimento Passe Livre Joinville é o jornal-mural “Catraca Livre”. A princípio, o periódico terá circulação bimestral. O número um será distribuído em escolas, universidades, sindicatos e associações de moradores. Outros serão colados nas ruas. O objetivo do MPL com o jornal é abrir um canal de comunicação com a sociedade civíl organizada e com os estudantes de diversas instituições.
O MPL entende que a democratização da comunicação é um objetivo essencial para a verdadeira democracia.


Baixe aqui a primeira edição do Catraca Livre

Arquivo de 8 de abril de 2007

Contra o fim do passe livre no Rio!

Os estudantes do Rio de Janeiro conquistaram o direito ao passe livre em 1999. Agora, as empresas de transporte estão impetrando uma ação na justiça para eliminar o direito constituído.

Abaixo, matéria repoduzida do Jornal do Brasil sobre as manifestações que reuniram 5 mil pessoas

Ruas do Centro viram praça de guerra

Breno Costa e Juliana Cariello

Mais de 5 mil estudantes foram às ruas do Centro ontem protestar contra o fim do passe livre. O que era para ser mais uma manifestação em frente à Assembléia Legislativa (Alerj), na Avenida Presidente Antônio Carlos, entretanto, transformou as ruas do bairro, no meio da tarde, em uma praça de guerra.

Tiros de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta de um lado. Pedradas, pontapés e vidraças quebradas de outro. Aproximadamente 50 policiais do Batalhão de Choque da PM e do 13º BPM (Praça Tiradentes) foram deslocados para a manifestação. Oito jovens foram detidos e pelo menos três ficaram feridos - dois atingidos por balas de borracha e um que teria quebrado o braço. Mais dois policiais também ficaram feridos no confronto. Bancos, lojas e carros foram apedrejados.

A passeata começou na Candelária de forma pacífica e seguiu pela Avenida Rio Branco sem registro de incidentes. A confusão para valer começou em frente ao Tribunal de Justiça, já na Presidente Antônio Carlos. Lá, estudantes quebraram a vidraça do prédio.

A tropa de choque foi acionada. Até o Caveirão do Comando de Operações Táticas de Alto Risco (Cotar) foi deslocado para a área. Cerca de 50 metros à frente do TJ, em frente à Alerj, um grupo de manifestantes resolveu bloquear o já complicado trânsito na região e sentaram no meio da rua. Ficaram lá por cerca de 15 minutos. A polícia diz que a manifestação parou o Centro e gerou reflexos até no tráfego da Avenida Brasil.

Diante de nova investida da polícia, com golpes de cassetetes e bombas de gás, um grupo de cerca de 60 estudantes saiu correndo pela Rua da Assembléia, com pedras na mão. Os transeuntes saíram correndo para se esconder. Diante de uma rua praticamente deserta, os estudantes quebraram as vidraças das agências do Itaú, Santander, HSBC, Finasa e Bicbanco, além de um restaurante e a portaria de um edifício. Um ônibus do 13º BPM e pelo menos três carros de passeio também foram atingidos. Lixeiras e lâmpadas também viraram alvos.

O que se seguiu foi uma nova reação policial, desta vez mais violenta. Seis estudantes foram detidos. Entre eles, um que arrancou a bandeira do Brasil do mastro da Alerj e cuspiu em cima. Segundo um policial, a atitude configura “falta de civismo”.

Em seguida, já com os ânimos controlados, um grupo de 80 estudantes seguiu para a 1ª DP, na Rua da Relação, na Lapa, para pressionar pela liberação dos colegas. Policiais feridos também foram até lá para registrar os casos. Até as 21h, mais de 20 estudantes continuavam em frente à delegacia.

O estudante Bismarck Climério, de 16 anos, diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), diz que o protesto foi exagerado.

- Essa manifestação não vai dar resultado nenhum. A gente tem de cobrar é direto do governador. O certo é que a gente faça a próxima manifestação no Palácio Guanabara - disse Climério, que depois da manifestação aguardou em vão para uma conversa com o deputado Comte Bittencourt (PPS), presidente da Comissão de Educação da Alerj. Segundo o estudante, ele não quis falar e seguiu direto para Niterói, onde mora.

Segundo os estudantes, o único deputado que foi até os manifestantes durante a confusão foi Alessandro Molon (PT), da Comissão de Direitos Humanos. Molon criticou a conduta da polícia.

- Se são violentos assim no asfalto, com todo mundo vendo, imagina nas favelas. A polícia, com os exageros de hoje, mostra, mais uma vez, o quão despreparada está - disse o deputado.

Os alunos da rede pública de ensino temem perder o passe livre depois que o Tribunal de Justiça acatou uma ação impetrada pela Fetransport alegando insconstitucionalidade da lei. Cesar Maia chegou a dizer que encamparia as empresas que se negassem a dar o benefício.

reproduzido de: http://jbonline.terra.com.br/sitehtml/papel/rio
/papel/2007/03/29/rio20070329000.html

Balanço do Felco em Joinville

A segunda edição do Festival Latino Americano da Classe Obreira (Felco) em Joinville terminou no último sábado, dia 17. Cerca de 250 estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda assistiram os filmes do festival. O MPL Joinville considerou a segunda edição bem melhor do que a primeira, apesar de ter ainda alguns problemas de organização. Ainda este ano, é esperado que o Felco faça uma terceira rodada de filmes em universidades e lugares alternativos.

Deputado propõe lei que garante passe livre

Estatuto da Juventude tramita na Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 27/07, de autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que cria o Estatuto da Juventude, está em tramitação na Câmara dos Deputados. O texto define os direitos básicos da população entre 15 e 29 anos e determina que família, comunidade, sociedade e poder público são responsáveis pelo cumprimento desses direitos.
Faz parte do Estatuto, ainda, a garantia, aos jovens, de atendimento prioritário nos órgãos públicos e acesso à educação gratuita. Outro ponto de destaque é a sua participação na formulação e na avaliação das políticas públicas voltadas para a juventude. Os jovens poderão participar de representações escolares e terão acesso aos conselhos municipais, estaduais e federal da juventude. Proteção contra qualquer forma de discriminação, acesso à cultura e à saúde, e a inclusão dos temas sexualidade e abuso de álcool e drogas no currículo escolar são algumas das diretrizes estabelecidas pelo texto.

Educação

Além de mudanças na grade curricular, os artigos voltados para a educação incluem medidas como o passe livre em transporte público para os estudantes e a meia passagem nos ônibus intermunicipais e interestaduais. A meia entrada para eventos culturais é estendida a todos os jovens - não somente aos estudantes, como ocorre hoje. O acesso ao ensino superior por meio de cotas para afrodescendentes, indígenas e alunos provenientes de escolas públicas também está contemplado na proposta, assim como está assegurada bolsa-trabalho e prioridade para as políticas de treinamento e geração de emprego e renda para a faixa etária.
Segundo Lopes, pesquisa do IBGE apontou que, em 2002, as pessoas entre 15 e 29 anos de idade somavam mais de 47 milhões. “Trata-se de um enorme contigente populacional à espera de providências governamentais específicas que supram demandas, sobretudo na área educacional”, comentou.

Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo por uma comissão especial formada por integrantes das seguintes comissões: Direitos Humanos e Minorias; Viação e Transportes; Turismo e Desporto; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Trabalho, Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

O projeto

O Estatuto da Juventude é resultado de trabalho desenvolvido pelos parlamentares na Comissão Especial e na Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas de Juventude. Além das audiências, os membros da Comissão Especial promoveram, em junho de 2004, a Conferência Nacional de Juventude. O encontro reuniu dois mil jovens de todo o País, representando diversas organizações culturais, estudantis e partidárias. A conferência teve a participação de parlamentares, especialistas e representantes do governo, que debateram assuntos como meio ambiente, geração de emprego e renda e educação. Ao final do evento, foi elaborado documento com propostas dos jovens que serviram de subsídio à elaboração do PL 27/07.

fonte: http://www.reginaldolopes.com.br/include/noticias/integra.asp?cd_noticia=552&tipo=NOTICIAS

MPL promove festival de cinema em Joinville

O Festival Latino Americano da Classe Obreira (Felco) será realizado entre os dias 12 e 17 de março, no Bom Jesus/Ielusc (Unidade Centro). Promovido pelo Movimento Passe Livre (MPL) o festival reúne diversas produções do cinema político latino-americano. A intenção do Felco é divulgar e democratizar o acesso a essas produções através de um festival internacional. Além do Brasil, as exibições ocorrem na Argentina e na Bolívia.

PROGRAMAÇÃO:

Segunda-Feira
Onde Está América Latina – Partes 1, 2 e 3

Terça-Feira
Hip-hop com dendê
No meio do caminho
Peju katu kyringue’i

Quarta-Feira
O Espetáculo democrático
Curtas sobre a democratização da Mídia
Cordel sobre a TV Digital

Quinta-feira
MTST - Direitos esquecidos: moradia na periferia
Chico Mendes - a dignidade não se rende
Sexta-Feira
Construção
19 y 20
A revolta do Buzu

Sábado
Sonho Real

HORÁRIOS:

Segunda à Sexta: 19 hrs
Sábado: 15 hrs

Plenária marca o início das mobilizações contra o aumento da água em Joinville

Em oposição ao aumento nas tarifas de água e saneamento de Joinville, ocorreu ontém uma plenária na Câmara de Vereadores, para discutir formas práticas de freá-lo. Moradores e moradoras das comunidades , estudantes e militantes deram suas opiniões. Segundo uma moradora, o quadro já é complicadíssimo sem o aumento, sendo que o preço de 10m3 de água em Rio Claro (SC) é de R$7,94 e em Joinville R$19,09 Foram propostas idéias como a formação de um bloco contra o aumento da tarifa de água para participar do carnaval oficial da cidade e um grande ato de entrega do abaixo-assinado, que pretende alcançar 100 mil assinaturas.

No início deste ano, o prefeito de Joinville, Marco Tebaldi, assinou um reajuste de 12% na tarifa de água e saneamento da cidade, 268% acima do aumento da inflação. O aumento da tarifa foi discutido em gabinetes longe da população e aproveitando-se das festas de final de ano para desmobilizar qualquer tentativa de oposição. A decisão teve apenas um voto contrário na câmara de vereadores, mas foi duramente criticada pelos padres Facchini e Ivam. Os padres encabeçaram um abaixo-assinado simbólico contra o aumento, que se espalhou pelas igrejas da cidade, contando em menos de um mês com cerca de 50 mil assinaturas. Segundo o vereador Adilson Mariano (PT) , a idéia do prefeito é aumentar a taxa de água, e assim torná-la um negócio rentável para privatizá-la pelo PPP (Parceria Público Privado)

Fonte: CMI Brasil

Carta de apoio a fundação Pauli Madi

O Movimento Passe Livre Joinville (MPL), autônomo, independente e apartidário, vêm por meio desta manifestar apoio incondicional à Fundação Pauli Madi e a Pastoral Social da Igreja Católica em sua luta contra o aumento da taxa de água e esgoto. Também repudiamos as calúnias cometidas pelo atual prefeito da cidade contra membros dessas entidades que se dispuseram a colocar-se ao lado do povo, portanto, contra a política de aumentos absurdos da prefeitura.

Apoiamos essa luta porque, em primeiro lugar, ao contrário da nota divulgada pela prefeitura, o assunto não foi “ampla e democraticamente” discutido com a sociedade joinvilense. Foi, na verdade, discutido em gabinetes longe da população e aproveitando-se das festas de final de ano para desmobilizar qualquer tentativa de oposição organizada a mais esse desrespeito. Da parte do MPL, nos lembramos muito bem do ano passado, quando foi usada da mesma tática: aumentou-se a passagem de ônibus em pleno domingo de carnaval. Ora, se realmente os assuntos importantes de nossa cidade são debatidos “ampla e democraticamente” com a população, porque aumentar os diversos serviços públicos (água e transporte) quando essa mesma população está fora da cidade? A nós, só ocorre uma resposta: medo.

Em segundo lugar, apoiamos essa luta porque a água, da mesma forma que o transporte, é um serviço público vital para o desenvolvimento de qualquer ser humano. Ao invés de justificar o aumento da taxa de água, a prefeitura deveria buscar meios e alternativas para universalizar o bem natural da água, permitir que todos os joinvilenses possam desfrutar desse direito de forma plena. Indo na exata direção contrária, a prefeitura fala em privatização, em comercializar a água, transformá-la em um negócio lucrativo distante dos interesses da sociedade.

Considerando todas as arbitrariedades da prefeitura, nos colocamos ao lado da população que luta por seus direitos, mesmo não tendo “cores partidárias” como consta na nota da prefeitura numa tentativa desesperada de deslegitimar esse movimento. Estaremos juntos do povo tanto no diálogo quanto em seu direito de fazer valer sua vontade e demonstrar sua soberania: nas ruas.

Movimento Passe Livre Joinville, 24 de janeiro de 2007.

Conexão não tão ideal

Terminal do Itaum
Projeto Conexão Ideal ainda está longe de agradar

Passageiros ainda se confundem com mudanças feitas há um mês e reclamam do tempo de espera por ônibus

Taísa Rodrigues

Depois de um mês do lançamento do Projeto Conexão Ideal pela Gidion no terminal do Itaum, os resultados estão longe de agradar aos passageiros que utilizam as linhas que passam por bairros da zona Sul de Joinville. A proposta era deixar o usuário esperando menos no terminal, com o aumento da sincronia de itinerários e a transformação das oito principais linhas de domingo em duas grandes circulares. Mas as mudanças ainda confundem os passageiros, que continuam esperando muito mais do que desejavam para usar o transporte coletivo.
No terminal do Itaum não há mais cartazes nos pilares informando os horários nem as mesas que os fiscais utilizavam para distribuir tabelas e dar explicações. A média de espera para pegar os ônibus é de 20 minutos. A promessa da Gidion era de que o tempo seria reduzido para cinco minutos. Usuários reclamam também da redução de linhas.
O aposentado João Machado Filho, 64 anos, disse que não melhorou muito com as mudanças, embora não se importe de esperar. A linha 1211 - Tropical - Circular com Conexão Ideal é uma das utilizadas por ele. A costureira Odete da da Cunha, 56, que também pega o ônibus Tropical, não se conforma que aos domingos não tenha mais a linha que passa na 6 de janeiro. “Tenho de ir até a rua Monsenhor Gercino para pegar um ônibus. É bem complicado, não gostei assim”, reclamou.
Para quem mora no Morro do Amaral, a dificuldade é ainda maior. A aposentada Nadir Zirs, 69, e o marido Laurindo de Oliveira, 74, ficam “passeando” enquanto não chega o horário de voltar para casa. Segundo Nadir, às 11 horas, depois de ir ao centro da cidade, foram visitar a filha, porque ônibus para ir até o Morro do Amaral só tem às 12h45. “Falaram que ia melhorar, mas até agora nada”, comentou Nadir. Ruim também para o auxiliar de produção Júnior Roberto Ramos. Ele mora no Morro do Amaral e contou que os horários são bem complicados. “Se perder o ônibus, fico esperando quase duas horas.”
A mudança de horário prejudicou a zeladora Benta Inácio Camargo, 41. Para chegar até o trabalho, ela utiliza três ônibus. Antes a linha Tropical passava às 10h47 e agora, às 11h10. “Chego correndo no trabalho. Tenho de cuidar para não perder as outras linhas. Não dá tempo”, afirmou.
Há quem aproveite bem o longo tempo no ônibus. Como faz o casal Rafael Prestes dos Santos, 20, e Michelly da Silva, 17. Aos beijos, eles fazem o trajeto Itaum-Centro. “Não temos tempo, então aproveitamos o ônibus para namorar. Já que o horário não melhorou muito, a gente achou o que fazer”, disse Rafael.

taisa.rodrigues@an.com.br

Maratona de uma hora em quatro ônibus até o trabalho

A reportagem do jornal A Notícia acompanhou a maratona da auxiliar administrativa Marilise da Silva, 43, residente no bairro Paranaguamirim. Ela não vê melhorias. Além de o ônibus ter mudado o horário - fazendo com que ela percorra apressada um trajeto a pé até o trabalho –, a rota, que passa por mais bairros, agora demora mais tempo para chegar ao terminal. Antes, a linha Tropical passava perto de sua casa às 10h59. Hoje, às 11h15.
Chegando na estação da zona Sul, Marilise corre para pegar a linha Itaum até o centro e fica de olho no relógio. “Agora, é uma correria só. Não posso perder o outro ônibus senão chego atrasada ao trabalho. Os horários não fecham, é bem complicado. Ela afirmou que o trajeto mais demorado a deixa ansiosa. Chegando no terminal do centro, ela corre para pegar o ônibus da linha Rodoviária, que já estava saindo. Depois do desembarque na estação rodoviária, uma caminhada de oito minutos até a empresa. “Vou rapidinho que é para chegar às 12h12. É o horário em que começo a trabalhar. Chego bem cansada.”
Marilise passou uma hora nos ônibus. E assim é a vida de outros usuários. “Ficou bem pior deste jeito”, disse a operadora de caixa Lúcia Cristina de Araújo, 33, que também utiliza mais de dois ônibus para ir até o trabalho.
O encarregado da área de operações da Gidion Alamir Schelbauer estranhou as queixas dos passageiros. Disse que eles devem estar reclamando do passado. Segundo ele, uma equipe está monitorando diariamente o projeto e garante que desde o dia 3 de dezembro - início do Conexão Ideal - foram feitas diversas melhorias.
“Estamos ainda identificando estas reclamações para verificar o que pode ser feito”, afirmou. Alamir citou uma pesquisa feita pela empresa sobre os horários de domingo que mostrou 94% de aprovação. Mesmo assim, a partir do dia 8 de janeiro devem ser feitos outros acertos, avaliando também o que pode mudar, adiantou Alamir. Sobre os cartazes que não estão mais fixados no terminal do Itaum, ele explicou que os horários estavam defasados e por isso foram tirados.
De acordo com a Gidion, para garantir uma conexão ideal, sem demora, o passageiro deve consultar a tabela de horários distribuída na estação do bairro Itaum. Quem ainda não tem deve pedir aos fiscais do terminal. Também pode consultar o site www.gidion.com.br ou ligar para 0800475001 (somente nos dias úteis). (TR)

Fonte: http://an.uol.com.br/ancidade/2007/jan/03/Default.jsp

Lucio Gregori: o direito ao transporte público e gratuito

Ex-secretário municipal de São Paulo sustenta que o transporte é um direito similar à escola pública e, que a seu exemplo, deve ser custeado pelos mais ricos

Renato Godoy de Toledo,
da Redação

Inverter a lógica de que os beneficiados com o transporte coletivo são os usuários. Este é o cerne do projeto Tarifa Zero, apresentado pelo ex-secretário municipal de transportes de São Paulo, Lúcio Gregóri, durante a gestão da então petista Luiza Erundina (1989-92). O projeto foi duramente criticado pela imprensa corporativa e a oposição, além de ter sofrido resistências internas no Partido dos Trabalhadores. O projeto previa a criação de um Fundo Municipal de Transportes e acarretaria numa reforma tributária “para valer”, em que os ricos arcariam com os custos da isenção do transporte para a população.

Gregóri, atualmente, concede palestras aos militantes do Movimento Passe Livre (MPL), que organizam-se nacionalmente contra os aumentos tarifários e têm como norte a constituição de um sistema de transporte público e gratuito, em que o custo da tarifa, tal como no projeto de Gregóri, seria bancado pelos que não precisam do transporte e, atualmente, se beneficiam de sua exploração.

O MPL tem feito nas últimas semanas em São Paulo atos contra o aumento das tarifas de ônibus, trem e metrô (leia mais aqui). Em entrevista ao Brasil de Fato, Gregóri deu mais detalhes sobre o seu projeto e defendeu a gratuidade do transporte, tal como na saúde e educação.

Brasil de Fato - Em que se baseia o seu projeto Tarifa Zero e quem arcaria com os seus custos?
Lúcio Gregóri - O projeto Tarifa Zero procurava dar tratamento aos transportes públicos municipais de São Paulo igual a todos os demais serviços públicos Em nenhum deles há pagamento no ato de sua utilização e todos são pagos pelo conjunto de impostos e taxas municipais. É o caso das escolas municipais, dos postos de saúde e hospitais municipais, da construção e utilização de viadutos, ruas e avenidas da cidade etc… O único serviço pago no ato de sua utilização é o dos ônibus urbanos. O entendimento das raízes disso deve dar uma boa tese ou teoria. Para ser como os demais serviços, o projeto criava um Fundo Municipal de Transportes que tinha uma percentagem do orçamento municipal e que pagava os serviços de ônibus que passavam a serem como que fretados pela prefeitura. Tal como, por exemplo, quando a prefeitura faz um viaduto ou túnel. Paga a empreiteira ou faz por conta própria (hoje muito raramente) e não cobra do automóvel ou do pedestre que por eles passa. Como tratava-se de uma despesa a mais, a Tarifa Zero implicava numa reforma tributária, cuja proposta era de cobrar mais de quem tem mais, pouco de quem tem pouco e não cobrar de quem não tem. Nessa reforma, partia-se do conceito de que os principais beneficiários do transporte público são os proprietários das atividades econômicas da cidade e não, como difundido pela ideologia vigente, os passageiros. Portanto o projeto era, também, um projeto de reforma tributária para valer e, portanto, um projeto de reformulação de políticas públicas.

BF - Quais foram as dificuldades que o senhor enfrentou, devido ao seu posicionamento, durante a gestão Erundina?
Gregóri — As resistências foram de todo tipo. No governo, entre os vereadores do PT, e nas instâncias partidárias. Nos outros partidos foi de luta feroz, seja por ideologia e compromissos econômicos, seja por luta contra Erundina. É claro que se o projeto fosse aprovado pela Câmara Municipal, Erundina teria uma força política poderosíssima. Por isso, dentro do PT as forças ligadas ao hoje chamado Campo Majoritário eram muito resistentes ao projeto. Lula, Genoíno e maioria do secretariado eram contrários ou resistentes ao projeto, enquanto ficaram claramente a favor do projeto, Marilena Chauí, Paul Singer [então secretários de Cultura e Planejamento, respectivamente] e Paulo Sandroni, presidente da estatal de transportes. Afinal, a proposta mexia com valores e tabus estabelecidos ideologicamente. Lula, por exemplo, disse algo como “trabalhador não precisa de ônibus de graça, ele precisa ganhar o suficiente para ter um transporte de qualidade “. Acho que ele demonstrou não só não ter entendido os fundamentos do projeto, como revelou sua efetiva visão da sociedade (meio “poliânica”, não é verdade?). A mídia e os “ (de)formadores de opinião” fizeram oposição , em alguns casos feroz e destrutiva. Os quadros do PSDB também. Na sociedade civil e órgãos de classe também. No instituto de Engenharia, ficaram efetivamente furiosos. Não sei se por eu ser engenheiro isso tornava a questão ainda mais passível de preconceitos. Ressalte-se, porém, que pesquisa feita pela Toledo e Associados mostrou que a população entendeu perfeitamente e se mostrou a favor do projeto em cerca de 65%.

BF - Qual sua posição frente ao atual sistema de concessões públicas para que empresas privadas explorem o transporte coletivo? Gregóri - Penso que o regime de concessão engessa o serviço público de duas maneiras. Simplificadamente: a concessão pressupõe o equilíbrio econômico do contrato, que é por tarifa, e portanto não haverá como aumentar muito fortemente o subsídio e, claro, implantar a gratuidade. A concessão se dá por um número elevado de anos, 15, 20, 30 anos em geral. Mas a cidade e seus transportes precisam se modificar muito rapidamente em prazos muito menores do que estes. O concessionário passa a ser um entrave a essas adaptações, pois racionalmente ele buscará sempre a maior lucratividade do seu negócio e com as menores modificações possíveis, inclusive por que é um sistema sem concorrência. Estamos assistindo aí em São Paulo a queda de braços entre empresários e população, algo que se repete interminavelmente no Brasil todo, há anos e anos. Uma boa pergunta é: porque nos Estados Unidos, capital do capitalismo e praticamente em toda a Europa os sistemas de transportes são estatais? No tempo de Erundina foi criado o Conselho Municipal de Tarifas (Comtar), que entre outras, estabelecia a planilha de custos dos ônibus da cidade. Tinham assento nesse conselho, a prefeitura, Dieese, sindicatos dos trabalhadores no setor e patronal, outros órgãos da Sociedade Civil etc… Entã,o o custo era público e transparente. Não sei como é hoje. Pela leitura da grande imprensa parece tudo muito obscuro. Para não dizer escandaloso. Só um dado: em 1992 o transporte por ônibus era atividade de mão de obra intensiva. Mais de 60% do custo por passageiro era de mão de obra. Combustíveis e lubrificante, representavam de 6 a 7%. Outro dado: em 1992 , na média a tarifa de ônibus era de 43 centavos de dólar cerca de R$ 1,00. O resto era subsidiado pela prefeitura. Será que os custos subiram tanto assim? Mas não há uma planilha pública e socialmente discutida.

Fonte: Brasil de Fato

Natal "feliz" para empresários do transporte

Fim do ano. Férias escolares chegando. Os grandes empresários do transporte aprenderam que é melhor aumentar a passagem do transporte coletivo nessa época, afinal, encontram menos resistência. Dito e feito. João Pessoa, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Salvador são algumas das cidades em que o aumento de tarifas foi anunciado nas últimas semanas.
“Que bom” podemos pensar. “Em Joinville, não falaram nada”.
Na verdade, as empresas não podem aumentar a passagem em Joinville mais de uma vez ao ano. Como o aumento deste ano foi no carnaval, é possível que ele ocorra em Janeiro ou Fevereiro de 2007. Desculpas eles tem.
A Gidion e Transtusa, apesar de afirmarem ter perdido 22% dos passageiros em 5 cinco anos, compraram 40 ônibus novos em abril e fizeram uma festinha na praça da Bandeira. Lembram-se? Até distribuiram pipoca. Recentemente, inauguraram o projeto “Conexão ideal” no Itaum. Pretendem que os ônibus cheguem de 5 em 5 minutos. Não está dando certo, mas se der, mais motivos para nossa tarifa passar dos R$ 2,30.

Justiça dá parecer favorável ao passe livre em Três Barras

O Tribunal de justiça de Santa Catarina (TJ) decidiu que o estado deve garantir o transporte coletivo no município de Três Barras (SC). Segue a notícia do TJ na íntegra.

Notícia do Site do tribunal de Justiça www.tj.sc.gov.br

11/10/2006 10:22

A 2ª Câmara de Direito Público do TJ, em matéria sob relatoria do desembargador Cid Goulart, negou provimento a agravo de instrumento interposto pelo Estado e confirmou sua obrigação em garantir transporte escolar gratuito para estudantes do ensino médio da rede pública do município de Três Barras, na região do Planalto Norte Catarinense.

A decisão é inédita em Santa Catarina, uma vez que alcança alunos do ensino médio – este mesmo benefício, em relação aos estudantes do ensino fundamental, já é matéria pacificada nos tribunais do país. A liminar concedida em ação civil pública proposta pelo Ministério Público em 1ºGrau, portanto, foi mantida, com a proposição de que o Estado passe afornecer transporte escolar gratuito aos alunos do ensino médio de Três Barras a partir do início do ano letivo de 2007.

A medida beneficiará, principalmente, estudantes que residem na zona rural do município, com garantia de transporte no trajeto residência-escola e vice-versa. Embora a Constituição Federal estabeleça a obrigatoriedade deste transporte para o ensino fundamental, o relator do agravo entende que a matéria precisa ser interpretada em conjunto com todo o arcabouço de regras e princípios contidos na Carta Magna e também na legislação atinente à criança e adolescente. “Esta gratuidade doensino público (…) deve ser interpretada de forma plena, no sentido de abranger também o transporte de alunos do ensino médio, pois, se assim não fosse, tornar-se-iam mortas as normas constitucionais que priorizam o ensino gratuito às crianças e adolescentes (…) desprovidos de recursos financeiros, (que) não teriam acesso às escolas que ficam distante de suas residências”, anotou o relator. Ele citou decisões da justiça gaúcha que já seguem esta tendência. A multa diária por descumprimento da medida está fixada em R$ 2 mil. A decisão da 2º Câmara foi unânime. A ação civil pública continuará em tramitação na Comarca de Canoinhas. (Agravo de Instrumento 2006015204-6).

Arquivo de 23 de novembro de 2006

ACE recebe o Felco

Nesta sexta-feira, dia 1 de dezembro, o Festival Latinoamericano da Classe Obreira apresentará os seguintes filmes na Associação Catarinense de Ensino (ACE). Serão exibidos os curtas:

Construção - Curta sobre os trabalhadores da contrução civil, ao som da música homônima de Chico Buarque.

19 y 20 - Vídeo sobre a situação da Argentina em 2002, nos manifestos de 19 e 20 de dezembro.

Volver - recorte de imagens da Argentina governada por Menem, ao som de um belo Tango.

Leviatã - Ficção, conta a história de um nordestino que veio para São Paulo

Así es el subte - Sobre os trabalhadores do metrô na Argentina

O espetáculo democrático - Reflexões sobre a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

DIA: 01/12 (sexta-feira)
HORA: 19h30min
Rua São José, 490 - Centro - Joinville
SALA: G2 (terá cartazes orientando a localização da sala)


Arquivo 29 de novembro de 2006

Começa hoje em Joinville o Festival Latinoamericano da Classe Obreira (Felco). O FELCO tem como objetivos construir uma rede de distribuição de filmes independentes e alternativos que tratem da realidade dos países oprimidos, estabelecer uma rede de contra-informação para cobrir e divulgar as lutas populares latino-americanas, estimular a exibição independente e o cineclubismo, criar e manter acervos que nos dêem acesso à história do cinema latino-americano, elaborar publicações digitais e impressas que abriguem uma produção teórica crítica da cultura, abrir o debate acerca da construção da metodologia de ensino do audiovisual em compromisso com as lutas populares e iniciar um fórum de discussões sobre políticas públicas de cultura com vistas a criar uma frente de luta dos realizadores e exibidores independentes. Serão feitas várias exibições no Brasil, Argentina e Bolívia.


Exibição:

Onde está a América Latina?
Data:20/11/2006
Horário: 19:00 horas
Local: Anfiteatro do Colégio da Univille

Exibição:
MTST – Direitos Esquecidos: Moradia na Periferia.
Chico Mendes: a dignidade que não se rende
Data: 22/11/2006
Horário: 18:00 horas
Local: Anfiteatro do Colégio da Univille

Exibição:
O Dono do Prédio.
Dekassegui
Data: 24/11/2006
Horário: 18:00 horas
Loca: Anfiteatro do Colégio da Univille

Links dos filmes:

http://felco.guardachuva.org/node/120

http://felco.guardachuva.org/node/30

http://felco.guardachuva.org/node/39

http://felco.guardachuva.org/node/71

O evento está sendo realizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), Centro de Mídia Independente (CMI), pelo Centro Academico de Historia da Univille e pelo Centro Academico de Psicologia da ACE.



Matéria do CMI sobre 26 de outubro em Joinville

As atividades do 26 de outubro em Joinville iniciaram-se ainda pela manhã, quando alguns militantes do movimento passaram pelo Colégio Estadual Jorge Lacerda. Cerca de 40 estudantes pularam os muros do colégio e juntaram-se aos militantes do MPL, seguindo em passeata até o centro, panfletando e divulgando o ato que ocorreria às 18h.

Pelas 17h, poucos/as manifestantes encontravam-se presentes na Praça da Bandeira, entretanto, já era notada a presença de uma viatura policial, aguardando o início da manifestação. Aos poucos os manifestantes iam chegando ao local, porém, numa proporção menor que iam chegando policiais.

Pelas 18:20h inicia-se o ato, coincidindo com a vinda da não desejada chuva, que felizmente por não se extender não dificultou a queima da catraca e as passeatas em torno das ruas próximas ao terminal central.

Cerca de 50 manifestantes chamaram a atenção dos/as usuários/as do terminal com batucação em latas de tinta e um criativo ônibus de papelão, com as escritas “Gidion” e “Transtusa” (empresas de transporte coletivo da cidade) riscadas.
O movimento falou, utilizando o megafone, sobre o sentido do 26 de outubro, sobre a situação drástica do transporte coletivo na cidade e no país, e porquê estavam ali na praça. Com a manifestação aproximando-se das catracas do terminal, surge o rotineiro conflito com os policiais, que alegavam o impedimento da passagem de pedestres para dentro do mesmo. Como o intuito era evitar conflitos diretos, a recomendação foi seguida, e as/os manifestantes afastaram-se alguns passos das catracas de entrada.

Pelas 19:40h, em assembléia os/as manifestantes decidiram seguir em passeata pelas ruas Dona Francisca, Do Príncipe e 9 de Março. Voltando ao terminal central, com o cessar da chuva, o ato mais esperado do dia ocorreu: a queima da catraca. Formou-se uma roda de ciranda em torno da catraca em chamas, com alguns militantes pulando por cima da mesma. Os policiais não interviram em nenhum momento da ação, o que não era tido como certeza que ocorreria.

O MPL-Joinville mostrou à cidade que continua vivo e persistente, na tentativa de tornar o transporte público acessível à todos/as, na guerra por uma vida sem catracas.

Mais Fotos


Notícias do 26 de outubro na imprensa comercial

O Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre foi notícia em alguns veículos de comunicação, especialmente àqueles publicados na Internet. Aqui segue uma clipagem de alguns veículos.

ATO EM DEFESA DO PASSE LIVRE
Estudantes reforçam a bandeira do movimento (Jornal A Notícia/Joinville)

DIA NACIONAL DE LUTA PELO PASSE LIVRE
Militantes de todo o país realizam atos em comemoração à luta por um verdadeiro transporte público (Trama Universitário)

PELO DIREITO DE IR E VIR, SEM CATRACAS
Queima de catracas, exibição de vídeos e irreverência foram as marcas do Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre, impulsionado pelo Movimento Passe Livre (MPL) (Brasil de Fato, São Paulo)

MOVIMENTO REIVINDICA TRANSPORTE GRATUITO PARA TODOS
(Diário de São Paulo/São Paulo)

2ª edição do Dia Nacional do Passe Livre

O passe livre é um direito. Ele permitirá aos estudantes o acesso pleno a todos o tipo de atividade cultural, desportiva e de desenvolvimento humano, como bibliotecas , teatros, cinemas, praças, locais de lazer, e principalmente as escolas. O passe livre significa, em sua essência, tornar universal o direito ao acesso à educação, cultura e lazer. Sem restrições.

Partindo desta idéia, o Movimento Passe Livre (MPL) luta pelo direito ao transporte público, gratuito e de qualidade. Em nossa cidade, o transpor te coletivo promove exclusão social pelo alto custo da tarifa, sem respeitar as reais necessidades da população.

O MPL é um movimento nacional, presente em cerca de 25 cidades brasileiras, lutando por um tranporte público de verdade, fora da iniciativa privada. O MPL adotou o dia 26 DE OUTUBRO como DIA NACIONAL DE LUTA PELO PASSE LIVRE. Em todo o país, ocorrerão manifestações discutindo o atual sistema de transporte e exigindo o passe livre. Em Joinville não será diferente.

PARTICIPE !!!

LOCAL: PRAÇA DA BANDEIRA

HORÁRIO
: 18 hrs

MOVIMENTO PASSE LIVRE - PELA EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO

Reclame os ônibus, o transporte coletivo é seu

Mosh Mosh Revolution - Fotos


MPL coleta assinaturas para lei do passe livre

Domingo, 1º de outubro. Eleições no Brasil. O Movimento Passe Livre (MPL) sai às ruas mais uma vez. Ao invés de passeatas e narizes de palhaço, os membros do MPL estavam de prancheta e canetas na mão. O objetivo? Coletar assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular que institui o passe livre estudantil.

Conforme o Art. 40, parágrafos 1 e 2 da Lei Orgânica Municipal, uma lei de iniciativa popular necessita da assinatura de 5% do eleitorado da cidade. Levando em consideração que Joinville tem aproximadamente 320 mil eleitores, o MPL precisa de 16 mil assinaturas para colocar o projeto em votação na Câmara de Vereadores.

Os militantes coletaram assinaturas em quatro colégios eleitorais, nos Bairros Boa Vista, Bucarein, Fátima é Petrópolis. Aproveitando o 2º turno das eleições, o MPL promoverá putra coleta no dia 29 de outubro.

MPL organiza festival de punk rock

Mosh Mosh Revolution!

O Movimento Passe Livre (MPL) está organizando um festival do bom e velho punk rock e hardcore, com as bandas:

Luther Blisset(Joinville)
Habroma(Joinville)
Produto Orgânico(Jaraguá)

Quando: 07/10/06 às 17:00hrs.
Onde: Bar Funil - Rua Dona Francisca, n.2057, Saguaçu (próximo ao Super Pizza, em frente à Autolândia).
Quanto: R$3,00 (todo o dinheiro arrecadado será usado na luta pelo passe livre)

Haverá banquinhas com informações sobre o MPL, camisetas, patchs, materiais das bandas etc.
Não deixe de comparecer!

Gasto com transportes chegam a 53% do mínimo

Brasília (AE)

O brasileiro que anda de ônibus,
metrô, lotação ou outros tipos de transporte coletivo
em cidades com população superior a 100 mil habitantes
gasta, em média, R$ 100,00 por mês para se locomover,
segundo levantamento realizado pela Associação
Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
Isso equivale a cerca de 12% da renda média das
pessoas entrevistadas.

Em termos proporcionais, é no bolso da população de
menor renda - a que mais se utiliza desses serviços -
que a conta pesa mais. Para as pessoas que ganham até
um mínimo, os gastos com transporte coletivo
equivalem, em média, a 53% do salário. A pesquisa
mostra que, conforme aumenta a renda, menor é o peso
dos custos de transporte coletivo no orçamento. Para
quem ganha mais de 20 salários mínimos, por exemplo,
esses gastos correspondem, em média, a 0,4% do
ordenado.

O levantamento foi feito nos dias 10 de maio a 10 de
julho, abrangendo um universo de mais de 7.500 pessoas
em 3.100 domicílios localizados em 27 cidades do País
com mais de 100 mil habitantes.

Alguns dados se destacam. Entre as pessoas que usam
ônibus urbano, que é o transporte coletivo mais
utilizado, 65% dos entrevistados responderam à NTU que
consideram as tarifas muito altas. A pesquisa mostra
que o preço da passagem acaba sendo um dos principais
motivos que levam a população de menor renda (das
chamadas classes D e E) a substituir o ônibus por
outros tipos de transporte. O tempo de espera é outro
fator que contribui para esta opção.

O curioso, de acordo com a NTU, é que muitas dessas
pessoas que deixaram de andar de ônibus passaram a se
locomover a pé ou a usar a bicicleta. “A
utilização da bicicleta tem crescido
significativamente”, afirma a consultora em
transportes Sabina Kauark Leite, uma das responsáveis
pelo estudo.

O ônibus também está perdendo espaço como alternativa
de transporte entre as pessoas de maior poder
aquisitivo. Nesse caso, porém, está sendo substituído
pelo carro particular. “As pessoas de renda mais
elevada estão deixando o transporte coletivo e
passando a usar o carro por uma questão de conforto e
por reclamar da demora”, explica Sabina.

O resultado dessa mudança de comportamento foi
constatado nos números levantados pela Associação
Nacional das Empresas de Transportes Urbanos: o estudo
revela que, nos últimos 15 meses, cerca de 14% das
pessoas entrevistadas deixaram de andar de ônibus ou
diminuíram a freqüência de uso desse tipo de
transporte .

A pesquisa da NTU mostra que, em média, as viagens em
meios de transporte coletivo duram 38 minutos em
municípios com mais de 100 mil habitantes. Nas cidades
de maior porte, porém, a distância e o trânsito elevam
esse tempo, que chega a uma média de quase 50 minutos
nas metrópoles com mais de 3 milhões de habitantes.

No que se refere ao comprometimento da renda com
transporte particular, o estudo revela que quem ganha
1 salário mínimo gasta, em média, R$ 144,00, o que
corresponde a 82,5% do ordenado. Em contraste, pessoas
com salário superior a 20 mínimos gastam, em média R$
347,00, equivalente a 2% de seu rendimento.

fonte: www.tribunadonorte.com.br/noticiaprint.php?id=19965

Independência Morte

Sete de setembro de 2006. O desfile oficial da independência ocorre na Beira-rio, de forma ordeira e pacífica. Pelo menos é o que parecia. Cercados por duas motos, duas bicicletas e um furgão, além de vários policiais militares, encontram-se o grupo do Grito dos Excluídos e uma dúzia de militantes do Movimento Passe Livre. O Grito não tinha permissão para desfilar no dia sete, mas mesmo assim um espaço foi cedido ao MPL pelo Grito. Cercados, a liderança do tradicional movimento de excluídos negociava a entrada no desfile. O MPL entraria. Com ou sem permissão.


Após a passagem do Colégio Governador Celso Ramos, os dois grupos entraram na avenida. A bateria do MPL tratou de fazer o barulho, e os gritos, apesar das poucas vozes, eram suficientes.

Como esperado, os excluídos e o MPL não foram anunciados no microfone. Prefeito, autoridades e políticos em campanha sumiram do palco à frente do Centreventos, como que tragados pela terra. O MPL virou-se de costas para as autoridades covardes, que ali não estavam. A passagem foi breve.

Nosso Dom Pedro de samba canção, espada de plástico e nariz de palhaço representou a independência morta. Morta de autonomia. Morta de iniciativa. O destaque da imprensa não se referia as formalidades militares. Os excluídos são mais interessantes, afinal, sete de setembro tem todo ano, sempre a mesma coisa. Mudam apenas os idiotas no palanque.

Veja mais
Relato do CMI

Arquivo de 10 de setembro de 2006